Composição centesimal, perfil de ácidos graxos e colesterol da carne de cordeiros submetidos aos sistemas de produção com dieta experimental e convencional
Autores
José Lopes
Universidade Federal do Ceará
Ronaldo Sales
Universidade Federal do Ceará
Abelardo de Azevedo
Universidade Federal do Ceará
Andre Torres de Oliveira
Universidade Federal do Ceará
Esta pesquisa teve como objetivo avaliar a composição centesimal (umidade, proteína bruta, gordura e matéria mineral) o perfil de ácidos graxos (saturados, monoinsaturados e poliinsaturados) e colesterol da carne de cordeiros do cruzamento das Raças Santa Inês x Dorper manejados na Fazenda Campomar e submetidos aos sistemas de produção com dieta Experimental e Convencional. Foram utilizados 6 cordeiros do cruzamento das raças Santa Inês X Dorper com dieta experimental e 6 sem dieta experimental, machos não castrados, recém-desmamados com 15 kg de peso corporal segundo o delineamento experimental inteiramente casualizado, com dois tratamentos e seis repetições. As comparações dos contrastes entre médias dos tratamentos foram feitas pelo teste de Tukey a 5% e as análises de variância conforme procedimentos do SAS (1996). A dieta experimental fornecida aos animais foi constituída por concentrado 100% na dieta composto por milho em grão + suplemento peletizado, cloreto de sódio, calcário calcítico, fosfato bicálcico e suplementos vitamínico e mineral, compondo dietas isoprotéicas (17 % de PB) e isoenergéticas (2,95 Mcal/Kg de MS de energia metabolizável), segundo o NRC (2006), enquanto na dieta convencional os animais foram alimentados com volumoso (50%) e concentrado (50%) milho, trigo e soja. Na composição centesimal da paleta de cordeiros submetidos aos sistemas de produção experimental e convencional, apenas a matéria mineral foi influenciada (P<0,05) com menor valor no sistema experimental (1,09%) em relação ao convencional (1,43%). Para os parâmetros umidade, proteína bruta e gordura e colesterol não houve (P>0,05) influência dos tratamentos. Observou-se que os ácidos graxos saturados e monoinsaturados não foram influenciados (P>0,05) pelos tratamentos, entretanto o ácido graxo poliinsaturado C18:2 (linoléico) foi maior (4,72%) na carne dos cordeiros provenientes do sistema experimental em comparação aos (3,72%) observados na carne dos cordeiros criados no sistema convencional. A paleta de cordeiros submetidos aos sistemas de produção experimental e convencional mostrou-se semelhante quanto à composição centesimal (exceto a matéria mineral), não apresentaram diferenças significativas nos dois tratamentos analisados, o perfil de ácidos graxos e colesterol (com exceção do ácido linoleico) nos dois tratamentos avaliados na paleta.