Eficácia da insensibilização em bovinos pelo uso de pistola pneumática de penetração em matadouro-frigorífico no Estado de São Paulo, Brasil

Autores

  • Rafael Carlesci Universidade Estadual Paulista, Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias, Jaboticabal, São Paulo, Brasil
  • Karina Burger Universidade Estadual Paulista, Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias, Jaboticabal, São Paulo, Brasil
  • Gabriel Rossi Universidade Estadual Paulista, Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias, Jaboticabal, São Paulo, Brasil
  • Rachel Saba Universidade Estadual Paulista, Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias, Jaboticabal, São Paulo, Brasil
  • Ana Maria Vidal-Martins Universidade Estadual Paulista, Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias, Jaboticabal, São Paulo, Brasil
  • Patrícia Gonzalez Universidade Estadual Paulista, Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias, Jaboticabal, São Paulo, Brasil

Palavras-chave:

Abate humanitário, Bem-estar animal, Qualidade de carne

Resumo

Questões relacionadas ao bem-estar animal e ao abate humanitário de animais de açougue vêm ganhando cada vez mais importância no meio científico e entre os consumidores, seja pela estreita relação com a qualidade final da carne, ou também para se evitar o sofrimento desnecessário nas etapas que antecedem o abate dos mesmos.  O objetivo do trabalho foi avaliar a eficiência da insensibilização em bovinos em matadouro-frigorífico localizado na Região Noroeste do Estado de São Paulo. Os animais foram submetidos a insensibilização por pistola pneumática de penetração e, então, observado o número de disparos aplicado em cada animal, além dos sinais de sensibilidade dos animais (movimento ocular, respiração rítmica, vocalização e tentativa de correção de postura) na calha de sangria. De 200 animais avaliados, 140 (70%) demonstraram sinais de inconsciência logo no primeiro disparo, 39 (19,5%) no segundo disparo e em 21 (10,5%) foram necessários três ou mais disparos. Dos sinais observados, 14 (7%) animais apresentaram tentativa de correção de postura e 186 (93%) não apresentaram sinais de sensibilidade. Os resultados não foram satisfatórios, permitindo evidenciar a necessidade de treinamento de funcionários encarregados pela etapa de insensibilização, assim como a necessidade de utilização de box de atordoamento com contenção de cabeça e um real monitoramento que garanta o bem-estar animal durante o momento que antecede o abate.

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Publicado

2014-03-30

Edição

Seção

Artigos