Prevalência e genotipagem de Escherichia coli patogênica em carcaças de suínos abatidos em frigoríficos comerciais na Região Sul do Brasil
Palavras-chave:
carne suína, E. coli, STEC, toxina Shiga, PCR, toxinfecção alimentar.Resumo
A carne suína representa importante fonte de proteína animal para o mundo, porem vem sendo associada a surtos de toxinfecção alimentar. Uma das causas destes surtos é a contaminação por Escherichia coli, encontrada no trato intestinal e ambiente dos suínos abatidos para produção de carnes in natura e industrializadas. No contexto de segurança alimentar, os surtos por Escherichia coli produtoras de toxina Shiga (STEC) são os melhores documentados. Diversos surtos causados por ingestão de alimentos de origem animal foram documentados. Contudo, no Brasil, existem poucos dados sobre a ocorrência deste patógenos em suínos e, consequentemente, na carne de porco. O objetivo deste trabalho foi quantificar a contaminação por E. coli de carcaças suínas abatidos em abatedouros comerciais localizados nos estados da Região Sul do Brasil, e identificar por PCR a presença de E. coli produtora das toxinas Shiga e Intimina. Foram realizados swabs de 272 carcaças suínas em abatedouros localizados nos estados do RS, SC e PR. Foram identificadas contaminações por E. coli em 25 carcaças, sendo 20 no abatedouro do RS e cinco no abatedouro paranaense. Das amostras positivas foram extraídos DNA para genotipagem por PCR. Nenhuma amostra apresentou o gene stx1, porém o gene eaeA foi identificado em 13 amostras, nas diferentes regiões da carcaça. A técnica de PCR pode ser uma ferramenta útil no rastreamento da contaminação bacteriana ao longo dos processos do abatedouro, podendo auxiliar na redução da incidência dos casos de toxinfecções alimentares causadas por E. coli e outros microorganismos.