Diabetes mellitus em um felino: acompanhamento clínico e laboratorial. Relato de caso
Palavras-chave:
Felino, diabetes, alterações laboratoriais, terapêutica.Resumo
Diabetes mellitus é uma endocrinopatia caracterizada por hiperglicemia, resultante de defeitos na secreção e/ou ação da insulina, induzindo distúrbios metabólicos. Esse trabalho descreve o acompanhamento clínico e laboratorial de felino durante um período de quatro anos com diabetes diagnosticado precocemente. Em 2010, o paciente foi atendido em uma clínica veterinária em Fortaleza, apresentando poliúria, polifagia, polidipsia e perda de peso crônica. Foram solicitados exames laboratoriais que avaliaram as funções renais, hepáticas e endócrinas. No dia zero (D0), os níveis séricos de glicose apresentaram-se elevados, porém creatinina, ALT, fosfatase alcalina e T4 total mostraram-se dentro dos parâmetros normais. Glicosúria e alterações hepática e renal foram visualizadas no ultrassom, diagnosticando-se diabetes no animal. Iniciou-se a insulinoterapia (0,3 UI/Kg/SID) associada à terapêutica dietética. Posteriormente, a glicemia manteve-se elevada, alterando-se a frequência de insulina para duas vezes ao dia. No D300, verificou-se um controle da glicemia, suspendendo-se a insulinoterapia. No entanto, no D360, o animal apresentou hiperglicemia e glicosúria, iniciando-se novamente a insulinoterapia associada à dieta. No D590, aumentou-se a dose de insulina e sua frequência (0,5 UI/Kg/BID), já que o animal permanecia com hiperglicemia e frutosamina alterada. No D720, a glicemia, frutosamina e creatinina permaneciam elevadas. No D900, verificou-se uma glicemia dentro dos limites da normalidade, permanecendo a insulinoterapia (0,5 UI/Kg/BID) associada à ração recovery. Atualmente, o animal encontra-se sem sinais clínicos de diabetes e com a glicemia controlada. Dessa forma, conclui-se que o diagnóstico precoce, monitoração do paciente, insulinoterapia e terapêutica dietética foram essenciais para manter a qualidade de vida no animal.