A curimatã comum (Prochilodus cearaensis) na vida do sertanejo no nordeste do Brasil

Autores

  • Raimundo Costa Universidade Estadual do Ceará
  • José Farias Universidade Estadual do Ceará
  • Ronaldo Sales Universidade Federal do Ceará

Palavras-chave:

piscicultura, sertanejo, pescadores(pescadoras) artesanais, curimatã comum, produção em cativeiro.

Resumo

Resumo: A preocupação com as mazelas dos habitantes da região nordestina, decorrentes das estiagens ocorridas ciclicamente, vem desde os tempos do Brasil colônia e continuam até os dias atuais. Inicialmente os flagelados das secas foram orientandos a estabelecerem-se nas margens dos rios por facilitar o acesso à água e a pesca. Atualmente eles continuam tendo esse apoio como prioridade, implementado por diferentes formas. Mas a piscicultura continua sendo uma delas, cujos trabalhos iniciados com espécies nativas há mais de 80 anos, já se estabeleceram como um marco histórico. Pela importância da curimatã comum para o sertanejo, o LaGePe considerou a espécie como prioridade de estudo e buscou apoio financeiro por meio de vários projetos, até que saiu o Edital 81-2013 do CNPq. Nessa chamada foi aprovado o projeto de Nº 487457/2013-7: “Desenvolvimento de ações em pesquisa, ensino e extensão para formação e treinamento de famílias pescadoras e aquicultoras em um sistema de produção agroecológica da Curimatã comum (Prochilodus cearaensis Steindachner, 1911)”. A espécie foi eleita por adaptar-se e sobreviver às mais variadas intempéries climáticas da região, contribuir na alimentação e proporcionar meios para obtenção do seguro-desemprego (durante o período de defeso) dos colonos pescadores artesanais. As atividades desenvolvidas no projeto supracitado buscavam estimular habilidades, aptidões e despertar o interesse do pescador na criação piscícola e obtenção do pescado, levando a uma melhoria da qualidade de vida das suas famílias. Os resultados obtidos foram animadores e com possibilidades de grande abrangência, como: treinamento em EaD; criação em cativeiro e reposição dos estoques perdidos durante as estiagens; possibilidade de produção em tanques rede, viveiros e tanques de alvenaria; e, gerar políticas públicas que possibilitam as instituições brasileiras, responsáveis pela pesca, o suporte de orientação aos pescadores(pescadoras) artesanais.

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Publicado

2016-03-30

Edição

Seção

Artigo de Revisão Temática