ESCHERICHIA COLI ENTEROAGREGATIVA COLONIZA POR UM LONGO PERÍODO SEM ALTERAR PARÂMETROS CLÍNICOS DE CAMUNDONGOS C57BL/6 DESNUTRIDO

Autores/as

  • Jeanine Morais Pereira
  • Márcio Flávio Araújo Guanabara Júnior
  • Samilly Albuquerque Ribeiro
  • Mariana Duarte Bona
  • Aldo Angelo Moreira Lima
  • Aldo Angelo Moreira Lima

Resumen

O ciclo vicioso de infecções entéricas-desnutrição acomete cerca de um terço das crianças de países em desenvolvimento, sendo capazes de causar desde déficits físicos e cognitivos, até suscetibilidade a doenças crônicas na fase adulta. Neste contexto, infecções por Escherichia coli Enteroagregativa (EAEC) merecem importante destaque, por causar diarreia persistente em crianças desnutridas e por apresentar alta prevalência em comunidades de baixo poder socioeconômico de Fortaleza. O objetivo deste estudo é avaliar a modulação da barreira intestinal por cepa de Escherichia coli Enteroagregativa (EAEC) em modelo animal. Desse modo, foi desenvolvido um modelo de desnutrição/infecção por EAEC 042 em camundongos C57BL/6. Os animais foram submetidos à desnutrição pela dieta regional básica (DRB) e após 14 dias receberam o inoculo de 5x108 via oral da cepa EAEC 042. O modelo foi caracterizado pela avaliação de manifestações clínicas, como diarreia e redução do ganho de peso, além de avaliar o perfil metabólico por meio consumo de água, ração e a pesquisa do patógeno nas fezes por Reação em Cadeia da Polimerase (PCR). Após a infecção, observou-se alteração na cor das fezes e queda de pelo nos grupos infectados, porém não foi observada a presença de diarreia, e nem redução significativa do ganho de peso entre os grupos controles e infetados por EAEC 042 (P>0,05). O consumo de ração nos grupos infectados foi ligeiramente maior do que os controles, mas sem diferença significativa (P>0,05). O consumo de água foi predominantemente maior no grupo desnutrido e infectado, porém também sem diferença significativa (P>0,05). Ao avaliar a presença de patógenos nas fezes, verificou-se a presença de EAEC 042 nos grupos infectados até 21 dias pós-infecção. Estes achados reportam que apesar da ausência de escores clínicos, como diarreia e redução significativa do ganho de peso, identificou-se colonização intestinal através da identificação de patógenos nas fezes 21 dias pós-infecção.

Publicado

2017-05-31

Número

Sección

XXXV Encontro de Iniciação Científica