Costa | Ensino e aprendizagem em estudos de usuários
Inf. Pauta, Fortaleza, CE, v. 2, número especial, out. 2017
atuação do profissional da informação, isto é, o protagonista do trabalho do bibliotecário
e de outros profissionais da informação.
Há uma variedade de trabalhos publicados na área de usuários no Brasil; a
prática e vivência de pesquisa com usuários, todavia, ainda está muito aquém do ideal;
apesar de termos volume considerável de publicação internacional nesta área, embora
careça de práticas que possam fortalecer tal olhar e vivência para o usuário.
Na Ciência da Informação é perceptível ainda a insuficiência de estudos
resultantes das publicações, quer sejam em nível de pós-graduação ou mesmo nos
trabalhos de conclusão dos cursos de Biblioteconomia, quanto à temática sobre usuários
da informação, embora exista pesquisa com usuários, a temática surge apenas como
nuance, ao invés de ser tornada como essência.
Assim, queremos chamar a atenção do leitor, pesquisador, docente, profissional,
no escopo de perceber e, pois, entender, completamente, que o fim, enquanto resultado,
nas áreas de informação, continuará sendo o usuário, na perspectiva de ser tratado
como sujeito, autor de sua ação, como o motivo principal da área da Ciência da
Informação.
Assim, concebemos que é a partir do ensino da disciplina de estudos de
usuários, que deveremos incentivar nossos alunos em sala de aula, explicitando que os
ambientes informacionais são diversos, com vasta complexidade e que se utilizam fontes
e formatos dos mais diferentes, tornando evidente a percepção de que o usuário se
constitui ator principal no trabalho do profissional bibliotecário.
Por esta razão, quando pensamos no ensino da disciplina referenciada, devemos
fazer jus a que haja as interlocuções entre o professor e, evidentemente, o aluno, em
função de alertar, referir e debater acerca do assunto em pauta.
Desse modo, estimulamos o aluno a que valorize e se identifique com o trabalho
social, compreendendo, afinal, ser o serviço fim da profissão levar sempre e facilitar a
informação, e que tenha verdadeiro significado para a sociedade.
O bibliotecário, por exemplo, entre outros profissionais da informação, deverá ir
além de seu entusiasmo nesse papel de disseminar e respeitar a profissão por esse lado
mais nobre que é o de compreender, servir, interagir e satisfazer as demandas da
sociedade, com novos termos, novos conceitos, novos métodos e novos saberes.
Em relação aos novos saberes, Antunes (2009, p 73) explicita: