A MEDIAÇÃO DA INFORMAÇÃO NAS DISCUSSÕES SOBRE OS FLUXOS
INFORMACIONAIS
THE MEDIATION OF INFORMATION IN DISCUSSIONS ON INFORMATION
FLOWS
Elder Lopes Barboza
UNESP
Oswaldo Francisco de Almeida Júnior
UNESP
RESUMO
As discussões sobre a mediação da informação e os fluxos de informação precisam acontecer a
partir da complexidade inerente ao contexto social contemporâneo, que exige um olhar amplo
sobre os sistemas e ambientes. Diante disso, questiona-se quais as inter-relações entre mediação da
informação e fluxos de informação para a constituição de um pensamento complexo. Para isso, o
estudo tem o objetivo de investigar as possibilidades de contribuições a partir das inter-relações
entre a mediação da informação e os fluxos informacionais, visando à compreensão constitutiva do
pensamento complexo. A metodologia utilizada foi bibliográfica, por meio da revisão de literatura,
que trouxe, como resultados, as convergências e as complexidades da mediação da informação e
dos fluxos de informação. Como conclusão, constatam-se as provocações que a mediação da
informação traz quando da superação de um olhar funcionalista e, por vezes, determinista do
modelo vigente, e a preocupação com a apropriação da informação por parte dos sujeitos, que se dá
na relação com o mundo para a construção do conhecimento, colaborando para a discussão dos
fluxos de informação.
Palavras-chave: Mediação da informação. Fluxo de informação. Pensamento complexo.
ABSTRACT
The discussions about information mediation and information flows need to take place from the
complexity inherent in the contemporary social context, which requires a broad look at systems
and environments. In view of this, it is questioned the interrelationships between mediation of
information and information flows for the constitution of a complex thought? For this, the study
aims to investigate the possibilities of contributions from the interrelations between mediation of
information and information flows, aiming at the constitutive understanding of complex thinking.
The methodology used was bibliographical, through a literature review, which brought, as results,
the convergences and complexities of information mediation and information flows. As a conclusion,
one can see the provocations that the mediation of information brings when overcoming a
functionalist and sometimes deterministic view of the current model, and the concern with the
appropriation of information by the subjects that occurs in the relationship with the world for the
construction of knowledge, collaborating for the discussion of information flows.
Keywords: Mediation of information. Information flow. Complex thought.
Inf. Pauta
Fortaleza, CE
v. 2
n. 2
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ARTIGO
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1 INTRODUÇÃO
As múltiplas abordagens permitidas na Ciência da Informação em torno do
conceito de informação derivam tanto das interpretações e aplicações da palavra
“informação” quanto da origem desta ciência, entendida como uma ciência pós-moderna
e interdisciplinar, cujas discussões nos aproximam de Santos (1988) e Pombo (2004) no
que se referem ao pós-modernismo e à interdisciplinaridade das ciências, uma vez que
estamos em um momento ainda de transição, cujos paradigmas anteriores e atuais são
percebidos nas ações da comunidade científica, e cuja fragmentação do conhecimento,
salvo intentos de superação, ainda permanece sedimentada através das estruturas do
saber.
Nesse contexto, em sua gênese, a Ciência da Informação abarcou diversos
pensamentos e pensadores das variadas áreas do conhecimento, a exemplo da
cibernética, linguística, física, biologia, dentre outras; numa construção de ciência que se
propõe ser interdisciplinar (BORKO, 1968; SARACEVIC, 1995; PINHEIRO, 1999).
Numa perspectiva mais avançada e otimista, também o entendimento da
Ciência da Informação como uma ciência transdisciplinar, que se une às humanidades de
forma integral e integradora (TARGINO, 1995; BICALHO, OLIVEIRA, 2005). No entanto,
essa última perspectiva ainda carece de entendimentos teóricos mais bem definidos e
explicados a respeito do que é ser transdisciplinar, bem como de mudança nas
estruturas educacionais e currículos nos cursos da área.
Ao mesmo tempo em que se tenta emergir e expandir tais discussões, é possível
verificar, na construção da ciência, ideias funcionalistas e regidas pelo pensamento
cartesiano e derivações positivistas que têm um olhar fragmentado para seus objetos de
estudo, e que ainda estão presentes de forma hegemônica na área, seja em teoria, seja
em aplicação, sem buscar uma superação ou mesmo uma apropriação de novos olhares,
ideias e formas de agir.
Num primeiro momento, é preciso deixar explícito que o pensamento
contemplado neste texto diz respeito ao alinhamento com a ideia de
interdisciplinaridade e pós-modernismo da Ciência da Informação, embora
considerando as críticas e ponderações sobre esse posicionamento e da ausência de
consenso a esse respeito, que é profícuo ao avanço científico e à pluralidade de
pensamento.
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Concordamos com o entendimento de que não como e por que separar sujeito
e objeto nas análises feitas pelas pesquisas científicas, e tampouco que exista
neutralidade do pesquisador para com os fenômenos e objetos estudados, sobretudo no
campo das ciências sociais, em que o conflito é parte intrínseca das relações que regem a
sociedade, aliado aos interesses perversos do capital nas diversas frentes que ele
investe, não se restringindo às questões de mercado.
Uma das frentes que o modelo capitalista investe e que abarca concepções
positivistas é a imobilidade social a partir dos aparatos ideológicos, que impedem o
acesso ao conhecimento por parte dos indivíduos, limitando-os a um pensamento
recortado, fragmentado, alheio à compreensão do todo, distante da realidade, e que, por
isso, não lhes permite avançar na busca de seus direitos, na melhoria de sua situação
social.
O vínculo a fazer entre os fluxos informacionais e a mediação da informação parte
da ideia da importância da mediação no contexto do uso das informações disponíveis
nos diversos equipamentos informacionais, sobretudo nas responsabilidades do
bibliotecário como mediador entre a informação e este indivíduo, aqui abordado como
leitor, posicionamento e conceitos apropriados a partir das ideias de Oswaldo Francisco
de Almeida Júnior.
A ideia de leitor é no sentido de ler o mundo, de ler a informação contida nos
diversos suportes, nas múltiplas linguagens, e que lhe permite, a partir da
representação, contextualizar e se apropriar de conhecimentos que lhe serão
construtivos na formação de sua cognição e, por consequência, mobilizadores de suas
práticas sociais. A volta do emprego do termo leitor, dentro da compreensão
apresentada, convém lembrar, é defendida por Sueli Bortolin em suas pesquisas
(BORTOLIN, 2006).
Cabe destacar que o entendimento das necessidades do leitor é fundamental para
o atendimento dessas demandas, alinhando sua busca aos materiais disponíveis, não
somente no espaço físico das unidades de informação, mas em qualquer lugar onde esta
informação se localizar, seja no ambiente físico ou virtual.
Afinal, não cabe ao profissional da informação se restringir ao seu acervo. O
profissional não deve ser limitado ao seu acervo, mas, em tese, deve ter habilidades de
buscar a informação onde ela estiver, pois assim se justifica também o avançar do seu
paradigma, indo do suporte para a informação.
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Neste aspecto, entender os fluxos informacionais permite mapear suas
possibilidades de fontes e ambientes informacionais, fornecedores de materiais que
contenham o conteúdo necessário para atender as necessidades informacionais do seu
leitor, podendo, assim, compreender o processo pelo qual a informação flui, no todo e
nas partes.
Também, na mediação, no momento do processo de referência e das questões na
fase de negociação, saber o caminho e as formas de extrair e identificar a questão real
que deve ser entendida como a verdadeira preocupação informacional do leitor e, por
esse motivo, de difícil ou quase impossível compreensão em sua totalidade é
importante no sentido de que, a partir dali, começa a corrida do bibliotecário na busca
por informação, que tem o tempo (ou a falta dele) e a interpretação real das
necessidades como obstáculos nessa tarefa.
Se enxergarmos o Serviço de Referência como um processo, subentende-se que
possui etapas, e nesse aspecto devemos ter competências para conseguir enxergar o
contexto geral, ou o todo, e considerar a análise de cada etapa, ou a parte, assim
envolvendo-a também como sistema.
A partir das justificativas na apresentação do tema, o questionamento que norteia
a discussão desta pesquisa se concentra em indagar: quais as inter-relações entre
mediação da informação e fluxos de informação para a constituição de um pensamento
complexo?
Para buscar as respostas ao problema levantado, a pesquisa tem o objetivo de
investigar as possibilidades de contribuições a partir das inter-relações entre a
mediação da informação e os fluxos informacionais, visando à compreensão constitutiva
do pensamento complexo. Para isso, utiliza-se metodologia com característica
bibliográfica, por meio da revisão de literatura, buscando na discussão teórica os
elementos norteadores que indiquem as convergências e as interações entre a mediação
da informação e os fluxos de informação, bem como os fenômenos que os cercam.
Desse modo, entende-se compatível a discussão dessa relação entre fluxos e
mediação, num olhar para o caráter dialógico individual/coletivo que se insere a
construção do conhecimento, de forma não linear, e a identificação da Ciência da
Informação como uma ciência social justificada pelo seu fazer e a quem se destina, e não
somente como definição genérica e à revelia de suas ações.
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2 OS FLUXOS INFORMACIONAIS E A ATRIBUIÇÃO DE VALOR
Trazer para o debate a questão dos fluxos informacionais, ou fluxos de
informação, envolve discussões amplas que permeiam o tema, pois se tratam de
assuntos imbricados no escopo das organizações e dos sujeitos, voltados tanto para os
suportes quanto para as relações humanas, especialmente no que tange à comunicação e
à troca de informações que acontecem a partir dessas interações.
Um tema dessa dimensão implica considerar a complexidade inerente, uma vez
que exige um olhar amplo e geral sobre os sistemas e ambientes, ao mesmo tempo em
que obriga uma análise detalhada das especificidades que compõem cada parte, núcleo
ou nó desses elementos.
Nesse contexto, os estudos dos fluxos informacionais não se pautam apenas no
sistemismo aparente que nele está caracterizado, pois, se enxergarmos as organizações
como sistemas abertos, vivos e em constante transformação, não nos é permitido um
recorte e controle sobre as ações organizacionais.
Une-se a isso considerar que um dos tipos de fluxos de informações presentes nas
organizações são os fluxos informais, pautados nas relações entre os sujeitos, com toda
sua carga de subjetividade, efemeridade e imaterialidade que envolve a informação
nesse contexto.
Os fluxos informais, que o são estruturados, de acordo com Valentim (2010),
advêm das experiências desses sujeitos no cotidiano de suas ações organizacionais, e
envolvem a aprendizagem e o compartilhamento de informações por meio da
socialização de seus conhecimentos.
Temos, então, as possibilidades referentes aos conhecimentos construídos a
partir das relações, cuja mediação livre dos sujeitos propicia condições para a
apropriação da informação, passo anterior à construção do conhecimento. Em outro
momento, incorrem tentativas de gestão do conhecimento, em que esta mediação não é
mais livre, mas sim voltada a extrair conhecimentos, explicitá-los e utilizá-los nas ações
organizacionais.
Outro exemplo vem dos fluxos formais que, para Valentim (2010), lidam com
informações e processos estruturados, como aqueles que compõem a estrutura
organizacional e que exigem padrões, normas, procedimentos e especificações bem
definidas, e, para isso, são materializados em suportes, sejam eles físicos ou eletrônicos.
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Nesse aspecto, memorandos, regulamentos e planos de ações podem se inserir no
âmbito dos fluxos formais.
Adentrando nesta complexidade em relação aos fluxos, poderíamos partir para a
discussão dos tipos documentais, no escopo da organização, bem como discutir os
suportes no aspecto das tecnologias utilizadas, ou mesmo a gestão da informação para o
processo decisório.
São tantos caminhos nessa discussão que, no entanto, não se aprofundarão nesse
texto. Nosso interesse fica na relação entre fluxos de informação e mediação da
informação, o que demanda esforços no sentido de uma visão ampla voltada às relações
entre os sujeitos.
Valentim (2013, p. 305) entende que
a informação perpassa os fluxos informacionais e propiciam diferentes reações
nos sujeitos organizacionais, isso dependerá das necessidades informacionais
de cada pessoa, bem como dependerá da possibilidade de apropriação ou não
de informações relevantes para a atividade/tarefa desenvolvida.
É possível observar uma relação ou ponto comum entre os fluxos e a mediação
quando ambos voltam sua preocupação para as necessidades informacionais dos
sujeitos, em que cada um atribuirá valor à informação recebida, ou a receber, à medida
que satisfaz total ou parcialmente as suas necessidades, ao mesmo tempo em que gera
outras. Tais necessidades não são neutras, exclusivas ou isoladas. As necessidades
representam também propostas externas à comunidade atendida. São elas impostas,
muitas vezes, a partir de interesses econômicos, políticos, de dominação etc. Desnudar
as verdadeiras necessidades, descoladas das que são impostas à comunidade, é tarefa
impossível, mas que deve ser buscada.
Essas necessidades, no campo das organizações, estão estritamente ligadas aos
usos nos processos dos sujeitos organizacionais, em suas atividades cotidianas. Por
outro lado, o sujeito em outros ambientes pode ter dinâmicas de uso menos intensas, o
que influirá no valor da informação e, em consequência, na apropriação que ele faz de
tais informações para uso particular ou coletivo.
A esse respeito, Taylor (1986), em seu livro sobre agregar valor (um termo bem
banalizado nos dias atuais quando falamos em produtos e serviços, no âmbito das
organizações), explica, no contexto dos processos nos sistemas informacionais, que o
valor da informação está ligado proporcionalmente ao contexto de uso. Assim, o autor
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reforça que a necessidade informacional dos sujeitos influi no valor que a informação
tem para eles.
Como exemplo desse entendimento, é possível vislumbrar um contexto que nos é
familiar, que é o ambiente organizacional da biblioteca, que possui os setores com seus
fluxos informacionais, os sujeitos com suas ações e processos, e também sujeitos com
suas necessidades informacionais.
Nesse cenário, estão presentes os fluxos formais e os fluxos informais aqui
discutidos e conceituados, o valor da informação, a mediação que se faz entre o suporte,
a informação e os sujeitos, e toda carga sistêmica e complexa das relações estabelecidas
no processo de comunicação.
Taylor (1986) elenca a organização, a análise, a síntese e o julgamento como as
quatro atividades presentes nos sistemas de informação. Em todos os processos
mencionados, que o autor procura mostrar o valor que se agrega à informação, é
possível vê-los presentes no contexto de uma biblioteca.
Assim, no âmbito da organização da informação, temos a passagem dos suportes
para a informação quando do processamento técnico, em que se classificam e descrevem
os materiais, pautados no conteúdo do material com fins de uso pelos leitores que
querem suprir (ou gerar novas) necessidades informacionais.
Na atividade de análise, em que vemos bem forte o papel da mediação da
informação, que será tratada adiante, busca-se tanto filtrar as informações com
propriedades fidedignas e de qualidade quanto mediar informações para a resolução
dos problemas dos leitores, quais sejam, suas necessidades.
A síntese, cuja etapa busca reunir as informações, é de fundamental importância
devido à quantidade de informações disponíveis nos dias atuais, facilitadas pela
Internet, que demanda tempo para aglutinar a massa informacional. A síntese contribui
para minimizar tais efeitos.
Por fim, o julgamento, ou a tomada de decisão, é o processo onde todo esse fluxo
de informações se justifica para que haja uma apropriação de toda, ou parte, das
informações que permitam a construção de conhecimento pelos sujeitos, sejam eles os
profissionais que decidem os rumos de uma organização, sejam os sujeitos cognoscentes
no contexto social.
Taylor (1986) reconhece que a necessidade informacional justifica o início de um
processo de mediação da informação, com finalidade de uso nas múltiplas dimensões do
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sujeito, seja no contexto organizacional ou social. Portanto, é preciso considerar a
compreensão da mediação da informação juntamente com os fluxos informacionais.
Assim, também é necessário conhecer a compreensão do que aborda a mediação
da informação, suas discussões, seus desdobramentos e aplicações, avançando na
construção de teorias e práticas integradoras e complexas.
3 A MEDIAÇÃO DA INFORMAÇÃO: olhando a Ciência da Informação como uma
ciência social
As discussões levantadas nesta seção, como serão percebidas no decorrer do
texto que se segue, estão aproximadas à questão do bibliotecário como profissional da
informação e como mediador, passível quando se tem presente a biblioteca como
organização e os sujeitos organizacionais e sociais, como visto anteriormente na
discussão dos fluxos de informação.
Essa aproximação entre a mediação e o bibliotecário deriva também da formação
dos autores do texto, embora se relativize o fato de o mediador poder variar nos
múltiplos momentos entre a informação e o leitor.
Assim, não se determina que a mediação seja exclusiva do bibliotecário, mas que
ele, o bibliotecário, deve se qualificar na condição de mediador, por toda sua história
relacionada à informação e ao conhecimento, seja no âmbito do livro, das bibliotecas e,
no contexto atual, também das tecnologias.
Almeida Júnior (2000) lembra, analisando o contexto do perfil do bibliotecário
como profissional da informação, que a função informacional no âmbito das bibliotecas,
mas não somente nelas, passou a ser entendida como o paradigma da Biblioteconomia e
da Ciência da Informação, avançando da ideia de preservação e assumindo atitudes de
disseminação.
Isso se mais claramente neste século XXI pelos profissionais da informação,
que tiveram sua formação sendo desenvolvida levando em consideração esse novo
contexto. Entretanto, seus formadores, que em parte podem ainda pertencer à formação
tecnicista de outrora, inevitavelmente trazem consigo essa carga cultural que lhes é
familiar, contribuindo para reproduzir o pensamento clássico no que diz respeito ao
objeto de estudo da área.
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Como consequência, poderá ainda haver profissionais, mesmo os recém-
formados, com o pensamento vinculado ao paradigma anterior, seja na forma de ver sua
missão, na maneira como percebe o contexto social, ou no seu pensamento em relação à
maneira como lidar com as demandas de seu público.
Não é difícil reconhecer nos bibliotecários o interesse pela área de organização da
informação, especificamente o que se denomina processamento técnico. Não se
questiona a necessidade dessa tarefa, tampouco seu debate teórico; porém, o que se
questiona é o fazer em si mesmo, sem levar em consideração o seu público, o leitor que
deveria se beneficiar do resultado dessa ação.
É possível, ainda, ouvir de profissionais, inclusive de recém-formados que se
voltam a essas tarefas, a justificativa de que optaram por esse tipo de trabalho para não
ter contato com o público, que preferem se isolar no seu setor e ter contato apenas com
materiais bibliográficos. Ora, está perceptível nesse discurso a dissociação entre seu
fazer e o contexto social, o deslocamento entre sujeito e objeto a que o novo paradigma
se opõe.
Até se olharmos com extremo apreço a organização da informação, ou do
conhecimento, percebemos, como aponta Almeida Júnior (2008, p. 42), que “‘organizar’
o conhecimento humano era sinônimo de organizar os suportes; preservar o
conhecimento era sinônimo de preservar os suportes”. Esse passado insiste em
permanecer.
Tal situação demonstra que, por mais que avancemos na discussão sobre a
informação, ainda estamos discutindo questões que, aparentemente, estariam
superadas. Mas não estão. Por isso talvez continue sempre pairando a discussão sobre a
importância da instituição biblioteca e do bibliotecário para a sociedade, e também o
baixo investimento por parte do Estado para o desenvolvimento de tais instituições.
Por outro lado, têm-se acompanhado as propostas e pesquisas que
contextualizam o bibliotecário como profissional da informação não relacionado às
bibliotecas, numa tentativa de “vender” um novo profissional da informação.
Sobre essa observação, Almeida Júnior (2000) lembra a influência que a
globalização, no bojo do sistema capitalista, exerceu na formulação desse pensamento
em que, novamente, temos a prática de fragmentação que buscou separar o bibliotecário
humanista, voltado às coisas do espírito humano, do profissional da informação, voltado
à produção, ao racional e material.
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Essa realidade, incompatível à ideia de um ser humano integral e de uma
sociedade igualitária, tem se perpetuado nas discussões acadêmicas e na prática
profissional, ainda que se defenda uma área pertencente às ciências sociais. Por que
separar as coisas do corpo das coisas do espírito? Essa divisão do ser humano não por
acaso tem seus defensores e reprodutores.
Embora a Ciência da Informação tenha sido formulada a partir da somatória de
algumas teorias, cujos cientistas pertenciam às Ciências Exatas e Ciências da Natureza, a
grande capacidade de desenvolvimento de uma ciência é a de se distanciar do
reducionismo natural da criação e se expandir na busca de suas bases conceituais, dos
seus núcleos epistemológicos e também de sua importância para a sociedade (ARAÚJO,
2003).
Assim, a Ciência da Informação está identificada na área das Ciências Sociais
Aplicadas, cujo compromisso, mais do que à área a que pertence, é servir como
encaminhamento e foro de discussão das demandas sociais, que, para isso, necessita
revisitar e questionar seus pontos de interesse. A questão da mediação é uma discussão
real e emergente.
A mediação da informação surge no atendimento ao público, nas bibliotecas,
onde, posteriormente e em vigência até os dias atuais, foi denominado setor de
referência. Almeida Júnior (2008) aborda o conceito de equipamentos informacionais,
análogo à ideia de equipamentos culturais, e abrange as múltiplas unidades de
informação, como a biblioteca, o arquivo etc.
O autor propõe a rediscussão e transformação no que tange à disseminação da
informação que se limita ao que viemos relatando e criticando até então, qual seja, um
fazer mecanicista, reducionista, que se entende, ou que quer ser entendida, como
dissociada e neutra.
Assim, Almeida Júnior (2015, p. 25) conceitua a mediação da informação como
Toda ação de interferência, realizada em um processo, por um profissional da
informação e na ambiência de equipamentos informacionais, direta ou indireta;
consciente ou inconsciente; singular ou plural; individual ou coletiva; visando a
apropriação da informação que satisfaça, parcialmente e de maneira
momentânea, uma necessidade informacional, gerando conflitos e novas
necessidades informacionais.
O conceito acima é uma atualização de um conceito formulado em 2006 e, neste, o
autor menciona que a mediação é realizada em um processo e na ambiência de
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equipamentos informacionais, e satisfaz a necessidade informacional de maneira
momentânea. Além disso, gera conflitos e novas necessidades informacionais, em um
processo contínuo e perene.
Sempre num contexto dialógico, o autor se posiciona no sentido de o bibliotecário
se assumir protagonista, enquanto sujeito que participa na construção dos rumos a
serem trilhados pela sociedade. Considera que o bibliotecário deve negar-se ao discurso
e à posição de neutralidade e imparcialidade, tendo a compreensão de interferência
como de fundamental importância.
A interferência se contrapõe tanto à ideia de passividade e neutralidade quanto à
ideia de manipulação. Embora muito próximas, as duas concepções são distintas e
abarcam princípios de moral e ética que são necessários ao profissional da informação.
Também, a própria ação de interferência, no âmbito da mediação, é uma forma de
descortinar certas informações manipuladas, sobretudo pelas mídias de massa
vinculadas a oligopólios e grupos empresariais, que se valem de seu poder econômico e
político para cristalizar questões como verdades absolutas, de acordo com seus
interesses.
Silva (2015, p. 103) contribui com uma compreensão a respeito da mediação da
informação e, em consonância com o exposto, entende-a como
um conjunto de práticas construtivas de intervenções e interferências regidas
por intencionalidades, normas/regras, correntes teórico-ideológicas e crenças
concebidas pelo profissional da informação em interação com os usuários no
âmbito de suas realidades cotidianas e experienciais, indicando procedimentos
singulares, coletivos e/ou plurais de acesso e uso da informação, estimulando à
apreensão e apropriação para satisfação de necessidades de informação.
A esse respeito, é possível refletir que o processo de mediação da informação vem
imbricado nos processos de apropriação da informação para a construção do
conhecimento, em que se busca a formação do espírito crítico dos sujeitos a partir do
estabelecimento de um diálogo que promova a reciprocidade por meio da interação.
A mediação da informação pode ser direta ou indireta, consciente ou
inconsciente, como relata Almeida Júnior (2015), pelo fato de perpassar os vários
setores de um espaço informacional e em todas as ações do bibliotecário, desde a
seleção dos materiais que farão parte do acervo, no processamento técnico que
classificará e descreverá o conteúdo informacional contido no suporte (e o próprio
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suporte), até o serviço de referência, cujo contato com o leitor é mais intenso e a
mediação é mais direta, ou explícita.
Pensar que o conhecimento se constrói individualmente, mas se na relação
com os outros, ou seja, num contexto dialógico histórico-social, nos termos do
construtivismo de Vygotsky, é talvez reconhecer e posicionar a Ciência da Informação
como integrante das Ciências Sociais, preocupada com o movimento cotidiano
promovido pelas demandas da sociedade por meio das necessidades dos sujeitos.
Alinhada a essa compreensão, é preciso considerar que para tratar de mediação, de
início, é preciso situá-la como ação vinculada à vida, ao movimento, ao processo de
construção de sentidos(GOMES, 2010, p. 87).
Neste aspecto, é necessário que a Ciência da Informação se entenda como
responsável pelos debates que envolvam o acesso à informação, ao conhecimento, e aos
equipamentos culturais, propiciando o desenvolvimento do espírito crítico. O
bibliotecário, categoria profissional que deriva da Biblioteconomia, que dialoga e
interage com a Ciência da Informação, precisa constantemente se questionar sobre se
está, de fato, apropriando-se dessas concepções e aplicando-as.
A discussão sobre a informação, suas propriedades, sua materialidade, ou mesmo,
a preocupação pelos ruídos no processo de comunicação, embora necessários nos
contextos teóricos, precisa ladear as preocupações mais emergenciais, que se traduzem
nas desigualdades sociais, gênese das muitas enfermidades que nossa sociedade vem
passando.
Ortega y Gasset (1976), ao abordar a missão do bibliotecário, lembra que as
necessidades sociais, dado seu caráter histórico, são as que influenciam o surgimento de
uma profissão, tendo no papel do bibliotecário, ainda que embrionariamente vinculado
ao livro, uma importância maior quando o relacionamos com a democracia, onde o
acesso à informação permite formar sujeitos autônomos e críticos de seu contexto social.
Dessa forma, torna-se imperativo considerar e questionar constantemente se,
embora o bibliotecário seja formado a partir dos entendimentos de uma ciência social
que reconhece a importância da informação e formação do sujeito através do
conhecimento, estamos genuinamente preocupados com essas questões e fundamentos,
ou simplesmente nosso fazer se desvincula de sua gênese e servimos a outros senhores e
a outros ideais.
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4 OS FLUXOS INFORMACIONAIS E SUAS RELAÇÕES COM A MEDIAÇÃO DA
INFORMAÇÃO: convergências e complexidades
Na busca por refletir sobre o elo que integra a mediação da informação aos fluxos
informacionais, é necessário aproximar compreensões, que são importantes no
entendimento do todo e das partes no contexto dos ambientes informacionais e no
intento de satisfazer as necessidades informacionais do leitor em um ambiente
complexo.
A esse respeito, quando se aborda, por exemplo, a informação eletrônica,
colabora-se para ficar mais fácil de entender a relação com os fluxos, pois ambos trazem
consigo outros vieses, como o digital e o virtual, em seus suportes híbridos pautados na
dinamicidade das plataformas tecnológicas, dinamicidade misturada à efemeridade.
Essas características de dinamicidade, efemeridade e fluidez (dentre outras) das
informações, tão presentes também no debate dos fluxos, são abordadas por Almeida
Júnior (2008), ao resgatar suas abordagens de 2004, no âmbito das informações
eletrônicas e atividades culturais. No que se refere a este texto, não avançaremos às
questões relativas às atividades culturais, que, por si, dariam extensas linhas de
discussão. Enfatizaremos a questão das informações eletrônicas e suas correlatas.
No bojo desse assunto tão integrado aos nossos dias, em que a tecnologia se
alojou em todos os ambientes, é ela, a tecnologia, que aparente aspecto de moderno
profissional da informação, ao mesmo tempo em que coloca a discussão da Ciência da
Informação como atual.
Entretanto, a tecnologia vem evidenciar discrepâncias no entendimento da
comunidade científica referente ao objeto de estudo da área. Afinal, se o objeto da
Ciência da Informação é a informação registrada, como estudar algo que não é, mas está
informação? Como lidar com sua efemeridade?
Assim, Almeida Júnior (2008, p. 51) propõe que o objeto da Ciência da
Informação seja, mais do que a informação, a mediação da informação”. É um ponto
fundamental de discussão, que, por razões históricas, não é consenso e tampouco a
corrente prevalecente. Entretanto, de se considerar esse aspecto quando nos
colocamos em posição de limitação na busca de um entendimento sobre nosso objeto de
estudo. Se considerarmos que lidamos com a informação registrada, estamos
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objetivando; portanto, não poderemos avançar na subjetividade que compõe o
conhecimento e nos processos que compõem a sua apropriação e construção.
Além disso, torna-se paradoxal dizer que lidamos com a informação registrada
presente num ambiente tão subjetivo e híbrido como os ambientes digitais. Novamente a
limitação exige uma mudança no olhar, que, por conseguinte, possa nos levar a novos
paradigmas, voltados à complexidade dos fenômenos.
Também os fluxos informacionais endossam o mesmo problema, em que derivam
da teoria dos sistemas, quando se busca objetivar de tal maneira que não ceda espaço
para as especificidades, conflitos, multiplicidade de olhares e compreensões, necessários
ao fazer científico em um contexto social.
Bauer (2009) evidencia o exposto ao colocar a deficiência da teoria dos sistemas,
que busca a noção de equilíbrio, forjada dos sistemas naturais, cujo ciclo sem
interrupções visa exatamente ao equilíbrio, sem possibilidade de relativizar, num
processo rígido de delimitação.
A esse respeito, o desenvolvimento da sociedade, por meio de novos
questionamentos oriundos da realidade já dissociada das explicações do modelo vigente,
fez emergir novas concepções e entendimentos que puderam dar cabo das limitações
previstas no sistemismo que limitava a maneira de entender o contexto geral e as
especificidades daquele momento histórico.
Morin (2005) esclarece que a teoria dos sistemas contribuiu para solucionar o
problema do reducionismo que permeava a compreensão do pensamento clássico, ao
incorporar o holismo como novo princípio que explicava a totalidade e não somente no
nível dos elementos de base, ou seja, nas partes, como fazia o reducionismo. Porém, o
holismo, na teoria dos sistemas, estava igualmente subordinado ao reducionismo ao
qual se opunha, contemplando também uma visão parcial, unidimensional e
simplificadora do todo.
Ao refletir de maneira ampla e reelaborar o conceito de sistemas, Morin (2005)
supera alguns conceitos presentes no pensamento clássico, como o reducionismo, que
compreende o todo a partir da descrição das partes; o holismo, que reduz o que é
complexo apenas ao todo, negligenciando as partes; e o hierarquismo, que impõe uma
precedência unilateral do todo sobre as partes, compondo uma estrutura rígida na
relação todo/parte.
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Seguindo suas compreensões, o pensamento complexo nos sistemas deve avançar
de uma relação linear determinista de causa-efeito para uma compreensão
considerando relações onde ocorram a auto-organização e o dinamismo do sistema, em
situações de complementaridade e, por vezes, até antagônicas e conflitantes. Esse
conflito, também presente na mediação, é próprio dos sistemas vivos, onde o olhar não
se concentra somente nas estruturas, mas também nos sujeitos.
Essa flexibilidade que permite lidar com constituintes e situações heterogêneas é
essencial para os sistemas complexos, e que, novamente, retorna à discussão tanto nos
fluxos de informação quanto na mediação da informação, pois resultam na convivência
dual do uno e do múltiplo, ou do individual e do coletivo, ou do singular e do plural, ou
do sujeito e do mundo.
Assim, complexidade, fluidez, subjetividade, conflito e dinamicidade despontam
como elos integradores entre os fluxos de informação e a mediação da informação que,
por razões aparentes, são algumas características da natureza da informação, discutidas
nestes e em outros temas nas várias disciplinas e campos científicos, cada uma com suas
interpretações e ênfases que lhe são peculiares e que continuam sempre atualizadas,
que avançam e se ampliam mesmo nas condições de tensionamentos próprios da
ciência.
5 CONCLUSÃO
O sujeito informado é, teoricamente, mais crítico em relação ao seu contexto, a
partir das reflexões oriundas dessas ideias, isto é, do conhecimento construído, fruto da
apropriação das informações. Nesse sentido, pode influenciar e transformar o sistema
vigente e passar a ser protagonista dos rumos sócio-históricos.
Os ambientes organizacionais, fortemente sedimentados no modelo econômico
vigente, qual seja, o modelo capitalista, são dependentes do sujeito cognoscente, através
de suas ações e decisões, pautadas nos seus conhecimentos, que nem sempre são
suficientes para o nível de ação/ decisão por ele executado. O que outrora dependia
apenas das forças físicas de trabalho nas linhas de produção mudou para as forças
cognitivas, mentais, ainda que em parte do processo existam serviços operacionais
puramente mecânicos.
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Concluímos, com os aportes trazidos para esta pesquisa, que as inter-relações
estabelecidas entre a mediação da informação e os fluxos de informação partem das
constituintes e características mencionadas, que colaboram, consequentemente, para
reforçar o caráter social da Ciência da Informação, que se preocupa com a complexidade
dos fenômenos informacionais pertencentes à sociedade em todas as suas ambiências e
interações.
A compreensão do todo e das partes, concomitantemente, e as noções de
incompletude e de conflito são características essenciais para o pensamento complexo,
em que se conhecem os fluxos, os caminhos, as etapas, os vieses, as especificidades de
cada ambiente, situação, fato, contexto; e se entende de maneira ampla, lato, as
generalidades do ambiente e realidade a que pertence.
É possível considerar também que a informação é percebida a partir da relação
com o sujeito, gerando um movimento dinâmico e dual, e o sujeito constrói o
conhecimento a partir da sua relação com os outros, com o mundo, momentos em que a
mediação se faz presente. Não há como se distanciar, se isolar, e querer um olhar
multidimensional.
De maneira igualmente dialógica, no contexto dos fluxos, observa-se que, para a
apropriação da informação, é preciso fazer uso da percepção e dos recursos sensoriais
que compõem e interagem com o exterior (externo). Em contrapartida, necessita-se de
posterior reflexão, análise, síntese, que compõem o interior do indivíduo (interno). Essa
relação de espaço e tempo por vezes não é percebida, devido à velocidade com que
acontece, mas se reflete no julgamento, nas decisões e ações do indivíduo.
Considerando as conclusões e o entendimento de que este tema se mantém
importante para o desenvolvimento da ciência e da sociedade e, portanto, não se esgota
neste texto, sugere-se a continuação de pesquisas que contemplem os fundamentos
sociais e epistemológicos da mediação da informação, dos fluxos de informação, e outros
temas abarcados pela Ciência da Informação, proporcionando, com isso, um debate
transversal sobre a complexidade inerente aos fenômenos investigados por essa ciência
de natureza social, com postura pós-moderna e atuação interdisciplinar.
A mesma sugestão vale para a realização de pesquisas que se concentrem na
constatação e aplicabilidade dos conceitos discutidos, em que se pode verificar a
aderência dos temas aqui apresentados, estabelecendo o diálogo entre teoria e prática,
fundamentais para o atendimento das demandas sociais presentes e futuras.
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Por fim, cabe destacar que sem a relação e reflexão o ocorre apropriação da
informação e tampouco construção de conhecimento e, assim, permanece-se no
pensamento raso, dissociado da realidade, e na inércia que a ignorância concede e que
satisfaz àqueles que não querem mudanças que prejudiquem o status quo que os
favorece.
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SOBRE OS AUTORES
Elder Lopes Barboza
Programa de Pós-graduação em Ciência da Informação. Universidade Estadual Paulista (UNESP).
E-mail: elderlopes@bol.com.br
Oswaldo Francisco de Almeida Júnior
Doutor em Ciências da Comunicação pela Universidade de São Paulo (1999). Professor associado da
Universidade Estadual de Londrina (UEL). Professor titular do Programa de Pós-graduação em Ciência da
Informação da Universidade Estadual Paulista (UNESP).
E-mail: ofaj@ofaj.com.br
Recebido em: 14/11/2017; Revisado em: 18/12/2017; Aceito em: 19/12/2017.
Como citar este artigo
BARBOZA; Elder Lopes; ALMEIDA JÚNIOR, Oswaldo Francisco de. A mediação da informação nas
discussões sobre os fluxos informacionais. Informação em Pauta, Fortaleza, v. 2, n. 2, p. 55-73, jul./dez.
2017.