ARTIGO
GESTÃO E MARKETING EM UNIDADE DE INFORMAÇÃO: competências
do profissional da informação
MANAGEMENT AND MARKETING IN INFORMATION UNIT: competences
of the information professional
Jade Gomes de Sousa Ferreira
UFC
Maria Aurea Montenegro Albuquerque Guerra
UFC
RESUMO
Apresenta o profissional bibliotecário e as possibilidades de se inserir no mercado de
trabalho, mostrando como as transformações na sociedade repercutem na sua atuação em
unidades de informação. O objetivo desse estudo é mostrar que o profissional da
informação contemporâneo tem necessidade de diferentes perfis e competências de
atuação, dentre esses a gestão voltada para a aplicação das ferramentas do marketing.
Utilizou-se como metodologia a pesquisa bibliográfica, realizada em artigos e livros de
autores que são expoentes na gestão e em marketing. Os resultados indicam que as
ferramentas de marketing contribuem para um alcance maior da divulgação de produtos e
serviços em unidades de informação. Seu alcance estende-se para uma proposta de gestão
de toda unidade de informação. Conclui-se que atualização e conhecimento dos
profissionais da informação, com novas estratégias de gestão, são condições emergentes.
Palavras-chave: Gestão e marketing em unidade de informação. Profissional da
informação contemporâneo. Bibliotecário.
ABSTRACT
It presents the professional librarian and the possibilities of insertion in the work market,
showing how the transformations in the society have repercussion in its action in
information units. The objective of this study is to show that the contemporary information
professional needs different profiles and performance skills, among which the management
focused on the application of marketing tools. The methodology used was bibliographic
research, carried out based on articles and books written by authors who are exponents in
management and marketing. The results indicate that the marketing tools contribute to a
greater reach of the dissemination of products and services in information units. Its scope
extends to a management proposal for the entire information unit. We conclude that
updating and knowledge of information professionals, with new management strategies,
are emerging conditions.
Keywords: Management and marketing in information units. Professional of contemporary
information. Librarian.
Inf. Pauta ISSN 2525-3468
Fortaleza, CE
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ARTIGO
1 INTRODUÇÃO
As mudanças são evidentes em todas as esferas da vida, seja ela social,
econômica, política, científica, tecnológica e, não menos importante, profissional. Na
composição desse pensamento, torna-se essencial discutir a influência do marketing na
gestão em unidades de informação, tendo como ponto de partida o reconhecimento da
profissão de bibliotecário como uma das mais antigas; portanto, mais passível de sofrer
as alterações oriundas das transformações sociais é que esta pesquisa se impõe. Tal
imposição refere-se ao modo de como o bibliotecário acompanha as transformações e se
alia a elas no seu fazer cotidiano. Neste sentido, o marketing se apresenta como uma
estratégia ou possibilidade de tornar a ação do bibliotecário mais competitiva, signo da
sociedade contemporânea.
Essas alterações giram em torno da informação, de sua geração, armazenamento
e disseminação. Segundo Castro (2000, p. 144), dentre todas as transformações
ocorridas no mundo, a da informação é a que maior impacto causou no século XX, visto
que ela não obedece a fronteiras, ou seja, não tem espaço determinado de origem e seu
significado também passou por alterações.
O conceito de informação, segundo Capurro e Hjorland (2007), no sentindo de
conhecimento comunicado, desempenha um papel central na sociedade contemporânea.
É comum considerar a informação condição básica para o desenvolvimento econômico,
juntamente com o capital, o trabalho e a matéria-prima, mas o que torna a informação
especialmente significativa na atualidade é sua natureza digital.
Essas mutações implicam diretamente no profissional da informação, que,
diante dos avanços tecnológicos, em face ao crescimento acelerado da informação,
deixou de usar apenas as técnicas e passou a exercer, também, o intelectual. Diante
disso, o bibliotecário passou a realizar atividades antes não vistas na sua composição
profissional, a exemplo do marketing. Com o avanço econômico, científico e tecnológico,
surgiram oportunidades de inserção e expansão no mercado de trabalho de novas
profissões na área de Ciência da Informação (CI).
Deve-se reconhecer o valor dos conhecimentos e das habilidades da área, mas o
profissional deve estar preparado, também, para adquirir novas habilidades. Com as
Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs), os bibliotecários tiveram que se
atualizar e adquirir competências para se comunicar através do novo meio o digital,
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seja no setor de referência ou em outro. Entretanto, essas novas competências não
anularam as teorias consolidadas e se encaixaram em dois perfis profissionais
demandados na atualidade: o bibliotecário facilitador de informação e o bibliotecário
criador de conhecimento.
Nossa inquietação recai acerca do mercado de trabalho do bibliotecário, diante
das transformações sociais, econômicas, políticas e culturais, e o impacto dessas
transformações numa sociedade altamente competitiva e cada vez mais exigindo
propostas de gestão aderentes ao momento atual de crises. Neste sentido, o marketing
se apresenta como aliado para a gestão em unidades de informação, tendo em vista sua
eficácia numa perspectiva de alcance de objetivos organizacionais. Diante do contexto
enunciado, indagamos: em que medida o bibliotecário contemporâneo se alia ao
marketing na consecução dos objetivos organizacionais e quais competências são
necessárias para a adequação do marketing na gestão em unidade de informação?
Nosso objetivo é destacar as competências necessárias ao profissional da
informação/bibliotecário, no que diz respeito à gestão e ao marketing como elementos
constituintes do seu perfil profissional, e ainda mostrar que a gestão e o marketing em
unidades de informação são nichos de mercado altamente promissores e dinâmicos.
Assim, este artigo se apresenta em
três perspectivas: a informação como
elemento transformador na sociedade da informação; o profissional bibliotecário
contemporâneo; e a gestão e o marketing em unidade de informação.
2 A INFORMAÇÃO E SUA FORÇA DE TRANSFORMAÇÃO NA SOCIEDADE DA
INFORMAÇÃO
A informação é, hoje, a peça fundamental para entendermos as transformações
ocorridas no mundo, pois essa informacionalização afeta tanto as sociedades, a
economia, as relações de trabalho e o próprio indivíduo em suas relações.
Capurro e Hjorland (2007) enfatizam que o termo informação dentro da CI é o
que é informativo para uma determinada pessoa, ou seja, o informativo depende das
necessidades do indivíduo. Em consonância, Machlup (1983 apud CAPURRO;
HJORLAND, 2007) diz que a informação é um fenômeno humano, pois envolve
indivíduos, transmitindo e recebendo mensagens no contexto de suas ações possíveis.
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Para Capurro e Hjorland (2007, p. 164), informação não é um elemento observável
puro, mas construto teórico, ou seja, é um dado interpretado.
Portanto, a informação deve ser estudada como fator essencial que permite o
salto para a verdadeira transformação da sociedade. Esse conceito de informação
evoluirá à medida que evoluir o conceito de consciência coletiva da sociedade, isto
porque, quando uma sociedade evolui, ocorre a transformação advinda da mudança de
foco em relação aos fatores de produção e desenvolvimento econômico. A base dessa
transformação é que o setor de informação, no qual se inserem as unidades de
informação, é intensivo em conhecimento, e não em trabalho manual. O valor agregado
do conhecimento ou do segmento tecnológico é progressivamente mais importante e
incorporado ao bem, provocando a transformação industrial da matéria-prima pelo
valor agregado.
A informação é algo muito valioso, e não apenas na sociedade atual, mas em
toda a história das sociedades, em virtude de impactar na economia, política, educação e
cultura. É importante entender a relevância da informação e do conhecimento para o
desenvolvimento da sociedade, porém, a prática profissional da prestação de serviços da
rotina cotidiana nem sempre deixa explícito tal importância. Segundo Le Coadic (2004),
duas características marcam o futuro da informação: a explosão da informação e a
implosão do tempo.
Com o pós II Guerra e o advento das tecnologias, é sabido que houve uma
crescente produção de informação, o que conhecemos por boom informacional, e este
teve impacto no desenvolvimento da CI e, conseguintemente, no profissional da
informação/bibliotecário, e não o somente neste, mas na sociedade, que passou a ser
conhecida por Sociedade da Informação.
Essa Sociedade da Informação exige maiores habilidades do profissional
bibliotecário, pois entende que este deva acompanhar o desenvolvimento do seu objeto
de trabalho: a informação, pois ela [informação] passa a ser um pressuposto de
benefícios, mas também de exclusão, para uma parte da sociedade. Benefícios, pois
permite que se tenha acesso a praticamente todo acervo informacional mundial, através
da dita internet; exclusão, pois esse acesso é limitado a uma parcela da sociedade,
àqueles que têm melhores condições socioeconômicas para se conectar ao mundo.
Conforme Castells (2008), o termo sociedade da informação enfatiza o papel da
informação na sociedade. Em concordância, Mattelart , p.  exalta que não
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faltam exortações que insistem na urgência de se estimular ativamente a aquisição de
conhecimentos e de competências com o fim de transformar a sociedade da informação
emergente em uma sociedade do saber.
Assim, não restam dúvidas de que, na sociedade da informação, todos os
ambientes que lidam com a informação precisam ser analisados, a fim de que
acompanhem toda essa explosão informacional e contribuam para a melhoria da
qualidade de vida das pessoas.
É notório que os últimos anos têm sido caracterizados por transformações
econômicas, políticas e sociais, apoiadas nos avanços tecnológicos e numa nova cultura
informacional, cuja riqueza encontra-se, cada vez mais, no acesso e uso da informação de
forma inteligente para a construção do conhecimento e da sociedade.
Desse modo, e nesse contexto em que a informação tem papel decisivo, abrem-
se inúmeras oportunidades para o profissional da informação/bibliotecário. Em todos os
âmbitos profissionais estão aflorando novas necessidades, e o que mais se busca são
atitudes como: receptividade perante as mudanças, saber atuar como aliado junto à
consecução da missão, objetivos e valores da organização, ser capaz de enfrentar
desafios e os compromissos assumidos de maneira inovadora. Assim, o bibliotecário
deve ser capaz de situar-se no centro da organização, sendo elemento fundamental para
a transformação e adequação desses ambientes às novas tendências e expectativas da
sociedade.
3 O BIBLIOTECÁRIO CONTEMPORÂNEO
Na contemporaneidade, a biblioteca adquiriu outro sentido que não apenas
depósito de livros, mas sim um lugar onde se formam cidadãos críticos, ou seja,
dimensionou suas funções educativas e produtora do conhecimento agregando também
sua função social. Esse redimensionamento implicou num redirecionamento das
atividades do bibliotecário, onde o mesmo terá que desenvolver competências capazes
de honrar as emergentes funções da biblioteca.
A capacidade de colocar em prática as nossas habilidades e conhecimentos
seria, então, considerada competência. Para Dutra (2012), a competência tem a ver com
diferentes fatores: de um lado, temos a organização que possui um conjunto de
competências que lhe são próprias advindas de sua gênese e formação ao longo do
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tempo. […] de outro lado temos as competências que podem ou não estar sendo
aproveitadas pela organização. (DUTRA, 2012, p. 23).
No nosso dia a dia, é possível perceber que a influência de nossas habilidades
em detrimento da realização com sucesso das nossas atividades nos auxilia no nosso
crescimento pessoal, sendo, portanto, mais utilizada a noção de competência como a
capacidade de utilizar as nossas habilidades e ser capaz de incorporar valor ao meio em
que se insere.
É notório que as competências e habilidades humanas, inseridas no mercado de
trabalho por uma profissão, seja bibliotecário ou outra, muitas vezes, sofrem alterações
com o decorrer do tempo, o que corrobora as experiências vivenciadas ao longo de sua
trajetória sua inserção geográfica, as demandas sociais. Essas alterações são
concebidas por novas funções adicionadas às que já são rotineiras.
Essas mudanças refletem-se, inclusive, nos codinomes utilizados em alusão ao
bibliotecário, exemplificados na fala de Carvalho (2002) por profissional da informação,
agente de informação, organizadores de informação, profissional do conhecimento,
trabalhador do conhecimento, gestor do conhecimento; mas o que todas têm em comum
é o papel multifacetado que o bibliotecário assume em suas funções, junção do
humanismo à técnica.
Para Fleury, M. e Fleury, A. (2001), da área de Administração, o conceito de
competência está associado a verbos como: saber agir, mobilizar recursos, integrar
saberes, saber aprender, saber engajar-se, assumir responsabilidade e ter visão
estratégica, ou seja, está alinhado à percepção do mercado atual.
O conhecimento gerado resultante das inovações científicas exige um perfil cada
vez mais especializado do bibliotecário em virtude dessas mudanças. Esse perfil
especializado vai ao encontro do que Castro (2002) chamou de moderno profissional da
informação.
O ambiente organizacional faz parte de um universo que abrange a organização,
sendo formado por agentes que influenciam interna ou externamente, e ainda direta ou
indiretamente a empresa. O ambiente organizacional é formado por vários integrantes,
que, por vezes, podem não ser controláveis. Oliveira (2008) afirma que o ambiente é
formado pela reunião de fatores que podem influenciar a operação do sistema.
A administração é um processo contínuo. Sabendo disso, torna-se fácil
compreender que uma unidade de informação não é uma organização isolada. Como
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afirma Vergueiro (2007, p. , [...] as unidades de informação são afetadas pelo meio
ambiente em que atuam, recebendo influência direta de seu contexto econômico-social.
E o ambiente organizacional faz valer a necessidade de um ciclo constante de gestão em
qualquer tipo de organização.
O atual perfil do bibliotecário exige que o profissional seja capaz de lidar com
várias responsabilidades, realizando atividades para além das técnicas (catalogar,
indexar, classificar). A gestão de unidades de informação se mostra um tema com
bastante relevância, diante da crescente importância dada às unidades de informações,
portanto, um profissional que tenha a competência e gosto de gerir/administrar estes
espaços encontra-se em vantagem no mercado de trabalho.
4 GESTÃO E MARKETING EM UNIDADE DE INFORMAÇÃO
As organizações estão modificando as suas condutas de gestão e marketing. No
século XX, o movimento já mencionado [boom informacional] foi relacionado com a
gestão do acúmulo de informações produzidas e registradas, que, para a
Biblioteconomia, impactou no tratamento, organização e disseminação de todas essas
novas informações.
As grandes transformações ocorridas ao longo do tempo culminaram na forma
como a informação era vista, sendo agora de forma rápida e globalizada. A gestão torna-
se, então, um ponto de grande preocupação do bibliotecário, uma vez que, na sociedade
da informação, os usuários/clientes estão cada vez mais exigentes e desejam conteúdos
selecionados e prontos num curto espaço de tempo. Cabe ao bibliotecário desenvolver
estratégias para poupar o tempo do usuário, fazendo luz a uma das Leis de Ranganathan.
Valls e Vergueiro (2006, p. 121) destacam a importância de analisar as
tendências sobre a aplicação da qualidade em serviços de informação:
Se evidencia uma certa predisposição por parte dos dirigentes destes serviços
em modernizar as práticas gerenciais utilizadas, buscando inclusive novas
formas de organização do trabalho, muito mais focado no atendimento das
necessidades dos usuários, em contraposição à disponibilização de documentos
e informações de forma passiva.
Levando em consideração a gestão de serviços, o profissional deve se preocupar
com o desempenho do que está sendo oferecido, pois a qualidade é o que trará ao cliente
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a satisfação sobre o serviço informacional prestado e ao gestor a certeza de que está
administrando corretamente, ou mesmo a análise sobre o que se pode melhorar.
As organizações em geral necessitam de um marketing forte entendendo que
este é a alma do negócio , e no caso das bibliotecas não seria diferente, visto que o
sucesso de qualquer empresa advém de satisfazer os desejos dos clientes/usuários, que
representam a base social e econômica de qualquer organização. Apesar de o marketing
em unidades de informação ser ainda pouco utilizado, não se deve menosprezar a sua
existência.
O marketing, atualmente, é dito como um processo gerencial que engloba várias
atividades, como a análise, desenvolvimento e avaliação. Entretanto, historicamente, de
acordo com So
(2007, p. 37), a designação da palavra marketing surgiu pela primeira vez
na década de 1950. Embora o processo já existisse, foi somente naquele período que
surgiu a definição de seu conceito. A atividade de marketing era realizada, porém, sob
diferentes enfoques, cada um deles relacionado a um determinado cenário econômico.
A partir dos anos 60, iniciou-se uma expansão da aplicação das ferramentas do
marketing para os mais diversos setores. Por muitas vezes, o marketing foi relacionado
apenas às atividades com fins lucrativos; entretanto, a partir da década de 70, ocorreu
uma ampliação desta área de competência do marketing. A sua apropriação pela área
cultural se concretizou pela introdução de estratégias nos setores filantrópico e social,
com a denominação de marketing social.
Segundo Kotler (1978, p. 20), o marketing
Exige a oferta de valor a alguém, em troca de valor. Através das trocas, várias
unidades sociais indivíduos, pequenos grupos, organizações, nações inteiras
obtêm os insumos de que precisam. Pela desistência de alguma coisa, elas
adquirem alguma outra coisa em seu lugar. Essa alguma outra coisa é
normalmente mais valiosa do que aquilo de que se desistiu, o que explica a
motivação da troca.
Compreende-se, então, que o marketing é uma moeda de troca, onde ambos
instituição/biblioteca e cliente/usuário ganham valor informacional. Ainda segundo
Kotler (2000, p. 25), o marketing é visto como a tarefa de criar, promover e fornecer
bens e serviços a clientes, papel este também das bibliotecas.
Desse modo, podemos dizer que o marketing tem uma orientação voltada para o
usuário, especificamente para a satisfação dele, trazendo esta satisfação aos propósitos
da organização/biblioteca, visto que a função da biblioteca é atender as demandas do
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seu público. Sendo assim, o marketing pode ser utilizado como uma forma de captar a
atenção dos usuários, ao passo que ele surge como um instrumento auxiliar planejado e
que visa à criação de estratégias para se atentar às mudanças que, de alguma forma,
possam se voltar como ameaças aos serviços promovidos pela instituição, ou, como
mencionado anteriormente, aliado à satisfação dos usuários, ou seja, ao modo como eles
usuários veem a qualidade dos serviços, alertando aos bibliotecários melhorias e
sugestões.
Assim como empresas privadas, as organizações culturais também estão
sujeitas a ameaças, e por isso Wood (1987, p. 173-174) diz que:
O marketing ajuda os bibliotecários e o pessoal da informação a melhorar sua
reputação, tanto dentro das instituições quanto como profissão dentro da
sociedade [...] os bibliotecários são frequentemente ingênuos quando se trata
de política interna das organizações onde trabalham [...] eles têm de promover
um bom trabalho de relações públicas para estarem seguros de que sejam
ouvidos e que estejam bem representados.
Pode-se dizer, então, que o papel do marketing em unidades de informação é a
promoção das atividades, de modo que satisfaça às necessidades dos usuários e, assim,
justifique a existência da biblioteca, ao passo que o retorno dessa satisfação seja visto
como lucro para a instituição. O marketing é mais que venda, é, portanto, visto como
uma relação de troca usada pelos bibliotecários com o propósito de expandir seu
mercado, ao mesmo tempo em que introduz inovações na biblioteca. E isso chama a
atenção dos usuários, despertando seu interesse de participar efetivamente dessas
atividades.
O marketing sempre foi encarado como uma técnica de vender produtos,
entretanto, hoje, ele é a arte de construir relacionamentos. Assim, nasce o marketing de
relacionamento. O marketing de relacionamento, de acordo com McKenna (1992), trata-
se de um novo marketing, sendo que a solução real obviamente não é mais o marketing,
e sim o melhor marketing. E isso significa um marketing que encontra um modo de
integrar o cliente à empresa, como forma de criar e manter relação entre a empresa e o
cliente. É importante salientar que o marketing de relacionamento está sempre voltado
para o usuário.
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5 O PROFISSIONAL BIBLIOTECÁRIO: nuances na gestão e marketing em unidades
de informação
As TICs impulsionaram mudanças em diferentes cenários, desde as áreas de
Ciência & Tecnologia (C&T), bem como nas de Administração e Informação. Milanesi
(2002) discorre sobre a complexidade do reconhecimento social do profissional
bibliotecário, visto que o autor percebe que nem sempre é o bibliotecário quem ocupa os
cargos de liderança. Entretanto, essa visão vem mudando, pois é possível enxergar o
bibliotecário atuando enquanto líder/gestor cada vez mais presente nas organizações.
Segundo Ferreira (2016), o marco inicial dos estudos sobre o mercado de
trabalho e as competências dos profissionais da informação da área da CI data de 1969,
com um estudo dirigido por Wasserman e Bundy, nos Estados Unidos. Esses autores
iniciaram a discussão acerca da mudança do mercado de trabalho versus a atuação do
profissional da informação.
Um estudo importante sobre a descrição de perfis de atuação do profissional, e
que se destaca por ser referência para a profissionalização do bibliotecário, para os
gestores de biblioteca e para as escolas de Biblioteconomia, é o documento Consejo de
Cooperacion Bibliotecaria Grupo de Trabajo sobre perfiles profesionales, de 2013. Nessa
mesma linha de raciocínio, Moreiro e Tejada Artigas (2004) trazem uma reflexão a
respeito das competências definidas pelo MERCOSUL e pela União Europeia e onde estas
se relacionam, por exemplo: conhecimento técnico; gestão e direção; habilidades de
comunicação e expressão linguística; habilidades informáticas; atitudes pessoais e
habilidades criativas.
Diante de um mundo consumista, competitivo e cheio de incertezas, devemos
transformar ameaças em oportunidades inovadoras. A gestão é o processo que visa
atingir os objetivos e metas de uma organização, de forma eficiente e eficaz. De acordo
com Alves e Oliveira (2016, p. 83),
O bibliotecário com a visão de gestor de pessoas, comprometido com a
motivação e com a gerência de recursos e serviços informacionais são
essenciais para que os objetivos da biblioteca sejam almejados. Nesse aspecto, a
necessidade de capacitação contribuirá com sua formação enquanto
responsável pelo setor, pois junto com os seus colaboradores poderão ofertar
para a comunidade uma disseminação de informação com mais credibilidade.
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Ou seja, o bibliotecário enquanto gestor é uma função que vem ganhando espaço
e importância, diante das mudanças do ambiente, além de contribuir, de forma mais
eficaz e eficiente, com a disseminação da informação.
Amaral , p. , por sua vez, sugere que as bibliotecas adotem a
administração orientada para o marketing como forma inovadora e capaz de melhorar o
desempenho dessas organizações conduzindo-as a uma atuação efetiva junto aos seus
públicos. A autora conclama seus pares a estarem atentos aos avanços tecnológicos,
assim como sugere aos bibliotecários brasileiros que procurem se antecipar às
necessidades de informação de seus usuários. Revela preocupação com as bibliotecas
que ficarão obsoletas se não compreenderem e não comunicarem a importância dos
seus serviços automatizados. Diante disso tudo, a autora ressalta o papel dos gerentes
das unidades de informação, responsáveis pela motivação de sua equipe; de manter a
biblioteca em reconhecida atividade; e garantir o enfoque mercadológico da gerência de
bibliotecas.
Segundo Ottoni (1996, p. 171),
O marketing em unidades de informação pode ser entendido como uma
filosofia de gestão administrativa na qual todos os esforços convergem em
promover, com a máxima eficiência possível, a satisfação de quem precisa e de
quem utiliza produtos e serviços de informação.
O marketing direto, para Silveira (1992, p. 22-23),
[...] é um processo de gestão que utiliza a comunicação interativa em forma de
diálogo permanente entre a organização e o cliente, mantendo uma base de
dados para registrar e medir a demanda dos produtos e adequação do preço, a
eficiência dos diferentes meios de comunicação utilizados, a eficácia da própria
comunicação com o cliente e a efetividade das transações na totalidade do
Sistema de Informações de Marketing (SIM). O marketing direto é também uma
alternativa para manter uma relação pessoal e personalizada com os
consumidores, posto que (sic) permite sua localização, identificação e uma
comunicação interativa com eles.
No marketing de relacionamento, o cliente ajuda a empresa a fornecer o pacote
de benefícios que ele valoriza, sendo um esforço contínuo e colaborativo entre empresa
e cliente, funcionando em tempo real. E as empresas estão pretendendo desenvolver
confiança e lealdade junto a seus consumidores finais.
Figueiredo (1991, p. 124) conclui que:
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O conceito de marketing inverte a ordem das prioridades em um sistema de
informação, no sentido de que, em vez de fazer com que os
usuários/consumidores façam uso dos produtos que têm a oferecer, o sistema
cria produtos específicos que vão ao encontro das necessidades e interesses
dos usuários. Coloca, assim, a eficácia em plano superior ao da eficiência, sem
abandonar, contudo, a meta da eficiência. Esta abordagem pode assegurar a
plena utilização dos serviços/produtos do sistema de informação, meta final a
ser alcançada por todo administrador.
Targino (2006, 125) reafirma que o bibliotecário precisa estar ciente da
evolução científica e tecnológica; entretanto, a mesma diz que essa evolução deve ser
acompanhada também pelos usuários, dando uma nova função ao bibliotecário, que é o
papel de partícipe da educação digital em prol da coletividade onde atua.
É visível que o objeto de trabalho do profissional de informação é a informação,
e que esta vem sofrendo alterações além das paradigmáticas e da evolução das TICs, que,
para Valentim (2000), é a questão da importância que a sociedade atribui à informação,
ou seja, isso mostra que o bibliotecário deve, sempre, antecipar-se às necessidades da
sociedade. Devemos ser o que Mueller (1996, p. 271) propõe: um profissional vivo e
atuante.
Conforme Valentim (2000), a formação do bibliotecário supõe o
desenvolvimento de determinadas competências e habilidades e o domínio dos
conteúdos da Biblioteconomia, além de entender que os bibliotecários devem estar
preparados para enfrentar, com proficiência e criatividade, os problemas de sua prática
profissional, produzir e difundir conhecimentos, refletir criticamente a realidade que os
envolve e buscar aprimoramento contínuo.
O profissional que atua em unidades de informação precisa estar preparado
para enfrentar essa realidade, percebendo que a disseminação das técnicas
mercadológicas poderá contribuir para a efetiva mudança de atitude profissional, pois
representa uma oportunidade de inovação. A opção pela orientação de marketing na
administração das unidades de informação propiciará que os recursos sejam melhor
aproveitados, incluindo-se, nesse contexto, o aproveitamento máximo da potencialidade
das novas tecnologias disponíveis para a captação e recuperação da informação.
Portanto, é interessante refletir sobre as vantagens do marketing como
ferramenta gerencial para melhorar o desempenho das unidades de informação. Essa
reflexão poderá contribuir no sentido de que as unidades de informação cumpram
satisfatoriamente o seu papel como organizações essenciais para o desenvolvimento
social, econômico, político e cultural da sociedade.
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6 CONCLUSÃO
Indubitavelmente, as mudanças no mundo estão afetando os modelos
tradicionais do fazer do profissional da informação, devido ao seu objeto de trabalho ser
a informação. Esse objeto, portanto, tem sido afetado sistematicamente pelas
tecnologias de informação, modificando seu formato, suporte, tratamento e
disseminação, e influindo no ser bibliotecário. Outro fator que interfere na informação é
a sociedade, mais precisamente o valor que a mesma à informação, e isso está
diretamente ligado ao seu desenvolvimento, ou seja, quanto mais desenvolvido é um
país, maior é o nível de produção informacional.
O profissional da informação deve perceber seu papel de processador e filtrador
de informação e usá-lo de forma coerente e eficiente, voltado para o usuário. Novas
mediações da informação, envolvendo profissional e usuário, devem ser sempre
estudadas e implementadas, estruturando a disseminação e distribuição da informação.
A atualização contínua do profissional é fundamental. Essa capacidade de renovação
influencia diretamente a capacidade de trabalho e produtividade de um profissional e,
conseguintemente, da sociedade.
Devemos reconhecer o valor dos conhecimentos e das habilidades básicas do
profissional bibliotecário, mas o mesmo deve estar preparado para adquirir novos
conhecimentos também, pois a diversidade das funções do profissional da informação
constitui um leque de novas competências que podem ser aplicadas em diversos
contextos e ambientes, mas, antes de tudo, são necessárias novas atitudes e a
transformação de entendimento do profissional.
O profissional da informação pode e deve usar a informação como fator de
competitividade, trazendo-a como contribuinte na tomada de decisão, insumo na
inovação, fator de produção e gestão, saindo da zona de conforto do
indexar/catalogar/classificar. Dessa forma, acreditamos que o profissional da
informação/bibliotecário em formação deve ter uma consciência em torno de sua
prática futura, nas articulações do saber e do saber fazer, de modo a (re)significar os
paradigmas e conceitos inerentes à Biblioteconomia. E, para isto, os cursos formadores
devem acompanhar as mudanças e as novas exigências sociais e se preocupar em
modificar seus currículos em função de inserir no mercado de trabalho profissionais
adequados com as aptidões e competências da atualidade.
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SOBRE AS AUTORAS
Jade Gomes de Sousa Ferreira
Graduanda em Biblioteconomia pela Universidade Federal do Ceará (UFC).
E-mail: jadegomesdesousa@hotmail.com
Maria Aurea Montenegro Albuquerque Guerra
Doutoranda em Educação Brasileira pela Universidade Federal do Ceará (UFC). Professora do
Departamento de Ciências da Informação da Universidade Federal do Ceará (UFC).
E-mail: aureamag@yahoo.com.br
Recebido em: 13/05/2018; Aceito em: 26/05/2018; Revisado em: 03/06/2018.
Como citar este artigo
FERREIRA, Jade Gomes de Sousa; GUERRA, Maria Aurea Montenegro Albuquerque. Gestão e marketing em
unidade de informação: competências do profissional da informação. Informação em Pauta, Fortaleza, v.
3, n. 1, p. 81-96, jan./jun. 2018.