FONTES DE INFORMAÇÃO PARA GERAÇÃO DA INTELIGÊNCIA COMPETITIVA NAS
ORGANIZAÇÕES: uma revisão ampliada de literatura
SOURCES OF INFORMATION FOR GENERATING COMPETITIVE INTELLIGENCE IN
ORGANIZATIONS: an extended literature review
Renata Costa Ferreira
1
Vaniélli Maria César Jardim
2
Fabricio Ziviani
3
¹ Mestranda em Sistemas de Informação e
Gestão do Conhecimento.
E-mail: informacaoempauta@gmail.com
² Mestranda em Sistemas de Informação e
Gestão do Conhecimento.
E-mail: informacaoempauta@gmail.com
³ Doutor em Ciência da Informação pela Escola
de Ciência da Informação da Universidade
Federal de Minas Gerais.
E-mail: informacaoempauta@gmail.com
ACESSO ABERTO
Copyright: Esta obra está licenciada com uma
Licença Creative Commons Atribuição 4.0
Internacional.
Conflito de interesses: Os autores declaram
que não há conflito de interesses.
Financiamento: Não há.
Declaração de Disponibilidade dos dados:
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neste artigo.
Recebido em: 23/08/2018.
Aceito em: 16/10/2018.
Revisado em: 02/12/2018.
Como citar este artigo:
FERREIRA, Renata Costa; JARDIM, Vaniélli Maria
César; ZIVIANI, Fabricio. Fontes de informação
para geração da inteligência competitiva nas
organizações: uma revisão ampliada de
literatura. Informação em Pauta, Fortaleza, v. 3,
n. 2, p. 50-73, jul./dez. 2018. DOI:
https://doi.org/10.32810/2525-
3468.ip.v3i2.2018.33475.50-72.
RESUMO
A gestão do conhecimento vem sendo trabalhada
nas últimas décadas associada à tecnologia e
inovação e seu impacto positivo nas
organizações. Este estudo aborda as fontes de
informação sob a perspectiva da gestão da
informação para geração de inteligência
competitiva. A metodologia adotada é uma
revisão ampliada de literatura que analisa os
artigos publicados na área acadêmica nos anos
de 2007 a 2018 que abordam o tema Fontes de
Informação, Competitividade e Inteligência
Competitiva. Os fatores de inclusão são revistas
A1, A2 e B1 avaliadas no Qualis Capes pela área
de Comunicação e Informação. O estudo objetiva
analisar as publicações em periódicos sobre o
tema fontes de informação para geração de
inteligência competitiva nas organizações. A
amostra totalizou 23 artigos coletados na Base
Sci Verse SCOPUS que se enquadraram nos
critérios de inclusão deste estudo. Para a
confecção dos mapas e análise de densidade foi
utilizado o software Vosviewer. Os artigos
examinados na amostra demonstram que as
pesquisas sobre informação, fonte de
informação e inteligência competitiva
convergem para o paradigma econômico e
tecnológico e que as fontes de informação são
ferramentas importantes para que a gestão da
informação possa emergir como mecanismo
estratégico essencial ao desempenho
empresarial.
Inf. Pauta Fortaleza, CE v. 3 n. 2 jul./dez. 2018 ISSN 2525-3468
DOI: https://doi.org/10.32810/2525-3468.ip.v3i2.2018.33475.50-72
ARTIGO
Ferreira; Jardim; Ziviani | Fontes de informação
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Palavras-chave: Gestão da informação. Fontes
de informação. Uso da informação.
Competitividade. Inteligência competitiva.
ABSTRACT
Knowledge management has been worked
in the last decades associated with technology
and innovation and its positive impact on
organizations. This study approaches the
sources of information from the perspective of
information management to generate
competitive intelligence. The methodology
adopted is an extended literature review that
analyzes the articles published in the academic
area in the years 2007 to 2018 that deal with the
theme of Information Sources, Competitiveness
and Competitive Intelligence. The inclusion
factors are reviewed A1, A2 and B1 evaluated in
the Qualis Capes by the area of Communication
and Information. The study aims to analyze the
publications in periodicals about the theme of
information sources for generating competitive
intelligence in organizations. The sample
consisted of 23 articles collected at the Sci Verse
SCOPUS Base that were included in the inclusion
criteria of this study. The Vosviewer software
was used for mapping and density analysis. The
articles examined in the sample show that
research on information, information sources
and competitive intelligence converge to the
economic and technological paradigm and that
information sources are important tools for
information management to emerge as a
strategic mechanism essential to business
performance.
Keywords: Information management.
Information sources. Use of information.
Competitiveness. Competitive Intelligence.
1 INTRODUÇÃO
O aumento da concorrência em vários setores mercadológicos, além do
surgimento de novas tecnologias têm desafiado empresas e negócios. As mudanças de
paradigma do mercado vem dando espaço a inovação e criando estruturas de baixo
custo e alto valor agregado. Para lidar com esses desafios e otimizar sua participação no
mercado, as organizações precisam encontrar formas de desenvolver e consolidar
vantagens competitivas frente aos concorrentes. Assim, destaca-se a importância da
divulgação de informações nas organizações para tomadas de decisões. Neste artigo, a
disseminação da informação dentro das premissas da gestão do conhecimento é
abordada como uma fonte de inteligência competitiva.
A expansão da gestão da informação para gestão do conhecimento faz com que os
sistemas sejam requisitados para processar as informações informais e os produtos das
atividades intelectuais. Cria-se uma necessidade de abrangência das informações
externas e internas coletadas e disseminadas como uma forma de transformar
informações em conhecimento estratégico. As organizações precisam entender a
importância da informação e do conhecimento como recurso a ser trabalhado pelos
gestores, a partir da análise das fontes de informação.
Segundo Rodrigues e Blattmann (2014, p. 15), a “utilização de fontes de
informação é priorizada de acordo com as três premissas defendidas por Choo (2006):
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uma organização processa a informação para dar sentido a seu ambiente, para criar
novos conhecimentos e para tomar decisões”. Embora a obtenção dos conhecimentos
seja captada de fontes externas e internas, cada empresa tem sua forma de aplicar essa
informação em função da complexidade organizacional e dos diferentes fluxos internos
de processos. Neste contexto, a premissa central desta pesquisa é a fonte de informação
sob a perspectiva da gestão do conhecimento para geração de inteligência competitiva.
Este estudo objetiva analisar as publicações em periódicos sobre o assunto fontes
de informação para geração de inteligência competitiva nas organizações. Tal objetivo é
justificado pela necessidade de se conhecer o comportamento da literatura acerca do
tema de interesse. A metodologia adotada é a revisão ampliada de literatura que analisa
os artigos publicados na área acadêmica nos anos de 2007 a 2018 que abordam o tema.
Para isso, foi aplicado o software VOSviewer e utilizada a base Sci Verse SCOPUS para
levantamento dos trabalhos publicados com as palavras-chave inteligência competitiva,
competitividade, fonte de informação e gestão do conhecimento.
O artigo em questão está estruturado da seguinte forma: primeiramente,
apresenta alguns estudos sobre a gestão da informação, fontes de informação e
inteligência competitiva, posteriormente apresenta-se o método adotado, para depois
expor os resultados e a discussão e por fim as considerações finais.
2 REFERENCIAL TEÓRICO
2.1 A informação nas organizações
A mudança de paradigma da sociedade nos últimos anos e os avanços
consideráveis na era da indústria e prestação de serviços tiveram um impacto direto na
forma como as empresas passaram a gerir seu conhecimento e aplicá-lo internamente. A
transição de uma sociedade cuja base principal das atividades econômicas era a
indústria e o transporte para outra baseada na informação e no conhecimento foi a
responsável por uma maior ênfase na gestão estratégica da informação nos últimos
anos.
Nesse novo contexto econômico e tecnológico, a gestão da informação revela-se
como um importante método estratégico ao desempenho organizacional, uma vez que
procura compreender as necessidades da informação e intensifica os recursos utilizados,
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orientando-os a aprender e adequar-se às demandas impostas pelo ambiente. Costa
(2003), Rodrigues e Blattmann (2014, p. 7) afirmam que “a informação é concebida
como matéria-prima para gerar o conhecimento. A literatura sobre gestão do
conhecimento coloca o conhecimento tácito e as informações de caráter informacional
como vitais para a sobrevivência em mercados cada vez mais competitivos”.
Por outro lado, Davenport (2000, p. 173) e Rodrigues e Blattmann (2014, p. 7)
definem o gerenciamento da informação como processos, isto é, “um conjunto
estruturado de atividades que incluem o modo como as empresas obtêm, distribuem e
usam a informação e o conhecimento”. A informação é percebida como elemento para
inovação e competitividade e utilizada na promoção da gestão da informação para criar
estratégias, consolidando a importância do homem como recurso essencial do processo.
Taylor (1991 apud BRUM; BARBOSA, 2009) propõe oito categorias baseadas na
relevância que os seres dão à informação. São elas:
[...] o esclarecimento, a compreensão do problema, a parte instrumental, a
questão factual, a confirmação, a projeção de um acontecimento, a motivação e
as questões pessoais e políticas. Taylor (1991) aponta que os trabalhos de
Dervin e Nilan (1986) e colegas foram importantes referências para esta
categorização. (BRUM; BARBOSA, 2009, p. 56).
Segundo Dervin e Nilan (1986 apud BRUM; BARBOSA, 2009, p. 57),
[...] no esclarecimento, a informação é usada para desenvolver um contexto
adequado ou para criar sentido a uma situação. A informação é trabalhada para
responder questões sobre a organização. Para o entendimento do problema, a
informação é usada em um caminho mais específico do que na categoria
anterior. Ela é usada para desenvolver uma melhor compreensão de um
problema particular. Dervin chama de capacidade de decidir, preparar e
planejar. Na parte instrumental descobre-se o que fazer e como fazer alguma
coisa. As instruções são uma forma comum de informação instrumental. Para
Dervin, é o desenvolvimento de habilidades para ler e interpretar as instruções.
Na questão factual a informação é usada para determinar os fatos de um
fenômeno ou evento, para descrever a realidade. O uso da informação factual
depende de dois fatores: a) a qualidade e atualidade da informação (o quão ela
representa fielmente a realidade); e, relacionada com o fator acima, b) a
percepção da qualidade por parte dos usuários.
Os autores ainda discorrem sobre as demais categorias. Sendo elas:
A necessidade de confirmar um trecho ou pedaço da informação é um tipo de
uso chamado por Taylor de confirmação. Ela envolve a busca por uma segunda
opinião. Se essa nova opinião não se confirmar, então o indivíduo pode
reformular o problema para tentar reinterpretar a informação ou escolher
outra fonte para confiar. É uma atitude comumente verificada em gerentes. O
uso projetivo da informação serve para verificar o que irá acontecer no futuro.
É utilizada tipicamente para estimativas, probabilidades e previsões, não para
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situações pessoais, mas em termos mais gerais e amplos. A categoria
motivacional usa a informação para manter as pessoas em uma atividade
contínua, através do envolvimento interpessoal em torno de um objetivo. E por
último, a informação usada para fins pessoais e políticos melhora o
envolvimento e o desenvolvimento de relacionamentos e aumenta seu status e
sua reputação diante de situações diárias e o do trabalho. (TAYLOR, 1991 apud
BRUM; BARBOSA, 2009, p. 57).
A dificuldade de interpretação dos cenários e a pouca relevância informacional
podem criar a incerteza ambiental. Na visão de Duncan (1972), a incerteza decorre da
complexidade e do dinamismo do ambiente no qual a organização está inserida. Para
evitar esse tipo de problema, as empresas devem preocupar-se em aproveitar as
informações do ambiente, estudá-las e aproveitá-las utilizando a percepção resultante
para gerar conhecimento e resultados, aclarando as possibilidades e reduzindo as
incertezas mercadológicas. Para Campos (2007 apud FEITOSA; CALDAS; CÂNDIDO,
2011), “profissionais que conhecem o ambiente no qual desempenham suas atividades
expressam menores índices de incerteza.”
2.2 Fontes de informação: conceito e classificação
As empresas e o mercado na era informacional produzem um grande volume de
dados que podem ser filtrados e organizados de forma a produzir significado. Dessa
maneira, os mesmos são convertidos em informação. A forma de obtenção desses dados
posteriormente transformados é chamada de fonte de informação. “As fontes de
informação ou documentos podem abranger manuscritos e publicações impressas, além
de objetos, como amostras minerais, obras de arte ou peças museológicas, podendo ser
divididas em três categorias: documentos primários, documentos secundários e
documentos terciários”. (CUNHA, 2001; RODRIGUES; BLATTMANN, 2014, p. 9).
O gerenciamento das informações nas empresas passa por um fluxo composto
por etapas contínuas e organizadas sistematicamente, com indivíduos atuantes e
incubidos dessa gestão, além da utilização das informações obtidas através das fontes. É
necessário conhecer as demandas de uso e os usuários da informação para melhor
mapeamento das fontes. Choo (1994, 2006) e Rodrigues e Blattmann (2014, p. 9),
classificam as fontes de informação em quatro categorias: “externas e pessoais, externas
e impessoais, internas e pessoais, e internas e impessoais”.
Ribeiro (2009), Rodrigues e Blattmann (2014), as agruparam conforme abaixo:
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Fontes pessoais externas são compostas por pessoas ou informações obtidas de
fora da organização tais como colegas de outras empresas, clientes, concorrentes,
consultores, corretores, parceiros, feiras e palestras.
Fontes pessoais internas são pessoas ou informações de dentro da organização
tais como empregados, colegas de trabalho, superiores hierárquicos, sócios (interação
presencial ou telefônica).
Fontes pessoais eletrônicas são compostas por informações em bases de pesquisa
da web tais como e-mail (pessoal ou da empresa), fóruns, grupos de discussão online,
Messenger, Skype e similares.
Fontes impessoais externas são documentos produzidos fora da empresa, como
revistas, jornais, livros, relatórios, periódicos técnicos, regulamentos, etc.
Fontes impessoais internas são documentos produzidos dentro da empresa,
como relatórios, estudos, memorandos, arquivos em papel e anotações de trabalho.
Fontes impessoais eletrônicas são documentos eletrônicos em geral, intranet,
base de dados eletrônica da empresa, site da empresa, bancos de dados, sites de notícia,
etc.
A maioria das empresas utiliza as fontes de informação classificadas conforme os
seguintes tipos: competidores, governo, fornecedores, clientes, associações
profissionais, associações de classe, empregados, consultores e imprensa especializada.
Essas fontes podem ser técnicas, informações para negócios e informações científicas.
Sutton (1988) e Pereira (2016) identificaram quatro grupos de fontes de informação:
fontes internas, contatos diretos com o setor de negócios, informações publicadas e
outras fontes. Segundo os autores, essas fontes foram destacadas como importantes
pelos administradores.
Algumas fontes de informação são importantes no trabalho de monitoramento da
concorrência. São elas: artigos de jornais, revistas, publicações especializadas, relatórios
de analistas de investimentos, estudos publicados, planos de expansão, anúncios
dirigidos, anúncios de oferta de emprego, calendários de eventos, exposições e feiras,
pesquisas especiais, clippings de notícias, literatura sobre produtos, arquivos públicos e
contatos pessoais.
Para Choo (1998) e Pereira (2016) as fontes de informação podem ser
categorizadas em três níveis diferentes: fontes pessoais (subdivididas em fontes
internas ou externas); fontes documentais (subdivididas em fontes publicáveis ou
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documentos internos da organização); e fontes eletrônicas (formadas pelas bases de
dados online, CD-ROMs e Internet). Os autores ainda destacam a importância da Internet
no processo de disseminação da informação dentro da categoria fontes eletrônicas
Ressaltam também a utilização do e-mail, grupos e chats de discussão, grupos de
notícias, sites e portais.
Com o grande aumento do acesso à internet, os usuários da informação estão
utilizando-a como uma das principais fontes para adquirir informação. Para
Tomaél et al (2001, p. 3) ela é o “resultado da convergência das tecnologias da
computação e da comunicação; a internet representa uma verdadeira revolução
nos métodos de geração, armazenagem, processamento e transmissão da
informação”. (BRUM; BARBOSA, 2009, p. 60).
Os autores ainda afirmam que:
Não se pode negar que a internet ocupa um espaço importante nos processos
informacionais e, atualmente, é uma fator determinante no comportamento
informacional do indivíduo em termos de necessidade, busca e uso da
informação. Situação comprovada por estudos como o de Choo, Detlor e
Turnbull (1999), visto que eles pesquisam os comportamentos de busca
baseados na web por trinta e quatro tipos diferentes de usuários, de sete
empresas e de três setores diferentes. (BRUME E BARBOSA, 2009, p. 61).
Cendón (2002) e Pereira (2016), por outro lado, abordam o conceito de
“informação para negócios”. Segundo os autores trata-se de um conjunto de informações
usadas por administradores para auxiliar na tomada de decisão. Além de serem
consideradas como subconjunto da informação tecnológica contribuindo para o
desenvolvimento industrial, técnico, econômico, mercadológico, gerencial e social. Os
autores também chamaram a atenção para a tendência de evolução das redes de
comunicação em que a informação em formato eletrônico ganha maior importância.
As fontes de informação podem ser utilizadas pelas organizações em três
principais fluxos informacionais: fluxo de informações criadas pela empresa para seu
próprio uso; informações produzidas pela empresa com orientação para fora e
informações coletadas externamente e orientadas para dentro. A classificação dos tipos
de fontes disponíveis auxiliam as empresas na escolha daquelas que melhor se adequem
ao seu contexto mercadológico e as suas demandas organizacionais.
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2.3 Importância e utilização das fontes de informação
As empresas farão as escolhas das melhores fontes e dentro delas o levantamento
das informações necessárias a suas demandas de negócio. Os usuários envolvidos no
processo serão parte fundamental dentro dessas escolhas. A informação separada do
usuário o traz valor, ou seja, a utilização de processos que envolvam o uso da
informação devem estar alinhadas às necessidades específicas dos usuários.
O uso adequado da informação é dependente da qualidade e da relevância das
fontes de informação identificadas pelo usuários da informação. O uso da
informação encontrada depende também de como o indivíduo avalia a
relevância cognitiva e emocional da informação recebida e atributos objetivos
capazes de determinar a pertinência da informação a uma determinada situação
problemática.” (CHOO, 2003 apud BRUM; BARBOSA, 2009, p. 57).
Choo (2003), Pereira e Barbosa (2007) ponderam que as empresas utilizam a
informação em três veis classificados como arenas estratégicas. Na primeira delas a
informação é utilizada para dar significado aos processos e ações da empresa, além da
sua introdução em novos mercados, na segunda, a informação é utilizada para a criação
de novos conhecimentos além de unificar experiências entre os membros da empresa
tornando o ambiente propício ao aprendizado e a inovação e na terceira, a organização
processa e analisa a informação que é utilizada como recurso na escolha de estratégias
para a tomada de decisão. As três arenas apesar de serem considerados processos
independentes são, na prática, interligados, e a análise dos mesmos é denominada pelos
autores em visão holística do uso da informação.
A aquisição e o propósito de utilização da informação são fatores relevantes para
transformações sociais e econômicas. Os autores defendem a integração da gestão da
informação e do conhecimento nos ambientes empresariais, contribuindo, assim, para a
competitividade das organizações. Em um contexto empresarial complexo e mutável, a
informação é considerada um recurso essencial na promoção do diferencial competitivo,
uma vez que concede aos gestores, elementos para a interpretação de estímulos e
indícios do ambiente externo. Esses indícios, quando interpretados de maneira correta,
criam um entendimento que ao ser compartilhado com os membros principais da
organização gera o conhecimento necessário à formulação de estratégias.
Gerenciar uma organização orientada para o conhecimento significa utilizar os
elementos e recursos disponíveis para aumento da qualidade e eficiência através do
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crescimento das capacidades essenciais baseadas nas informações disponíveis
convertendo-as em vantagens competitivas que chegarão a ser quantificáveis através do
bom resultado de suas atividades.
2.4 Inteligência competitiva e informação
O crescimento da concorrência e o aumento da competitividade tem acirrado os
mercados e obrigado empresas a desenvolverem estratégias cada vez mais consistentes
para criarem posições consolidadas e oferecer mais valor que a concorrência. O
desenvolvimento dessas estratégias muitas das vezes está ligado ao conhecimento e
monitoramento desses mercados obtido através de uma ampla análise de informações.
Nesse contexto, as informações formam a base para a Inteligência Competitiva.
A forma sustentável de crescimento de uma organização incide sobre o
conhecimento do mercado de atuação, dos concorrentes, dos clientes e dos
consumidores. Assim, a informação, base do processo de Inteligência
Competitiva, pode criar significado e construir esse conhecimento, auxiliando
as organizações no planejamento estratégico e no processo de tomada de
decisão. (QUEYRAS E QUONIAM, 2006; MARQUES; VIDIGAL, 2018, p. 4).
A inteligência competitiva pode ser conceituada de várias formas como citam
alguns autores:
Fuld (1995) define IC como informação analisada, que ajuda na tomada de
decisão tática e estratégica. Para Miler (2002), o processo de inteligência está
baseado na compreensão de que os gestores necessitam estar informados sobre
diversas questões relacionadas ao negócio, de maneira formal e sistemática,
gerando informações relacionadas a acontecimentos futuros que proporcionam
vantagens sobre os concorrentes. A inteligência competitiva para Taparanoff
(2006, p. 26) é definida como “um processo de aprendizado motivado pela
competição, fundado sobre a informação, permitindo esta última a otimização
da estratégia corporativa em curto e em longo prazo”. (MARQUES; VIDIGAL,
2018, p. 4).
Processo institucional composto por planejamento, coleta, análise e disseminação
de informações transformadas em inteligência, que amparam os gestores, com eficiência
e eficácia, em seus processos decisórios. (MARQUES; VIDIGAL, 2018, p. 4). Para que o
processo de inteligência competitiva alcance o resultado desejado é fundamental
desenvolver uma cultura interna que favoreça o compartilhamento das informações
entre todos os membros da organização, além de promover o efetivo apoio da alta
administração. (BERNHARDT, 2003; FLEISHER; BENSOUSSAN, 2007; FULD, 1995;
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MARQUES; VIDIGAL, 2018; MILLER, 2002; MURPHY, 2005; ROTHBERG; ERICKSON,
2005; WEST, 2001).
A IC funciona como um importante recurso estratégico uma vez que possibilita a
antecipação de acontecimentos futuros baseados em informações auxiliando os gestores
na tomada de decisão e criando vantagem em relação a concorrência (MARQUES;
VIDIGAL, 2018).
Através dos dados e informações relevantes sobre determinado contexto
competitivo, os agentes envolvidos no processo de IC fazem o direcionamento dos
esforços para a transformação dos mesmos em recursos da inteligência competitiva que
serão acionados pelos gestores, sendo eles, exposições, apresentações ou mesmo
relatórios de alta valor para a tomada de decisão (OLIVEIRA; SADE, 2016).
Existem vários modelos de inteligência competitiva, mas que a maioria é definida
como Ciclo de Inteligência Competitiva, composta por cinco fases - identificação das
necessidades; planejamento e direção; coleta; análise; e disseminação -, afirmando que
nenhuma delas se sustenta sozinha, pois todas são necessárias e agregam valor umas às
outras. (PRESCOTT, 2002; MARQUES; VIDIGAL, 2018)
A fase de identificação consiste no levantamento das necessidades das pessoas
estratégicas e dos usuários; o planejamento compreende a sondagem das necessidades e
identificação dos implicados no processo, assim como as respostas relacionadas aos
tipos de busca de dados e análises e também os recursos. Na etapa de coleta serão
definidas as fontes de informação que serão aplicadas e para a etapa de análise é
fundamental que os processos sejam realizados de forma proativa e inovadora, através
de investigação e conferência, mediante sondagens e semelhanças para aumentar o
valor agregado. E por fim, a etapa de implantação e avaliação transforma as informações
em produtos de inteligência e disponibiliza os mesmos ao público interessado
(MARQUES; VIDIGAL, 2018).
3 MATERIAIS E MÉTODOS
A metodologia adotada foi a revisão ampliada de literatura sob o critério artigos
publicados na área acadêmica entre os anos de 2007 a 2018 que abordam os temas
Fontes de Informação, Competitividade e Inteligência Competitiva. A revisão sistemática
origina os dados que serão posteriormente tratados através de uma análise
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bibliométrica ou bibliometria. Estes podem ser entendidos como unidades de medida
para o tratamento dos dados da revisão sistemática (MEDEIROS; VIEIRA; BRAVIANO;
GONÇALVES, 2015, p. 98).
Uma problemática comum, muitas vezes é encontrar publicações pertinentes e
utilizar critérios de seleção confiáveis, além de realizar o tratamento dos dados e a
utilização das informações. Para lidar com essas dificuldades, pode-se utilizar um tipo de
pesquisa bibliográfica, também chamada de Revisão Sistemática, além das técnicas de
Análise Bibliométrica. Esses mecanismos quantitativos de pesquisa contribuem para
diminuir a subjetividade na escolha das publicações e viabilizar escolhas e tratamentos
fidedignos de dados baseados em normas replicáveis e indicadores quantitativos
(MEDEIROS; VIEIRA; BRAVIANO; GONÇALVES, 2015, p. 98).
A pesquisa por referências bibliográficas, parte fundamental do trabalho
acadêmico, demanda rigor em termos de busca, seleção e tratamento de dados.
Contribuem, neste processo, a revisão sistemática e a análise bibliométrica de literatura,
com o propósito de integrar protocolos quantitativos e pesquisas de referências
(MEDEIROS; VIEIRA; BRAVIANO; GONÇALVES, 2015, p. 93).
A pesquisa científica precisa se valer de suportes confiáveis em termos de
referências. Revisão sistemática e análise bibliométrica figuram, nesse contexto, como
uma necessidade, uma vez que fornece para o pesquisador uma matéria-prima
criteriosamente selecionada. Justifica-se investir mais na disseminação de tais
procedimentos de pesquisa em áreas em que ainda não são muito difundidas
(MEDEIROS; VIEIRA; BRAVIANO; GONÇALVES, 2015, p. 107).
Quadro 1 - Exemplo de Checklist de revisão sistemática e análise bibliométrica.
Sub-Etapa Descrição
1) Determine seus objetivos O que você deseja pesquisar? Qual o tema? Como
descrever seu objeto com palavras-chaves?
2) Determine um descritor de
busca
Teste os termos componentes do descritor um a
um no Google Scholar antes, para checar se são
pertinentes na busca. Depois dos termos, selecione
operadores lógicos para integrá-los, formando
assim o descritor.
3) Escolha as bases de dados
pertinentes
Selecione-as dentre aquelas disponíveis no Portal
de Periódicos
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Sub-Etapa Descrição
da CAPES.
4) Realize a busca usando o
descritor
Em todas as bases de dados escolhidas na etapa
anterior.
5) Filtre a busca por critérios
pré-selecionados
Aplique filtros nas buscas feitas na Etapa 4.
Exemplos de filtros:
a) apenas artigos em periódicos com peer review;
b) apenas publicações entre 2004 e 2014;
c) apenas publicações disponíveis na base da
Capes.
6) Use o EndNOTE (OBS: O
Zotero é uma Alternativa:
Software Livre para o EndNOTE)
Pegue todos os artigos que restaram depois do
passo 5, faça download do arquivo .RIS deles (na
base de dados em que o achou).
Pegue esse arquivo .RIS contendo os dados de
todos os artigos, como por exemplo: autores, data
e local de publicação, resumo etc.
Abra no software EndNOTE, e selecione os artigos
por:
a) título;
b) palavras-chave;
c) resumo.
7) Sistematize a bibliografia Faça uma planilha mostrando os artigos que
sobraram depois
da etapa 6. Nessa planilha, explicite o autor, ano de
publicação, título, fonte etc, de cada artigo. OBS:
Destaque itens da planilha
como “Temas mais frequentes”, “Palavras-chaves
mais usadas”, “Áreas” etc.
8) Exponha os indicadores
bibliométricos de cada artigo
na planilha da etapa 7
Selecione os indicadores bibliométricos mais
pertinentes para satisfazer os objetivos de sua
revisão (Etapa 1).
9) Monte gráficos para apresentar os resultados
Crie tabelas e gráficos (histogramas, de pizza,
diagramas etc), para expressar os dados
bibliométricos dos artigos. Ex: principais autores,
conexões entre autores via citações, ranking de
publicações, regiões do mundo ou centros de
pesquisa mais importantes, timeline de
publicações etc.
10) Escreva um relatório Escreva um texto integrando dados da planilha
(Etapa 7) com os gráficos bibliométricos (Etapa 9),
com suas análises e interpretações. É esse texto,
com esses elementos todos, que
embasará sua pesquisa.
Fonte: Medeiros; Vieira; Braviano; Gonçalves, 2015, p. 102.
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Os artigos e periódicos foram selecionados utilizando a Base Sci Verse SCOPUS
através das palavras chaves Fontes de Informação e Competitividade e Fontes de
Informação e Inteligência Competitiva e os filtros aplicados foram a busca de revistas
científicas com a Qualis A1, A2 e B1 no Portal de Periódicos da Capes. Os demais fatores
não foram incluídos por serem considerados de baixo impacto. Os resultados obtidos
foram exportados para uma planilha de Excel, formatados e importados para o software
VosViewer com o intuito de esboçar a rede de conexão dos termos pesquisados.
Quadro 2 - Seleção das revistas científicas Qualis A1, A2 e B1.
Fonte: Elaborado pelas autoras a partir do Portal de Periódicos da Capes.
O Portal de Periódicos da Capes oferece textos completos disponíveis em mais de
38 mil publicações periódicas, internacionais e nacionais, e a diversas bases de dados
que reúnem desde referências e resumos de trabalhos acadêmicos e científicos até
normas técnicas, patentes, teses e dissertações dentre outros tipos de materiais,
cobrindo todas as áreas do conhecimento.
Figura 1 - Aplicação da estratégia de seleção dos artigos e apresentação dos mapas de visualização das
palavras-chave.
Fonte: Elaborada pelas autoras a partir da estratégia de análise adotada.
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A Editora Elsevier disponibiliza a base referencial Sci Verse SCOPUS pelo Portal
de Periódicos da Capes por meio do contrato Elsevier B. V/Scopus. Tal base foi
selecionada pelas autoras em função de ser composta por revistas nas áreas de
conhecimento em questão e disponibilizar resumos, títulos e palavras chave e permite
ainda a exportação no formato (.csv) adequado para utilização do algoritmo VosViewer.
Lima e Pereira (2018) dizem que o VOSViewer é uma ferramenta focada na
visualização e construção de mapas bibliométricos. Com ele, mapas podem ser criados a
partir de dados de rede, através dos algoritmos e de agrupamento VOS. O VOSViewer
pode ser usado para explorar mapas sob diferentes perspectivas, cada uma enfatizando
uma característica em específico como: co-ocorrência de citações, publicações, autores,
mapas de palavras-chave, sendo esse último, a técnica utilizada neste artigo. Erik,
Waltman (2010), Lima e Pereira (2018), ressaltam que o VOSViewer não é capaz de
construir nenhum mapa de redes bibliométricas, apenas visualizá-lo.
Figura 2 - Detalhamento da estratégia de seleção dos artigos.
Fonte: Elaborado pelas autoras a partir de dados Base Sci Verse SCOPUS.
A pesquisa foi realizada com a utilização das palavras chave: inteligência
competitiva, competitividade e fonte de informação, todas no resumo, nas palavras
chave e no título dos artigos.
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No período de 2007 a 2018, a pesquisa retornou 345 artigos científicos dentro do
tema proposto. Após o cruzamento das palavras chave na busca e a aplicação do critério
com as classificações Qualis desejadas, A1, A2 e B1, o resultado foram 23 artigos.
Quadro 3 - Artigos científicos selecionados na Base Sci Verse SCOPUS com filtro Qualis A1, A2 e B1.
Fonte: Elaborado pelas autoras a partir de dados Base Sci Verse SCOPUS.
Depois de investigadas as recorrências das palavras chaves nos periódicos da
base Sci Verse SCOPUS foram selecionados seis (6) artigos científicos em duas (2)
revistas mais relevantes ao tema.
4 RESULTADO E DISCUSSÃO
4.1 Análise dos resultados da base sci verse scopus
Demonstrando a recorrência do tema proposto, verifica-se na dispersão da figura
3, os 23 artigos publicados no período de 2007-2018 com as palavras-chave, fontes de
informação e inteligência competitiva e fontes de informação e competitividade em
revistas brasileiras de alto impacto, ou seja, Qualis A1, A2 e B1 com ao menos uma
publicação por ano.
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Figura 3 - Publicações com as palavras-chave fontes de informação e inteligência competitiva e fontes de
informação e competitividade por ano.
Fonte: Elaborado pelas autoras a partir de dados Base Sci Verse SCOPUS.
As revistas científicas Perspectivas em Ciência da Informação e Ciência da
Informação juntas publicaram 74% dos artigos sobre o tema proposto.
Os artigos selecionados pelas autoras para dar maior embasamento teórico ao
estudo foram extraídos dessas revistas.
Figura 4 - Títulos das revistas científicas por quantidade de publicações do tema nos últimos 10 anos.
Fonte: Elaborado pelas autoras a partir de dados Base Sci Verse SCOPUS.
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4.2 Análise resultados do VOSviewer
Os termos mais utilizados nos artigos pré-selecionados através das palavras-
chave inteligência competitiva, competitividade e fonte de informação na Base scopus
foram: company, competitive intelligence, minas gerais, organization, social network,
state, frequency, methodology, relevance, source, study, analysis, article, scientific
production, technological publication, information management, knowledge, use,
information, organizational interpretation.
O critério de inclusão das palavras como a repetição mínima de cinco vezes nos
artigos selecionados.
Quadro 4 - Filtro dos principais termos incidentes nos artigos selecionados.
Fonte: Elaborado pelas autoras a partir do VOSViewer.
Os temos que obtiveram a maior frequência, conforme a figura 5, foram
information e source. O modismo dessas palavras nos artigos reflete, a qualidade, a
clareza e a tangibilidade da pesquisa, que a partir das revistas classificadas como Qualis
A1, A2 e B1 e da seleção do tema proposto na Base Sci Verse SCOPUS através das
palavras-chave retornaram os arquivos apropriados ao tema naquela base.
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Figura 5 - Frequência de termos agrupados no VOSViewer.
Fonte: Elaborado pelas autoras a partir do VOSViewer.
O software VOSviewer mostra as palavras que são mais relevantes na pesquisa e
os termos podem ser agrupados formando os chamados clusters que definem as cores
dos círculos e das linhas de ligação dos termos.
A figura 6 (a seguir) apresenta o mapa com todos os termos selecionados pelo
software, 20 termos que são apresentados em cinco grupos de imagens (cores
diferentes), que representam os relacionamentos entre as palavras e a frequência de
citações referentes às mesmas.
Quanto às relações, temos na parte inferior da imagem e também na parte
superior da figura 6, palavras irrelevantes, citadas com menor frequência, que revelam
mínimas relações existentes entre os termos, apresentadas por círculos menores pelo
software.
Na parte central da figura 6, estão em evidência palavras com maior mero de
citações e maior densidade de relações, representadas por círculos maiores.
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Figura 6 - Agrupamento de termos 2007-2018.
Fonte: Elaborado pelas autoras a partir da Base Sci Verse SCOPUS no software VOSViewer.
Na figura 7, o enfoque é conferido ao relacionamento de uma das palavras chave,
o termo Intelligence Competitive. Verifica-se que o termo, apesar de estar em um
clusters distinto (cores diferentes), se relaciona com outra palavra chave determinante
da pesquisa, fonte de informação.
Figura 7 - Agrupamento de termos destaque o grupo Inteligência Competitiva.
Fonte: Elaborado pelas autoras a partir da Base Sci Verse SCOPUS no software VOSViewer.
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Na figura 8, o enfoque é conferido ao relacionamento de uma das palavras chaves,
o termo source. Verifica-se que existe um forte relacionamento da palavra source com os
termos information, knowledge, study, analysis, use, company e information management.
Figura 8 - Clusterização de termos destaque o grupo Fonte no período 2007-2018.
Fonte: Elaborado pelas autoras a partir da Base Sci Verse SCOPUS no software VOSViewer.
Os gráficos elaborados a partir dos dados importados no software VosViewer e o
estudo dos artigos pertinentes ao tema apontam uma relação direta entre a importância
da informação dentro das organizações e as principais fontes utilizadas para o
levantamento dessas informações. Constatamos isso principalmente nos textos desse
estudo que abordam o novo paradigma organizacional, a evolução da era da informação
e do conhecimento e as principais fontes utilizadas pelas empresas contrapondo o
gráfico da figura 5 e a clusterização dos termos Source e Information na Figura 8.
Ainda em relação a esses termos apresentados é possível verificar na literatura
sobre a quantidade de informação produzida continuamente por organizações e
indivíduos e a obtenção dessas informações para que as mesmas produzam significados
satisfatórios, as chamadas fontes de informação.
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A junção dos termos fontes de informação e inteligência competitiva é
apresentada por Rodrigues e Blattmann (2014) ao abordarem sobre o gerenciamento de
organizações orientadas ao conhecimento como recursos para aumento de eficiência e
geração de vantagem competitiva.
Os autores também apresentam vasta literatura sobre a informação e o
conhecimento como geradores de qualidade e eficiência nos processos organizacionais.
Entendimento esse apresentado com maior clareza na figura 7 que apresenta um
agrupamento de termos em destaque ao grupo Inteligência Competitiva.
As fontes de informação são analisadas e classificadas segundo a visão e opinião
dos principais autores mencionados.
Para finalizar o estudo, a obtenção e o uso da informação e suas fontes são citados
como fatores de transformações sociais e econômicas. Defende-se a importância de
integrar a gestão da informação e do conhecimento em ambientes organizacionais.
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
O estudo identificou que a produção científica distribuída entre os anos de 2007 a
2018 é composta por artigos que abordam temas variados dentro da perspectiva da
gestão da informação relacionados às palavras-chave: inteligência competitiva,
competitividade e fontes de informação.
Segundo o software de mineração de dados, as revistas científicas Perspectivas
em Ciência da Informação e Ciência da Informação foram responsáveis por 74% dos
artigos publicados sobre o tema proposto. As palavras-chave (inteligência competitiva,
competitividade, fonte de informação e gestão do conhecimento) usadas como estratégia
de busca na base Scopus se mostraram eficientes e precisas na recuperação de trabalhos
publicados a nível nacional e internacional, que contemplam os aspectos da gestão da
informação e fontes de informação.
Novas etapas podem ser seguidas a partir deste estudo preliminar, como
pesquisa por autores e instituições, a fim de mapear redes de colaboração, aprofundar as
análises e desvelar características desta importante área do conhecimento, na finalidade
de que se possa criar grupos de estudos para interação.
Os autores analisados apontaram a necessidade do mapeamento das fontes de
informação para a geração de indicadores, que poderão ser utilizados pelas
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organizações em estratégias de aumento da competitividade e eficácia na tomada de
decisões.
As informações obtidas através de fontes confiáveis de dados podem ser
utilizadas, dentre outras, em demandas organizacionais, que vão desde o
monitoramento da concorrência, análise do contexto mercadológico para inovação ou
lançamento de novos produtos e apoio à diretoria para uma mudança no
posicionamento estratégico.
Num contexto de alteração constante das dinâmicas de mercado, as organizações
podem utilizar as fontes de informação como ferramentas para a geração de
conhecimentos que auxiliarão, de maneira mais assertiva, na tomada de decisão rumo à
construção da diferenciação competitiva.
Os artigos examinados na amostra demonstram que as pesquisas sobre
informação, fonte de informação e inteligência competitiva convergem para o paradigma
econômico e tecnológico e que as fontes de informação são ferramentas importantes
para que a gestão da informação possa emergir como mecanismo estratégico essencial
ao desempenho empresarial.
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