PROCESSOS DE NEGOCIAÇÕES PROFISSIONAIS NA ESCOLHA DA CAPA DA REVISTA ROLLING STONE BRASIL EM 1972 E EM 2016

Autores

  • Djenane Arraes Moreira Universidade de Brasília
  • Patrícia Lima Universidade Federal de Santa Catarina

Palavras-chave:

Negociações, Jornalismo de música, Capa de revista, Rolling Stone Brasil

Resumo

O artigo trata sobre os processos de negociações entre os atores profissionais da Rolling Stone Brasil que trabalharam nos anos de 1972 e de 2016 para a escolha e definição das capas da revista. A pesquisa é realizada a partir da linha teórica de Anselm Strauss, que defende a negociação e suas proposições como elementos importantes que nos servem para compreender os aspectos de trabalho, suas construções sociais e práticas discursivas. Apresentamos como as decisões de composição da capa da revista ocorrem dentro de contextos históricos, modos de fazer e ideologias dos atores profissionais. Para isso, foi realizada uma comparação descritiva diacrônica e utilização de entrevistas abertas com jornalistas. Esses procedimentos nos permitiram identificar mudanças nas estruturas organizacionais e hierárquicas que aconteceram na Rolling Stone Brasil nos dois períodos observados.

Biografia do Autor

Djenane Arraes Moreira, Universidade de Brasília

Mestre e doutoranda em Comunicação pela Universidade de Brasília (UnB). Integra o grupo de pesquisa Natureza e Transformação do Jornalismo da Universidade de Brasília (UnB).

Patrícia Lima, Universidade Federal de Santa Catarina

Doutoranda em Jornalismo pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Integra o grupo de pesquisa Natureza e Transformação do Jornalismo da Universidade de Brasília (UnB).

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Publicado

2018-12-03

Como Citar

Moreira, D. A., & Lima, P. (2018). PROCESSOS DE NEGOCIAÇÕES PROFISSIONAIS NA ESCOLHA DA CAPA DA REVISTA ROLLING STONE BRASIL EM 1972 E EM 2016. Passagens: Revista Do Programa De Pós-Graduação Em Comunicação Da Universidade Federal Do Ceará, 9(1), 91–100. Recuperado de http://periodicos.ufc.br/passagens/article/view/39732

Edição

Seção

Dossiê Praxisjor