Estética da periferia
os signos da arte urbana
Resumo
Neste artigo será abordada a estética da periferia nas cidades brasileiras a partir de considerações sobre as configurações do espaço social, material e imaterial, que submerge relações de classe, raça e gênero. Essas molduras contemporâneas provocam tensionamentos e hibridismos nos processos de organização do meio urbano, como também, geram questionamentos sobre a institucionalização de elementos culturais, como exemplo, ligados as múltiplas linguagens artísticas que se desenvolvem mediados por instâncias tradicionais e hegemônicas. As narrativas visuais que acompanham as nuances e as movimentações das cidades são signos relevantes para se interpretar e traçar observações sobre as fronteiras e dicotomias, entre centro e periferia, cidadão e forasteiro, calcadas por discursos plurais e relações de poder, tais dípticos são pontuados a luz dos fundamentos da Semiótica da Cultura de Iuri Lotman. Propõe-se a análise da estética da periferia, a partir das reverberações da Arte Urbana, do qual consideramos arranjos e escrituras de coletividades e subjetividades. Nesse viés, acompanhamos leituras semióticas de pesquisadores brasileiros e latino-americanos (NAKAGAWA R. M. O e NAKAGAWA F. S., 2020; RUSSI, 2017; SANTOS, 2017 e SEGATO, 2005) sobre o espaço habitado na cidade, como também, uma literatura interdisciplinar de autores e artistas do Sul Global que nos auxilia para compreendermos os sistemas de signos marginalizados sob um prisma amplo e global, entrelaçado a uma perspectiva localizada, horizontalizada e demarcada por um território epistemológico autorreferenciado.
Palavras-chave: Cidade. Estética da Periferia. Arte Urbana. Semiótica.
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