Memórias e estranhamento na exposição Queerentena
subjetividades de corpos isolados pela pandemia e pela cisheteronorma
DOI:
https://doi.org/10.36517/psg.v14iesp.81273Resumo
A pandemia de covid-19 intensificou processos de isolamento que já são conhecidos pelas pessoas LGBTQIA+ em razão das violências engendradas pela cisheteronorma. Neste artigo, objetiva-se discutir como a exposição online Queerentena, idealizada pelo Museu da Diversidade Sexual, insurge com questionamentos para estranhar os regimes normativos estabelecidos socialmente aos corpos pelo gênero e pela sexualidade e agravados no surto de coronavírus. Com esse intuito, parte-se por dois eixos centrais de discussão: (i) os sentidos atribuídos para gênero e sexualidade em disputas nesse cenário pandêmico; (ii) disputas entre memórias e esquecimentos das vivências queerentenadas. Ancorados por referenciais teóricos e políticos da teoria queer, compreende-se que, por meio da arte, há um escapismo das mazelas que se intensificaram às vidas LGBTQIA+ em consequência da covid-19. Ao mesmo tempo, pela arte, é possível denunciar e escancarar os regimes de precariedade que atravessam nossas vidas, que tentam docilizar nossos corpos e que agem por meio da violência.
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