Liderança e personalidade: reflexões sobre o sofrimento psíquico no trabalho

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Palavras-chave:

Liderança, personalidade, sofrimento psíquico, organização do trabalho

Resumo

Resumo:

O presente artigo é um estudo teórico sobre liderança e o sofrimento psíquico no trabalho baseado na obra de Chisthophe Dejours. O cenário atual do mundo do trabalho e as exigências idealizadas para a ocupação de cargos de liderança juntamente com a estruturação psíquica do sujeito são facilitadores para o surgimento do sofrimento psíquico no trabalho. As mudanças no trabalho causadas pela rapidez da tecnologia, velocidade de informações, globalização da economia e desemprego são presentes na vida dos líderes nas organizações. O líder é exigido a estar preparado lidar com estas mudanças e conviver com incertezas que são favoráveis ao surgimento de ansiedade e diminuição da autoestima. O perfil profissional exigido pelas organizações para os lideres contém elevadas exigências de habilidades e competências profissionais além de pressões sobre resultados, capacidade de decidir e de conviver com constantes ameaças de desemprego. Estas exigências da organização do trabalho são fatores desencadeantes para o sofrimento psíquico. Outro fator que contribui para a instauração do sofrimento psíquico diz respeito à história de vida do sujeito e suas características de personalidade. Exercer cargos de liderança pode de acordo com a organização do trabalho e a personalidade do líder causar sofrimento psíquico sendo necessários estudos mais aprofundados sobre esta temática.

 

Palavras Chaves: Liderança; sofrimento psíquico; personalidade; organização do trabalho

 

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Biografia do Autor

Adriana Maria Gurgel Gomes, Universidade Federal do Ceará - UFC

Psicologa pela Universidade Federal do Ceará - 1994

Mestre em Psicologia pela Universidade Federal do Ceará

Atua na área de Psicologia ORganizacional e do Trabalho tendo título de especialista

 

Referências

Vários aspectos da administração ou do gerenciamento impõem poderosas forças regressivas ao funcionamento psicológico do administrador. Dentre estes se encontram a solidão de seu posto, a perda do feedback espontâneo e descompromissado de seus pares e a incerteza que acompanha a tomada de decisões importantes {...} O líder organizacional situa-se no centro de poder de forças agressivas que interferem em sua capacidade funcionar. Essas forças incluem os próprios anseios agressivos internos, a capacidade de sublimar à própria agressão nas tarefas de liderança, os esforços no sentido de resistir à agressão nele projetada e sua capacidade de tomar decisões sob condições de incerteza (p.67-149).

Kernerberg (2000)

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Publicado

2017-10-24

Como Citar

Gurgel Gomes, A. M. (2017). Liderança e personalidade: reflexões sobre o sofrimento psíquico no trabalho. Revista De Psicologia, 8(2), 83–91. Recuperado de http://periodicos.ufc.br/psicologiaufc/article/view/19295

Edição

Seção

Artigos