JÁ É quadrinho do morro: juventudes e complexidades periféricas

Autores

  • Andréa Maris Campos Guerra Universidade Federal de Minas Gerais
  • Mariana da Costa Aranha Universidade Federal de Minas Gerais
  • Mariana Furtado Vidigal Universidade Federal de Minas Gerais

Resumo

O artigo propõe uma reflexão sobre estratégia metodológica de intervenção orientada pela psicanálise e voltada à população jovem, negra, masculina e de periferia. Visa infletir sobre problemas estruturais como preconceito racial, mortalidade e criminalidade juvenis com vistas a sua superação. Para esse fim, analisa a importância do ato de fala que presentifica o jovem na cena urbana, discute a distância entre a linguagem do jovem e aquela das estratégias públicas, bem como sua necessária mudança. Apresenta e analisa o relato de uma experiência de construção participativa de um quadrinho mangá, através de conversações psicanalíticas realizadas no território, que interpela a diferença entre asfalto e favela, revelando um binário complexo que precisa ser mais bem explorado para evitar falsas oposições. Finalmente, apresenta pressupostos que considera essenciais para uma abordagem das juventudes que considere seu gesto autoral como escrita necessária de sua presença na cidade.

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Publicado

2018-01-01

Como Citar

Campos Guerra, A. M., da Costa Aranha, M., & Furtado Vidigal, M. (2018). JÁ É quadrinho do morro: juventudes e complexidades periféricas. Revista De Psicologia, 9(1), 42–52. Recuperado de http://periodicos.ufc.br/psicologiaufc/article/view/20663