CRAS e território: relato de experiência em um Centro de Convivência e Fortalecimento de Vínculos / CRAS and territory: experience report in a center for acquaintanceship and strengthening bonds

Autores

Resumo

O presente trabalho tem por objetivo relatar a experiência de estágio de alunas de um curso de graduação em Psicologia em um Centro de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (CCFV). Foram realizados grupos com crianças com o objetivo de trabalhar questões relativas às suas vivências cotidianas e as emoções dali advindas. Em todas as intervenções utilizou-se como mediadores do processo grupal materiais artísticos e lúdicos, incluindo desenho, sucata, contação de histórias e brincadeiras diversas. Observou-se que os temas mais frequentemente expressos pelas crianças, através de suas falas e de suas produções artísticas, relacionavam-se ao vínculo com a mãe e familiares, perdas e conflitos e aqueles marcados por diferenciações de gênero. Além de relevante por possibilitar ao grupo de crianças o (re)criar e o (re)pensar de sentimentos, ações, relações e vivências, a experiência de estagiar em um CCFV evidenciou inúmeras dificuldades e desafios, como a rotatividade dos funcionários e a precariedade do serviço e do vínculo com o Centro de Referência de Assistência Social (CRAS).

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Marina Lemos Carcereri Mano, Universidade Federal de Santa Catarina

Psicóloga pela Universidade Federal de Santa Catarina e estudante de licenciatura na mesma Universidade.

Laura Cardoni Ruffier, Universidade Federal de Santa Catarina

Psicóloga pela Universidade Federal de Santa Catarina e mestranda na mesma Universidade. Trabalha na linha de pesquisa migrações, processos psicológicos e saúde mental.

Graziele Aline Zonta, Universidade Federal do Paraná

Psicóloga pela Universidade Federal do Paraná, mestre e doutoranda em Psicologia pela Universidade Federal de Santa Catarina. Atua como psicóloga na Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis da Universidade Federal do Paraná

Andrea Vieira Zanella, Universidade Federal de Santa Catarina

Psicóloga pela Universidade Federal do Paraná, mestre e doutora pela Pontifica Universidade Católica de São Paulo. Orientadora de mestrado e doutorado vinculada ao Programa de Pós-Graduação em Psicologia da Universidade Federal de Santa Catarina e professora vinculada a mesma universidade. Trabalha na linha de Relações Éticas e Estéticas e Processos de Criação.

Referências

Andaló, C. (2006). Mediação grupal: uma leitura histórico-cultural. São Paulo: Ágora.

Corrêa, C. S., & Souza, S. J. (2011). Violência e vulnerabilidades: os jovens e as notícias de jornal. Fractal: Revista de Psicologia, 23(3), 461-486.

Cunha, T. C., & Bicalho, P. P. G. (2018). Por uma Concepção Política de Conflito Escolar. Revista de Psicologia, 9(1).

Fernandes, W. J. (2003). Grupos e configurações vinculares. Artmed Editora.

Fontes, V. (2017). Capitalismo, crises e conjuntura. Serviço Social e Sociedade, n. 130, 409-425

Lapassade, G. (1983). Dialética dos grupos, das organizações e das instituições. Em G. Lapassade. Grupos, organizações e instituições. Rio de Janeiro: Francisco Alves.

Maranhão, J. H., & Vieira, C. A. L. (2017). Brincar como linguagem da criança: Contribuições contemporâneas. Revista de Psicologia, 8(2).

Ministério de Desenvolvimento Social e Combate à Fome - MDS (2016). Caderno de Orientações. Serviço de Proteção e Atendimento Integral à Família e Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos. Brasília: DF

Novaes, L. C. (2010). A formação des (continuada) dos professores temporários: provisoriedade e qualidade de ensino. Revista Diálogo Educacional, 10(30).

Pichon-Rivière, E. (1998). O processo Grupal. São Paulo: Martins Fontes.

Quintal, M. (2016). Desafios atuais e antigas sutilezas nas práticas da psicologia social comunitária. Psicología, Conocimiento y Sociedad, 6(1), 131-163.

Silva, M. E. F., & Brabo, T. S. A. M. (2017). A introdução dos papéis de gênero na infância: brinquedo de menina e/ou de menino? Revista Trama Interdisciplinar, v. 7, n. 3, 127-140.

Silva, R. B., Carvalhaes, F. F. (2016). Psicologia e Políticas Públicas: Impasses e Reinvenções. Psicologia & Sociedade., vol. 28, nº2, 247-256

Teixeira, S. M (2010). Trabalho social com famílias na Política de Assistência Social: elementos para sua reconstrução em bases críticas. Serviço Social em Revista, v.13, n.1, 4-23.

Vigotski, L. S. (2009). Imaginação e criação na infância: ensaio psicológico-livro para professores; apresentação e comentários Ana Luiza Smolka; tradução Zoia Prestes. São Paulo: Ática.

Publicado

2019-07-01

Como Citar

Lemos Carcereri Mano, M., Cardoni Ruffier, L., Zonta, G. A., & Vieira Zanella, A. (2019). CRAS e território: relato de experiência em um Centro de Convivência e Fortalecimento de Vínculos / CRAS and territory: experience report in a center for acquaintanceship and strengthening bonds. Revista De Psicologia, 10(2), 119–127. Recuperado de http://periodicos.ufc.br/psicologiaufc/article/view/31551