Precisão entre juízes para um novo sistema de codificação do teste de Wartegg
Palavras-chave:
Consistência interna, técnicas de autoexpressão, avaliação psicológica.Resumo
Dentre os parâmetros psicométricos necessários para o uso de testes psicológicos está a precisão que, de forma geral, indica a consistência dos resultados. Uma das formas de verificação deste parâmetro é a concordância entre juízes, expressa num índice que informa o grau de concordância de protocolos avaliados por diferentes profissionais. Com o objetivo de verificar a concordância entre juízes para o Teste de Wartegg, o presente estudo contou com 4 juízes avaliando 8 protocolos de forma independente (às cegas). Os resultados indicaram coeficientes kappa variando de 0,23 à 0,74 para os protocolos, sendo que, para algumas variáveis os valores foram mais altos. De forma geral, embora tenham se encontrado bom grau de concordância entre as codificações dos juízes para alguns critérios, outros demonstraram-se não estar claros de forma suficiente. Neste sentido, se fazem necessárias reformulações dos critérios evidenciados como ruins a fim de favorecer o desenvolvimento do sistema proposto.
Downloads
Referências
Alves, I. C. B., Dias, A. R., Sardinha, L. S., & Conti, F. D. (2010). Precisão entre juízes na avaliação dos aspectos formais do teste de Wartegg. Aletheia, (31), 54–65.
Berlinck, V. (2000). O teste de completamento de desenos Wartegg em universitarios de São Paulo. (Dissertação de Mestrado). Universidade de São Paulo, São Paulo.
Bisquerra, R., Martínez, F., & Sarriera, J. C. (2004). Introdução à estatística: enfoque informático com o pacote estatístico SPSS. Porto Alegre: Artes Médicas.
Conselho Federal de Psicologia - CFP. (2003). Resolução no 002/2003 de 24 de março. Brasília, DF: CFP.
Fensterseifer, L., & Werlang, B. S. G. (2008). Apontamentos sobre o status científico das técnicas projetivas. In A. E. de Villemor-Amaral & B. S. G. Werlang (Eds.), Atualizações em Métodos Projetivos para Avaliação Psicológica (pp. 15–33). São Paulo: Casa do Psicólogo.
Garb, H. N., Wood, J. M., Lilienfeld, S. O., & Nezworski, M. T. (2002). Effective use of projective techniques in clinical practice: Let the data help with selection and interpretation. Professional Psychology: Research and Practice, 33(5), 454–463. http://doi.org/10.1037/0735-7028.33.5.454
Gronnerod, J. S., & Gronnerod, C. (2012). The Wartegg Zeichen Test: a literature overview and a meta-analysis of reliability and validity. Psychological Assessment, 24(2), 476–489. http://doi.org/10.1037/a0026100
Kinget, G. M. (1991). O teste de Completamento de Figuras. In E. F. Hammer (Ed.), Aplicações Clínicas dos Desenhos Projetivos. São Paulo: Casa do Psicólogo.
Lilienfeld, S. O., Wood, J. M., & Garb, H. N. (2000). The Scientific Status of Projective Techniques. Psychological Science in the Public Interest, 1(2), 27–66. http://doi.org/10.1111/1529-1006.002
Meyer, G. J., & Archer, R. P. (2001). The hard science of Rorschach research: What do we know and where do we go? Psychological Assessment, 13(4), 486–502. http://doi.org/10.1037/1040-3590.13.4.486
Meyer, G. J., & Kurtz, J. E. (2006). Advancing Personality Assessment Terminology: Time to Retire “Objective” and “Projective” As Personality Test Descriptors. Journal of Personality Assessment, 87(3), 223–225. http://doi.org/10.1207/s15327752jpa8703_01
Pasquali, L. (2001). Parâmetros psicométricos dos testes psicológicos. In L. Pasquali (Ed.), Técnicas de Exame Psicológico – TEP (pp. 11–136). São Paulo: Casa do Psicólogo.
Pasquali, L. (2003). Psicometria: teoria dos testes na Psicologia e na Educação. Petrópolis: Vozes.
Pessotto, F. (2015). Teste de Wartegg (Sistema em Desenvolvimento). Itatiba: Laboratório de Avaliação Psicológica e Educacional (LabAPE) - Universidade São Francisco (USF).
Pianowski, G., & Villemor-Amaral, A. E. de. (2010). Location and formal quality of the Rorschach-SC in Brazil: validity with non-patient sample. Psico-USF, 15(3), 333–343. http://doi.org/10.1590/S1413-82712010000300007
Ramon, R. R. (2006). Wartegg: Precisão entre Avaliadores e Evidência de Validade com o Método de Rorschach (Dissertação de Mestrado). Universidade São Francisco, Itatiba.
Roivainen, E. (2009). A Brief History of the Wartegg Drawing Test. Gestalt Theory, 31(1), 55–71.
Silva, M. C. de V. (2008). O teste de completamento de desenhos de Wartegg (WZT). In Anna Elisa & B. S. G. Werlang (Eds.), Atualizações em métodos projetivos para avaliação psicológica. São Paulo: Casa do Psicólogo.
Stemler, S. E. (2004). A Comparison of Consensus, Consistency, and Measurement Approaches to Estimating Interrater Reliability. Practical Assessment, Research & Evaluation, 9(4).
Urbina, S. (2007). Fundamentos da Testagem Psicológica. Porto Alegre: Artmed.
Villemor-Amaral, A. E. de. (2006). Desafios para a cientificidade das técnicas projetivas. In A. P. P. Noronha, A. A. A. dos Santos, & F. F. Sisto (Eds.), Facetas do fazer em avaliação psicológica (pp. 163–171). São Paulo: Vetor.
Villemor-Amaral, A. E. de. (2008). A validade teórica em avaliação psicológica. Psicologia: Ciência E Profissão, 28(1), 98–109. http://doi.org/10.1590/S1414-98932008000100008
Villemor-Amaral, A. E. de. (2009). Métodos Projetos em Avaliações Compulsórias: indicadores e perfis. In C. S. Hutz (Ed.), Avanços e polêmicas em avaliação psicológica. São Paulo: Casa do Psicólogo.
Villemor-Amaral, A. E. de, & Pasqualini-Casado, L. (2006). A cientificidade das técnicas projetivas em debate. Psico-USF, 11(2), 185–193. http://doi.org/10.1590/S1413-82712006000200007
Villemor-Amaral, A. E. de, & Werlang, B. S. G. (2008). Atualizações em métodos projetivos para avaliação psicológica. Casa do Psicólogo.