Um mês que não terminou

uma análise qualitativa com base na história oral do Movimento Passe Livre (MPL) nas jornadas de junho de 2013 em São Paulo

Autores

DOI:

https://doi.org/10.36517/rcs.50.3.d10

Resumo

O artigo desenvolve uma reflexão sobre as mobilizações do Movimento Passe Livre-MPL, de junho de 2013, na cidade de São Paulo, enquanto forma específica de ativismo contemporâneo. Inicialmente, a partir de literatura internacional e nacional especializada, analisamos as principais características das mesmas. Em seguida, com base na produção de um conjunto de 15 entrevistas, tomando como fundamentação teórica e metodológica a história oral buscamos compreender melhor os vínculos entre processos de subjetivação, identificação e ação coletiva e suas interfaces com dinâmicas específicas da memória individual e coletiva em questão, associadas a relações de aceite e tensão relativas uma ideia e modelo dominantes de cidade e urbanidade, espaço público e cidadania, na ordem urbana neoliberal em tela. Enfim, iniciando um ciclo que certamente não acabou e do qual devemos esperar ainda inúmeras consequências.

Palavras-chave: Ativismo contemporâneo; Movimento Passe
Livre (MPL); Ordem urbana; Neoliberalismo; História oral.

Biografia do Autor

Edmar Aparecido de Barra e Lopes, Universidade Federal de GoiasFaculdade de Ciências SociaisUniversidade Estadual de Goias

Pós-doutor em Ciências Políticas pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP-SP). Doutorado em Ciências Sociais pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP-SP). Mestrado em História Social pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP).Graduado em História pela Universidade Federal de Goiás (UFG-GO).

Atualmente é professor adjunto da Universidade Estadual de Goiás UEG e professor adjunto da Universidade Federal de Goiás UFG-FCS.

Tem experiência nas áreas de História Social, Sociologia do Trabalho e Teoria Social. Na primeira, com enfâse em identidade e memória, cultura e cidade e movimentos sociais. Na segunda, com enfâse em teoria sociológica e sociologia do trabalho, atuando principamente nos seguintes temas:mercado de trabalho, informalidade, precarizacao; reestruturação produtiva, flexibilização, emprego e desemprego, cooperativismo , modernidade, trabalho e saude docentes.

Referências

AGIER, Michel. Onde se inventa a cidade do amanhã? Deslocamentos, margens e dinâmicas das fronteiras urbanas. In:

GLEDHILL, John; HITA, Maria G.; PERELMAN, Mariano (Orgs.). Disputas em torno do espaço urbano: processos de [re]produção/construção e apropriação da cidade. Salvador: EDUFBA. p. 411- 426, 2017.

ALONSO, Ângela. A política das ruas: protestos em São Paulo de Dilma a Temer. Novos Estudos, São Paulo, n. 1, p. 49-58, 2017. Disponível em: <http://novosestudos.uol.com.br/produto/especial-dinamicas-da-crise/>. Acesso em: 13 nov. 2018.

ARAUJO VIEIRA, Maria do Pilar; KHOURY, Iara. Movimentos Sociais, documentação e história oral. Projeto História, São Paulo, v. 8, n. 9, p. 1-70, 1992. Disponível em: . Acesso: 12 nov. 2018.

ARLEY, Patrick; RICCI, Rudá. Nas ruas: a outra política que emergiu em junho de 2013. Belo Horizonte: Letramento, 2014.

BENJAMIN, Walter. O narrador: considerações sobre a obra de Nikolai Leskov. In: ______. Magia e técnica, arte e política. São Paulo: Brasiliense, 1985.

BERTAUX, D. Biography and society: the life-history approach in the social sciences. New York: Sage, 1981.

BEYNON, Huw. As práticas do trabalho em mutação. In: ANTUNES, Ricardo (Org.). Neoliberalismo, trabalho e sindicatos. Boitempo Editorial: São Paulo. p.9-38, 1998.

BOITO, Armando. O impacto das manifestações de junho na política nacional. 2013. Disponível em:< https://www.brasildefato.com.br/node/15386/>. Acesso em: 20 dez. 2018.

BORJA, Jordi; CASTELLS, Manuel. Local y global. La gestión de las ciudades en la era de la información. Madrid, United Nationsfor Human Sttlements/Taurus/Pensamiento, 1997.

BRAGA, Ruy. Sob a sombra do precariado. In: MARICATO, Ermínia e outros. Cidades rebeldes. São Paulo: Boitempo, 2013, p. 82.

BRASLAWSKY, Cecilia. Juventud y sociedad en la Argentina. Santiago, CEPAL, 1985.

BUCCI, E. A forma bruta dos protestos: das manifestações de junho de 2013 à queda de Dilma Rousseff em 2016. São Paulo: Companhia das Letras, 2016.

CABRAL, Fernando (ed.).¡Indignados! 15M. Madri: Mandala Ediciones, 2011.

CALDEIRA, T. P. do R. Qual a novidade dos rolezinhos? Espaço público, desigualdade e mudança em São Paulo. Novos Estudos-Cebrap, São Paulo, n.98, p.13-20, 2014.

CARDOSO, Gustavo; DI FÁTIMA, Branco. Movimento em rede e protestos no Brasil: qual gigante acordou? Dossiê Mídia, Intelectuais e Política, [s.l.], v. 16, n. 2, p. 143-176, 2013. Disponível em: . Acesso em: 23 dez. 2018.

CASTEL, R. Les métamorphoses de la question sociale. Paris: Fayard, 1995.

CASTELLS, M. A sociedade em rede. 4a edição. São Paulo: Paz e Terra, 2000.

______. Reti di indignazione e speranza: Movimenti sociali nell’era di Internet. Università Bocconi Editore: Milano, 2012.

______. Redes de indignação e esperança: movimentos sociais na era da internet. Tradução Carlos Alberto Medeiros. Rio de Janeiro: Zahar, 2013.

CAVA, Bruno. A multidão foi ao deserto. São Paulo: Annablume, 2014.

CERTEAU, Michel de. A escrita da história. 2 ed. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2000.

______. A invenção do cotidiano: 1. Artes de fazer. Petrópolis: Vozes, 2012 [1994].

COSTA, Henrique. O presente e o futuro das jornadas de junho. 2013. Disponível em: . Acesso em: 24 set. 2018.

DA COSTA, Samira Lima; DE CASTRO E SILVA, Carlos Roberto. Afeto, memória, luta, participação e sentidos de comunidade. Pesq. e Prát. Psicos., (s/l), n. 2 v.10, p. 283-291, 2015. Disponível em: < http://pepsic.bvsalud.org/pdf/ppp/v10n2/06.pdf>. Acesso em: 23 dez. 2018.

DAMO, Arlei S.; OLIVEN, Ruben G. A rebeldia festiva. In: ______. Megaeventos esportivos no Brasil. Campinas: Armazém do Ipê. p. 163-185, 2014.

DELEUZE, Gilles; Aula sobre Spinoza. 1978.Tradução: Francisco Traverso Fuchs. Disponível em: <http://www.webdeleuze.com/php/texte. Php>. Acesso em: 22 ago 2018.

______. Espinosa: filosofia prática. Trad. Daniel Lins e Fabien Pascal Lins. São Paulo: Escuta, 2002.

DI GIOVANNI, Julia R. Cadernos do outro mundo: o fórum social mundial em Porto Alegre. São Paulo: Humanitas/Fapesp, 2015b.

DOWBOR, Monika; SZWAKO, José. Respeitável público... Performance e organização dos movimentos antes dos protestos de 2013. Dossiê: mobilizações, protestos e revoluções. Novos estud. – CEBRAP, São Paulo, v. 1, n. 97, p.43-55, 2013. Disponível em: <http://dx.doi.org/10.1590/S0101-33002013000300004>. Acesso em: 16 dez. 2018.

DUPUIS-DÉRI, Francis. Black Blocs. São Paulo: Veneta, [2007]2014.

FALCHETTI, Cristhiane. Da institucionalização da participação à emergência do autonomismo: tendências recentes da ação coletiva no Brasil. In: CONGRESS OF THE LATIN AMERICAN STUDIES ASSOCIATION. Anais... Lima, Peru: LASA, 2017.

FERREIRA, Marieta de Moraes; AMADO, Janaína (Coord.). Usos e abusos da História Oral. Rio de Janeiro: Fundação Getúlio Vargas, 1998.

______. Demandas sociais e história do tempo presente. In: VARELLA, MOLLO, PEREIRA, DA MATA. (Org.). Tempo presente & usos do passado. 1ª ed. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2012.

FERNANDES, Florestan. Capitalismo dependente e classes sociais na América Latina. Rio de Janeiro: Zahar, [1973]1981.

_______. Sociedade de classes e subdesenvolvimento. Rio de Janeiro: Zahar, [1968] 1975.

FIORI, José Luís. Estado do bem-estar social: padrões e crises. São Paulo: Instituto de Estudos Avançados da Universidade de São de Paulo-USP, p. 1-13, 2013. Disponível em: <http://www.iea.usp.br/publicacoes/textos>. Acesso em: 20 dez. 2018.

FIGUEIREDO, R. (Org.). Junho de 2013: a sociedade enfrenta o Estado. São Paulo: Summus Editorial, 2014.

FILHO, Jose Sobreiro. Movimentos socioespaciais, socioterritoriais, manifestações e as redes sociais: das manifestações internacionais ao Movimento Passe Livre-SP. GeoGraphos: Rev. Dig. Estud. de Geog. y Cienc. Soc.s, (s/l), v. 6, n. 73, p. 1-29, 2015. Disponível em: <https://dialnet.unirioja.es/servlet/revista?codigo=14720>. Acesso em: 28 dez. 2018.

FONTENELLE, Isleide A. Alcances e limites da crítica no contexto da cultura política do consumo. Est. Avanç., São Paulo, v. 87, n. 30, 2016. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/ea/v30n87/0103-4014-ea-30-87-00255.pdf>. Data de acesso: 29 dez. 2018.

FREHSE, Fraya. Usos da rua. In: FORTUNA, Carlos; LEITE, Rogério P. (Orgs.) Plural de cidade: novos léxicos urbanos. Coimbra: Almedina. p. 151-170, 2009.

FRÚGOLI JR., Heitor. Ativismos urbanos em São Paulo. Cad. CRH, São Paulo, v.31, n.82, p.75-86, 2018.

GOHN, Maria da Glória. Jovens na política na atualidade – uma nova cultura de participação. Cad. CRH: Rev. do Centro de Est. e Pesq. Hum. - CRH/UFBA, Salvador, v. 1, n.1, 1987. Disponível em: . Acesso: 05 jan. 2019.

______. Os Jovens e as praças dos indignados: territórios de cidadania. Revista Brasileira de Sociologia, São Paulo, v.1, p.205-218, 2013b.

______. Sociologia dos Movimentos Sociais. São Paulo: Cortez, 2014a.

______. Manifestações de junho de 2013 no Brasil e nas praças dos indignados no mundo. Petrópolis: Vozes, 2014b.

______. Manifestações e protestos no Brasil: correntes e contracorrentes na atualidade. São Paulo: Cortez, 2017.

HALBWACHS, Maurice. Los marcos sociales de la memória. Trad. Manuel A. Baeza e Michel Mujica. Rubí (Barcelona): Anthropos Editorial; Concepción: Universidad de la Concepción; Caracas: Universidad Central de Venezuela, 2004.

______. A Memória Coletiva. Tradução de Beatriz Sidou. 2ª ed. São Paulo: Ed. Centauro, 2013.

HARVEY, David. O direito à cidade. Lutas Sociais, São Paulo, v. 1, n. 29, p. 73-89, 2012a. Disponível em: . Acesso em: 10 out 2018.

______. Os rebeldes na rua: o Partido de Wall Street encontra sua nemesis. In: Occupy: Movimentos de protesto que tomaram as ruas. Boitempo: São Paulo, 2012b.

HAMBURGER, Esther. Saímos do Facebook? In: KOWARICK, Lúcio; FRÚGOLI JUNIOR, Heitor (Orgs.) Pluralidade urbana em São Paulo: vulnerabilidade, marginalidade, ativismos. São Paulo: Ed. 34/Fapesp, 2016, p. 293-319.

HERZFELD, Michael. Fronteiras/nódulos/agrupamentos In:______. Antropologia: prática teórica na cultura e na sociedade. Petrópolis: Vozes, 2014. p. 172-193, 2011.

IBARRA, David. O neoliberalismo na América Latina. Rev. de Econ. Pol., São Paulo, v. 31, n 2, p. 238-248, 2011. Disponível em: <http://www.rep.org.br/PDF/122-4.PDF>. Acesso em: 17 jan. 2019.

INGLEHART, Ronald e WELZEL, Christhian. Modernização, mudança cultural e democracia. São Paulo: Francis, 2009.

JACOBS, Jane. Morte e vida de grandes cidades. São Paulo: Martins Fontes, [1961] 2003.

JANOTTI, M. L. M. Refletindo sobre a história oral: procedimentos e possibilidade. In: MEIHY, J. C. S. B. (Org). (Re)introduzindo história oral no Brasil. São Paulo: Xamã, 1996, p.56-62.

______. Sociabilidade urbana. Rio de Janeiro: Zahar, 2007.

JOUTARD, P. Essas voces que llegan del pasado. México: Fondo de Cultura Económica, 1983.

___________. História oral: balanço da metodologia e da produção nos últimos 25 anos, in: FERREIRA, M.; AMADO, J. (org.). Usos e abusos da história oral. Rio de Janeiro, FGV, 1996, p.43-64.

JUDENSNAIDER, Elena et al.Vinte centavos: a luta contra o aumento. São Paulo: Veneta, 2013.

KANIGEL, Robert. Eyes in the street: the life of Jane Jacobs. New York: Alfred A. Knopf, 2016.

LE GOFF, Jacques. Memória. In: ______. História e Memória. Campinas: Ed. UNICAMP, p. 423-483, 1994.

LÖWY, Michael. O Movimento Passe Livre. Trad. Mariana Echalar. 2014. Disponível em: <http://blogdaboitempo.com.br/2014/01/23/o-movimento-passe-livre/>. Acesso em: 29 jan. 2019.

MAGNANI, José G. C. De perto e de dentro: notas para uma etnografia urbana. Rev. Bras. de Ciên. Soc., São Paulo, v. 17, n. 49, p. 11-29, 2002. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/rbcsoc/v17n49/ a02v1749.pdf>. Acesso em: 01 fev 2019.

______. Etnografia urbana. In: FORTUNA, Carlos; LEITE, Rogério P. (Orgs.) Plural de cidade: novos léxicos urbanos. Coimbra: Almedina, 2009, p. 101-133.

MANOLO (Manoel Nascimento). Teses sobre a Revolta do Buzu. [S.l.] 2004. Disponível em: <http://passapalavra.info/2011/10/46668>. Acesso em: 03 out. 2018.

MARICATO, E. et al. Cidades rebeldes: Passe Livre a as manifestações que tomaram as ruas do Brasil. São Paulo: Boitempo; Carta Maior, 2013a.

______. É a questão urbana, estúpido. In: _____ et al. Cidades rebeldes. São Paulo: Boitempo, 2013b, p. 24.

MEIHY, José Carlos Sebe Bom; HOLANDA, Fabíola. História oral: Como fazer, como pensar. 2. Ed. São Paulo: Contexto, 2011.

MELUCCI, A. Challenging codes: collective action in the information age. Cambridge: Cambridge University Press, 1996.

MONTENEGRO, A. T. História oral e memória: a cultura popular revisitada. São Paulo: Editora Contexto, 1992.

MOVIMENTO Passe Livre. Por uma vida sem catracas! (s/d). Disponível em: . Acesso em: 25 nov. 2018.

MUHALE, Miguel J. Lutar, criar poder popular: uma perspectiva etnográfica do bloco de lutas pelo transporte público em Porto Alegre/RS. 2014. Dissertação de Mestrado, Porto Alegre, UFRGS, 2014.

NASCIMENTO, Silvana; OLIVAR, José M. (Orgs.). Dossiê ‘Narrativas urbanas em tempos perturbadores: uma introdução. Ponto Urbe, São Paulo, n. 18, 2016. Disponível em: <https://pontourbe.revues.org/3131>. Acesso em: 1 jan. 2019.

NORA, Pierre. Entre a memória e a história: a problemática dos lugares. Projeto História, São Paulo, v. 1, n. 10, p. 7-28, 1993.

NOVAES, Regina; ALVIM, Rosilene. Movimentos, redes e novos coletivos juvenis. In: LOPES, José S. L.; HEREDIA, Beatriz (Orgs.) Movimentos sociais e esfera pública: o mundo da participação. Rio de Janeiro: Colégio Brasileiro de Altos Estudos, 2014, p. 269-301.

OLIVEIRA, Lucas. Está em pauta, agora, que modelo de cidade queremos — Entrevista com o Movimento Passe Livre, concedida a Maria Caramez Carlotto. 2013. Disponível em: <http://www.revistafevereiro.com/pag.php?r=06&t=10>. Acesso em: 29 jan. 2019.

ORTELLADO, Pablo. L'experiência do MPL eh aprendizado para o movimento autonomo não so do Brasil como do mundo. (Entrevista a Coletivo DAR e Desinformémonos). 2007. Recuperado em 02 de novembro, 2013. Disponível em: <http://coletivodar.org/2013/09/pablo-ortellado-experiencia-do-mpl-e-aprendizado-para-o-movimento-autonomo-nao-so-do-brasil-como-do-mundo/>. Acesso em: 19 dez. 2018.

______. Os protestos de junho entre o processo e o resultado. In: JUDENSNAIDER, Elena. et al. Vinte centavos: a luta contra o aumento. São Paulo: Veneta, 2013.

PATERNIANI, Stella Z. Quem não luta, tá morto: política e vida no centro da cidade. In: KOWARICK, Lúcio; FRÚGOLI JUNIOR, Heitor (Orgs.) Pluralidade urbana em São Paulo: vulnerabilidade, marginalidade, ativismos. São Paulo: Ed. 34/Fapesp, 2016, p. 321-347.

PERROT, Michelle. A força da memória e da pesquisa histórica. Projeto História, São Paulo, n. 17, p. 351-360, 1998.

PINTO, Céli Regina Jardim. A trajetória discursiva das manifestações de rua no Brasil (2013-2015). Lua Nova, São Paulo, v.1 n.100, p.119-153, 2017. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/ln/n100/1807-0175-ln-100-00119.pdf>. Acesso em: 25 jan. 2019.

POLLAK, M. Memória e identidade social. Estudos Históricos. Rio de Janeiro, v. 5, n. 10, p. 200-212, 1992.

PORTELLI, Alesandro. O massacre de Civitella Val di Chiana (Toscana, 29 de junho de 1944): mito e política, luto e senso comum. In: FERREIRA, Marieta de Moraes; AMADO, Janaína (Coord.). Usos e abusos da História Oral. Rio de Janeiro: Fundação Getúlio Vargas, 1998. p. 103-130.

______. Forma e significado na História Oral: a pesquisa como um experimento em igualdade. Cultura e Representação. Projeto História, São Paulo, v. 1, n.14, 1997a.

______. O que faz a história oral diferente. In: Cultura e Representação. Projeto História, São Paulo, v. 1. n. 14, 1997b.

PRETECEILLE, E. A evolução da segregação social e das desigualdades urbanas: o caso da metrópole parisiense nas últimas décadas. Caderno CRH, São Paulo, n. 36, p. 27-48, 2003.

PRINS, Gwyn. História Oral. In: BURKE, Peter (Org.). A escrita da história: novas perspectivas. Trad. Magda Lopes. São Paulo: UNESP, 1992, p. 163-198.

RAMA, Ángel. A cidade das letras. São Paulo: Boitempo, 2015.

RESENDE, A. L. O mal-estar contemporâneo. 2013. Disponível em: http://www.ternuma.com.br/index.php/art/465-o-mal-estar-contemporaneo-andre-lara-resende>. Acesso em: 8 nov. 2018.

RICOEUR, Paul. A memória, a história, o esquecimento. Trad. Alain François et al. Campinas: UNICAMP, 2007.

ROLNIK, Raquel et al. Cidades rebeldes: passe livre e as manifestações que tomaram as ruas do Brasil. São Paulo: Boitempo/Carta Maior/Tinta Vermelha, 2014.

SAFATLE, Vladimir. Amar uma ideia. In: Occupy: Movimentos de protesto que tomaram as ruas. Boitempo: São Paulo, 2012.

SALES ET AL. Para (re)colocar um problema: a militância em questão. Temas Psicol., Ribeirão Preto, v. 26, n. 2, não paginado, 2018. Disponível em: <http://dx.doi.org/10.9788/TP2018.2-02Pt>. Acesso em: 20 jan. 2019.

SASSEN, Saska. The Global City. Princeton, NJ: Princeton University Press, 1991.

SARAIVA, Leila. Não leve flores: crônicas etnográficas junto ao Movimento Passe Livre-DF. 2017. Dissertação de Mestrado, Brasília, UnB, 2017.

SCARCELLI, O.; MEDEIROS, R. Desdobramentos das “jornadas de junho” na política de transportes de São Paulo. In: VI CONGRESSO BRASILEIRO DE GEÓGRAFOS. Anais..., Vitória, CBG, 2014.

SCHERER-WARREN, Ilse. Manifestações de rua no Brasil 2013: encontros e desencontros na política. Cad. CRH, vol.27, n.71, p.417-429, 2014.

SIMMEL, Georg. As grandes cidades e a vida do espírito [1903]. Mana, Rio de Janeiro, v. 11, n. 2, p. 577-591, 2005. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/mana/ v11n2/27459.pdf>. Acesso em: 7 out 2019.

SINGER, André. Esquerda ou direita? Folha de S. Paulo, 2013a. Disponível em: <https://www1.folha.uol.com.br/colunas/andresinger/2013/06/1299454-esquerda-ou-direita.shtml>. Acesso em: 8 nov. 2018.

______. Flores de inverno. Folha de S. Paulo, 2013b. Disponível em: <https://www1.folha.uol.com.br/colunas/andresinger/2013/08/1320991-flores-de-inverno.shtml>. Acesso em: 18 nov. 2018.

______. Brasil, junho de 2013: Classes e ideologias cruzadas. Dossiê: mobilizações, protestos e revoluções. Novos estudos CEBRAP, São Paulo, v. 1, n. 97, p. 23-40, 2013c. Disponível em: <http://dx.doi.org/10.1590/S0101-33002013000300003>. Acesso em: 28 nov. 2018.

SOLANO, Esther; MANSO, Bruno. Paes; NOVAES, Willian. M@scAr@dos: a verdadeira história dos adeptos da tática Black Blocs. São Paulo: Geração Editorial, 2014.

SPÓSITO, Marília Pontes. A sociabilidade juvenil e a rua: novos conflitos e ação coletiva na cidade. Tempo Social - Rev. Sociol. USP, São Paulo, v. 5, n.1-2, p.161-178, 1993.

TARROW, S. The language of contention – revolutions in words, 1688-2012. Cambridge: University of Cambridge, 2013.

THOMPSON, P. A voz do passado: história oral. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1992.

THOMSON, A. Recompondo a memória. Questões sobre a relação entre a história oral e as memórias. Projeto História, São Paulo, v.15, p. 51-84, 1997.

TILLY, Charles; TARROW Sidney. Contentiouys politics. Boulder/USA: ParadigmPublis, 2007.

TORO, José Bernardo; WERNECK, Nísia M. D. Mobilização Social: um modo de construir a democracia e a participação. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2004.

TORTOSA, José María. Sobre los movimientos alternativos en la actual coyuntura. Rev.de la Univ. Boliv., Caracas, v. 10, n. 30. p. 317-338, 2011.

TOURTIER-BONAZZI, Chantal de. Arquivos: propostas metodológicas. In: FERREIRA, M. M.; AMADO, J. (Org.). Usos e abusos da história oral. Rio de Janeiro: Fundação Getúlio Vargas, 1998.

VELHO. Gilberto. Os mundos de Copacabana. In:______ (Org.) Antropologia urbana: cultura e sociedade no Brasil e em Portugal. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1999, p. 11-23.

VERGARA, Camile. Corpo transgressão: a violência traduzida nas performances do Coletivo Coiote, Bloco Livre Reciclato e Black Blocs. Cad. de Arte e Antrop., Salvador, v. 4, n. 2, p. 105-123, 2015. Disponível em: <https://cadernosaa.revues.org/970>. Acesso em: 3 out 2018.

ZIBECHI, Raúl. Debajo y detrás de las grandes movilizaciones. OSAL - Observatório Social de América Latina, Buenos Aires, v. 14, n. 34, p. 16-36, 2013.

ZIZEK, S. Em defesa das causas perdidas. São Paulo: Boitempo, 2011.

Downloads

Publicado

2019-11-01

Como Citar

de Barra e Lopes, E. A. (2019). Um mês que não terminou: uma análise qualitativa com base na história oral do Movimento Passe Livre (MPL) nas jornadas de junho de 2013 em São Paulo. Revista De Ciências Sociais, 50(3), 303–347. https://doi.org/10.36517/rcs.50.3.d10

Edição

Seção

Dossiê: Novos sujeitos, novos direitos e cidadania: pluralismos e perspectivas do Sul