Origem de classe e chances de vida no Brasil

Autores

DOI:

https://doi.org/10.36517/rcs.51.1.a02

Resumo

O trabalho investiga as relações entre origem de classe e chances de vida no Brasil com os dados de mobilidade social da PNAD 2014. Os efeitos da origem foram estimados sob a forma de médias preditas e diferenças proporcionais na renda com um Modelo Linear Generalizado. A magnitude e a evolução entre as coortes dos efeitos total e direto da origem privilegiada na renda coloca em questão o papel equalizador da educação. A origem no topo social tanto impulsiona a renda de quem tem escolaridade superior quanto protege quem fracassa na escola. Os retornos da escolaridade superior e média estão caindo entre as coortes. Esta queda afeta quem ter origem na base social, porém não no topo social. Maior desigualdade originária parece favorecer a vantagem de origem.  A menor desigualdade de renda atual, no entanto, não reduziu a vantagem de origem entre a primeira e a última coorte.

Biografia do Autor

José Alcides Figueiredo Santos, Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)

Doutor em Sociologia pelo IUPERJ (2000), com Pós-Doutorado na Universidade de Wisconsin-Madison, é Professor Titular da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) e Bolsista de Produtividade em Pesquisa do CNPq. Integra o Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais da UFJF e o Centro de Pesquisas Sociais (CPS) da UFJF.

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Publicado

2020-03-01

Como Citar

Santos, J. A. F. (2020). Origem de classe e chances de vida no Brasil. Revista De Ciências Sociais, 51(1), 249–290. https://doi.org/10.36517/rcs.51.1.a02