Desempenho zootécnico de tilápia do Nilo, Oreochromis niloticus, em tanques-rede, com diferentes rações comerciais
Autores
Aquiles Moraes
Universidade Federal de Santa Catarina
Walter Seiffert
Universidade Federal de Santa Catarina
Flávia Tavares
Universidade Federal de Santa Catarina
Débora Fracalossi
Universidade Federal de Santa Catarina
Palavras-chave:
Cultivo intensivo. Piscicultura. Dietas. Crescimento. Custo de produção.
Resumo
Este estudo avaliou o desempenho zootécnico de tilápia do Nilo, linhagem Chitralada, cultivada em tanques-rede, com diferentes rações comerciais (I, II, III, IV, V), com o objetivo de determinar qual ração promoveria o cultivo mais lucrativo. Foram estocados grupos de 800 juvenis de tilápia com peso médio de 48 ± 2,53 g em 15 tanques-rede de 4 m3, onde foram alimentados com as cinco rações comerciais, em triplicata, durante 84 dias. A qualidade da água foi monitorada semanalmente (oxigênio dissolvido, pH, e temperatura), mostrando-se adequada para o cultivo. A sobrevivência média foi satisfatória (80,55 ± 4,52%), não sendo afetada pela ração fornecida. As rações I e III propiciaram um maior peso final (454,67 ± 15,14g e 491,67 ± 25,70 g), ganho em peso diário (5,20 ± 0,17 e 5,67 ± 0,32 g peixe-1) e taxa de crescimento específico (2,83 ± 0,04 e 2,93 ± 0,07%) que as demais rações (P < 0,05). A ração III propiciou a melhor digestibilidade e retenção, enquanto que a ração IV, a pior (87,42% versus 76,34% ). A ração IV, com o maior teor de fibra, propiciou o menor crescimento e acúmulo de gordura corporal (P < 0,05). A melhor conversão alimentar (1,34) ocorreu nos peixes alimentados com a ração II, a qual resultou no menor custo de produção kg-1 (R$ 1,91). O mais alto custo de produção (R$ 2,39) ocorreu com o uso da ração I. Conclui-se que a ração II propiciou a maior lucratividade, promovendo a melhor conversão alimentar e o menor custo de produção.