Análise multivariada da divergência genética de genótipos de arroz sob estresse salino durante a fase vegetativa
Palavras-chave:
Variáveis canônicas, Métodos de agrupamento, Oryza sativa L., SalinidadeResumo
A salinidade, dos solos e da água de irrigação, constitui fator limitante para o cultivo do arroz, principalmente nos estágios iniciais do desenvolvimento e no período de floração. A utilização de fontes de água de má qualidade para irrigação resulta no acúmulo de sais no solo, causando toxicidade importante na cultura. Uma solução para o problema seria a introdução de variedades com tolerância à salinidade elevada. Assim, objetivou-se com este trabalho avaliar a divergência genética entre genótipos de arroz visando à seleção de genótipos tolerantes à salinidade durante a fase vegetativa. Sementes de 10 genótipos de arroz foram cultivadas in vitro, em meio MS acrescido de 0 e 136 mM de NaCl. Após 21 dias, foram avaliados seis caracteres morfológicos e os resultados submetidos a análises multivariadas. Os métodos de otimização de Tocher, baseado na distância de Mahalanobis, e a dispersão gráfica das variáveis canônicas seguiram a mesma tendência de agrupamento dos genótipos, formando seis grupos distintos. A característica massa fresca da parte aérea foi a que mais contribuiu para a dissimilaridade genética entre os genótipos, pelo método de Singh, enquanto as duas primeiras variáveis canônicas foram suficientes para explicar 91,27% da variação observada. Nas condições experimentais testadas, os genótipos apresentaram graus distintos de tolerância à salinidade, sendo BRS Colosso, BRS Bojuru e BR IRGA 410, pertencentes aos grupos três e quatro, os que se mostraram mais tolerantes ao estresse salino e o genótipo Moti, pertencente ao grupo dois, o que se mostrou mais sensível.