Caracterização de frutos de genótipos de muricizeiros cultivados no litoral cearense

Autores

  • Isabel Lourenço Universidade Federal do Ceará
  • Raimundo de Figueiredo Universidade Federal do Ceará
  • Ricardo Alves Embrapa Agroindústria Tropical
  • Fernando Antonio Aragão Embrapa Agroindústria Tropical
  • Carlos Moura Embrapa Agroindústria Tropical

Palavras-chave:

Byrsonima dealbata, Murici, Frutas tropicais, Dispersão gráfica

Resumo

Das espécies frutíferas nativas do Nordeste, o muricizeiro (Byrsonima dealbata Griseb) destaca-se dupla finalidade, consumo “in natura” e industrialização. As populações locais vivem do extrativismo e tem no murici uma fonte de renda, comercializando-o em feiras livres. Apesar da importância social das espécies frutíferas nativas para algumas regiões, no entanto, há poucas informações a cerca destas espécies. Em vista do exposto, o objetivo foi avaliar frutos de diferentes genótipos de muricizeiros por meio da caracterização biométrica e as relações genéticas entre os mesmos. Analisaram-se 18 genótipos de muricizeiros, oriundos dos municípios Pacajus, Fortaleza e Paraipaba, CE. Foram realizadas 30 medições, onde cada medição correspondeu a um fruto, nos quais foram analisados: massa, diâmetro, comprimento, cor (L, a*, b*), firmeza e rendimento, sendo este com base em 100 g de polpa. Dos resultados obtidos obteve-se predominância de frutos oblongos, com destaque para o genótipo EM 4 por apresentar maior massa dos frutos. Foram estimadas: variância residual, variância genética, repetibilidade e correlações fenotípicas entre as variáveis estudadas. As técnicas multivariadas aplicadas (agrupamento de genótipos por meio da otimização de Tocher, análise de componentes principais e análise da dissimilaridade dos genótipos, expressa em dendrograma, com base no método do vizinho mais próximo) foram concordantes entre si, demonstrando que os genótipos EM 3, EM 4 e PAC 6 foram divergentes entre si e entre os demais, possuindo variabilidade genética, permitindo potencial uso dos mesmos em programas de melhoramento.

 

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Publicado

2013-04-16

Edição

Seção

Fitotecnia