Características da carcaça de vacas de descarte abatidas com diferentes pesos
Autores
Regis Missio
Universidade Federal do Tocantins
João Restle
Universidade Federal do Tocantins
José Moletta
Instituto Agronômico do Paraná
Fernando Kuss
Universidade Tecnológica Federal do Paraná
José Neiva
Universidade Federal do Tocantins
Ivan César Moura
Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Palavras-chave:
Rendimento de carcaça, Carne bovina, Gordura de cobertura
Resumo
Avaliaram-se as características da carcaça de 43 vacas de descarte da raça Purunã com idade média de 68,02 ± 17,36 meses em diferentes pesos de abate. O delineamento experimental foi inteiramente casualizado e os pesos de abate avaliados foram de 401; 434; 461; 476 e 522 kg. A elevação do peso de abate de 401 para 522 promoveu aumento do peso e rendimento de carcaça quente e fria de 34,7; 36,6; 2,1 e 5,13, respectivamente. A espessura de gordura subcutânea (mm) aumentou linearmente com o avanço do peso de abate, passando de 1,11 para 4,79 mm. A área do Longissimus dorsi expressa em função do peso de carcaça fria variou de forma quadrática com o avanço do peso de abate, com o menor valor estimado para o peso de abate de 440 kg. A quantidade de músculo, gordura e osso aumentaram 300; 330 e 69 g a cada quilograma a mais no peso de abate, respectivamente. A porção comestível da carcaça aumentou 34,1% com a elevação do peso de abate de 401 para 522 kg. A elevação do peso de abate representa grande potencial para o aumento da produção de carne no país, dado ao número expressivo de fêmeas de descarte que são abatidas anualmente. No entanto, para o sistema de produção, considerando o atual método de remuneração, o peso de abate de vacas de descarte não deve exceder as exigências mínimas dos frigoríficos, tendo em vista a redução da eficiência alimentar com o avanço da deposição de gordura corporal.