Caracterização e delimitação de terroirs de café em lavouras no município de Araponga - MG

Autores

  • Samuel Silva Universidade Estadual de Santa Cruz
  • Daniel Queiroz Universidade Federal de Viçosa
  • Francisco de Assis Pinto Universidade Federal de Viçosa
  • Nerilson Santos Universidade Federal de Viçosa

Palavras-chave:

Origem geográfica, Qualidade sensorial, Variabilidade espacial

Resumo

A diferenciação dos cafés através da noção de terroir permite determinar áreas potenciais para a produção de cafés especiais e caracterizar o tipo de café dessas áreas, explorando suas potencialidades. O objetivo nesse trabalho foi estudar a variabilidade espacial da qualidade e caracterizar e delimitar terroirs de produção de café de lavouras no município de Araponga - MG a partir da avaliação sensorial dos frutos produzidos nas mesmas. Os dados foram coletados em quatro lavouras, as quais apresentam uma variação de altitude de 770 a 1270 m, dentro de extrato crescente. Em cada talhão das lavouras, foram coletadas amostras de frutos cereja que, depois de secas e beneficiadas, foram submetidas à análise sensorial, onde foram atribuídas notas variando de 0 a 100 pontos para a qualidade global da bebida e também para características relativas à sua doçura, corpo, acidez, sabor e equilíbrio. A variabilidade espacial da qualidade foi analisada através do índice de Moran. Para a definição dos terroirs de produção de café, as notas médias de qualidade, foram comparadas através de testes de separação e os valores individuais dos talhões submetidos à uma análise de agrupamentos. O estudo foi eficiente para identificar terroirs para a cafeicultura de montanha, permitindo assim diferenciar os cafés em função dos seus locais de produção. O município de Araponga possui mais de um terroir de produção de café caracterizado por dois distintos extratos de altitude.

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Publicado

2013-11-07

Edição

Seção

Engenharia Agrícola