Diagnóstico pré-natal de peritonite meconial - relato de caso

Autores

  • Márden Pinheiro Teixeira Costa Maternidade Escola Assis Chateaubriand, Universidade Federal do Ceará
  • Helvécio Neves Feitosa Universidade Federal do Ceará
  • Kárita de Melo Cordeiro Maternidade Escola Assis Chateubriand
  • João Henrique Freitas Colares Maternidade Escola Assis Chateaubriand
  • Francisco das Chagas Brilhante Barros Maternidade Escola Assis Chateaubriand
  • Sergio Orceliano Moreira Maternidade Escola Assis Chateaubriand - MEAC
  • Francisco Herlânio Costa Carvalho Universidade Federal do Ceará.

DOI:

https://doi.org/10.20513/2447-6595.2017v57n1p52-55

Palavras-chave:

Peritonite. Mecônio. Ultrassonografia. Cuidado Pré-Natal.

Resumo

Introdução: A peritonite meconial deve ser considerada no diagnóstico diferencial em pacientes que desenvolvem grandes cistos abdominais. Avanços nas técnicas de ultrassonografia permitem reconhecer mais precocemente os sinais pré-natais indicativos da patologia e ajudam na redução das taxas de morbimortalidade. Relato de caso: A.E.S.S., 21 anos, primigesta, realizou ultrassonografia obstétrica no dia 24/03/15, sendo evidenciado imagem anecóica, intra-abdominal sugestiva de íleo meconial. Na 39ª semana foi submetida a parto abdominal devido a macrossomia fetal. Recém-nascido (RN), vivo, sexo feminino, escore de Apgar de 3 e 7 no 1º e 5º minutos, respectivamente. Evoluiu nos 5 primeiros dias de vida com resíduo gástrico fecalóide, e após avaliação da cirurgia pediátrica foi indicada laparotomia exploradora pela hipótese de íleo meconial. Os achados foram atresia de íleo terminal com perfuração e bloqueio de alças, sendo realizado ressecção dos segmentos atrésicos e anastomose término‑terminal. Necessitou de nova abordagem cirúrgica e progrediu com quadro séptico. No primeiro dia de pós-operatório evoluiu para óbito. Conclusão: No presente caso, apesar da visualização das alterações ultrassonográficas no pré-natal, o diagnóstico definitivo só foi possível após abordagem cirúrgica. Caso fosse diagnosticado precocemente, a evolução neonatal poderia ter sido satisfatória, com antecipação das cirurgias, mesmo com os altos índices de mortalidades.

Biografia do Autor

Márden Pinheiro Teixeira Costa, Maternidade Escola Assis Chateaubriand, Universidade Federal do Ceará

Médico residente de Ginecologia e Obstetricia da Maternidade Escola Assis Chateubriand, Universidade Federal do Ceará.

Helvécio Neves Feitosa, Universidade Federal do Ceará

Possui graduação em Medicina pela Universidade Federal do Ceará (1982), mestrado em Medicina (Obstetrícia) pela Universidade Federal de São Paulo (1990), doutorado em Medicina (Obstetrícia) pela Universidade Federal de São Paulo (1992) e doutorado em Bioética pela Faculdade de Medicina da Universidade do Porto, Portugal (2014). Atualmente é médico do Ministério da Saúde, atuando principalmente nos seguintes temas: obstetrícia, ginecologia, gravidez, hipertensão arterial e diagnóstico pré-natal, ética médica e bioética. Professor do Curso de Medicina do CCS da Universidade de Fortaleza a partir de 01/08/2006. Professor Adjunto do Departamento de Saúde Materno-Infantil da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Ceará a partir de junho de 2011.

Kárita de Melo Cordeiro, Maternidade Escola Assis Chateubriand

Médica residente de Medicina Fetal da Maternidade Escola Assis Chateaubriand, Universidade Federal do Ceará.

João Henrique Freitas Colares, Maternidade Escola Assis Chateaubriand

Possui graduação em Medicina pela Universidade Federal do Ceará (1992). Mestre em Sáude Coletiva pela Universidade de Fortaleza( UNIFOR). Coordenador do serviço de Cirurgia Pediátrica do complexo hospitalar da Universidade Federal do Ceará. Coordenador do serviço Gastro-Cirurgia do Hospital Infantil Albert Sabin, Coordenador do Núcleo Especializado em Tratamento Infantil da Incontinência Fecal (NETIIF) e Cirurgião Pediátrico do Hospital Geral Dr. Waldemar de Alcântara . Membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Pediátrica (CIPE).

Francisco das Chagas Brilhante Barros, Maternidade Escola Assis Chateaubriand

Cirurgião pediátrico da Maternidade Escola Assis Chateaubriand.

Sergio Orceliano Moreira, Maternidade Escola Assis Chateaubriand - MEAC

Cirurgião pediátrico da MEAC

Francisco Herlânio Costa Carvalho, Universidade Federal do Ceará.

Graduado em Medicina pela Universidade Federal do Ceará (1993). Durante a graduação fez Monitoria em Patologia e Medicina Legal (1991) e monitoria em Histologia e Embriologia Humanas (1989). Mestre em Medicina (Obstetrícia) pela Universidade Federal de São Paulo (2001) e Doutor em Medicina (Obstetrícia) pela Universidade Federal de São Paulo (2004). Atualmente é professor Adjunto e Coordenador do Mestrado profissional em Saúde da Mulher e da Criança do Departamento de Saúde Materno-Infantil e Professor Permanente do Programa de Pós-graduação em Saúde Coletiva do Departamento de Saúde Comunitária da Universidade Federal do Ceará. Coordenador do Setor de Ensino da Maternidade-Escola Assis Chateaubriand-EBSERH-UFC. Foi Tutor do PET-Saúde da Família (Programa de Educação pelo trabalho - Ministério da Saúde). Supervisor (2013-2014) e coordenador (2015/2016) do PROVAB (Programa de Valorização da Atenção Básica) pela UFC. Atuou como membro das Comissões Nacionais Especializadas de Assistência Pré-Natal e Gravidez de Alto Risco (FEBRASGO). Atualmente membro da Comissão Nacional Especializada de Medicina Fetal. Linhas de Pesquisa: Saúde da Mulher e Perinatal, atuando principalmente nos seguintes temas: mortalidade materna, gravidez de alto-risco, diagnóstico pré-natal, ultrassonografia, dopplervelocimetria e assistência pré-natal.

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Publicado

2017-04-25

Edição

Seção

RELATOS DE CASO