Pustulose subcórnea refratária ao uso da dapsona: relato de caso<br> doi: 10.20513/2447-6595.2016v56n1p60-63

Autores

  • Ítalo Eugênio Abreu Faculdade Christhus
  • Francisco Roberto Neves Solon Santa Casa de Misericórdia, Faculdade Christus

DOI:

https://doi.org/10.20513/2447-6595.2016v56n1p60-63

Palavras-chave:

Dermatoses. Vesículas. Prednisona. Eritrodermia. Dapsona.

Resumo

RESUMO JUSTIFICATIVA: Pustulose subcórnea de Sneddon-Wilkinson ou doença de Sneddon-Wilkinson (DSW) é uma dermatose neutrofílica, geralmente benigna, podendo ou não ser associada a neoplasias, acometendo comumente mulheres entre 40 e 50 anos. De etiopatogenia desconhecida, apresenta vesículas pustulosas e pequenas, com conteúdo purulento na região inferior e límpido na superior. OBJETIVO: Apresentar caso clínico de paciente com pustulose subcórnea, que não apresentou boa resposta inicialmente à droga de primeira escolha, dapsona. RELATO DE CASO: Paciente branca, 73 anos, feminino, apresentando placas eritêmato-descamativas disseminadas no abdômen, membro inferior e dorso, sem o acometimento de mucosas. O primeiro diagnóstico foi eritrodermia esfoliativa, com remissão após 3 semanas com uso de predinisona 1 mg/kg, voltando depois a apresentar lesões pustulosas superficiais e dispostas em padrões anulares e serpiginosos distribuídas em todo tegumento. O exame histopatológico, de resultado inconclusivo, levou à segunda hipótese: psoríase pustulosa em foco, sendo então iniciada a dapsona 200 mg. O quadro evoluiu sem melhora e apresentando anemia, podendo esta ser efeito adverso da medicação, visto que não apresentava tal quadro anteriormente. Decidiu-se, então, pela suspensão da dapsona e iniciou-se prednisona, após a qual apresentou melhora parcial do quadro dermatológico e hematológico. O exame anatomopatológico levou a duas possibilidades: pênfigo IgA ou postulose subcórnea. Após o exame imunofluorescência direta confirmou-se diagnóstico para a última, ensejando o reinício da dapsona combinada com a prednisona. O uso da dapsona foi mantida por 1 ano, na dose de 50 mg/dia, resultando no controle do quadro dermatológico, sem recrudescimento da anemia.

Biografia do Autor

Ítalo Eugênio Abreu, Faculdade Christhus

Graduando do Curso de Medicina da Faculdade Christus. Fortaleza, CE, Brasil

Francisco Roberto Neves Solon, Santa Casa de Misericórdia, Faculdade Christus

Médico Clínico e Dermatologista do Serviço de Dermatologia da Santa Casa de Misericórdia, Professor da disciplina de Dermatologia, do Curso de Medicina da Faculdade Christus. Fortaleza-CE, Brasil [Orientador].

Downloads

Publicado

2016-06-30

Edição

Seção

RELATOS DE CASO