Associação de transfusão de concentrado de hemácias (CH) e enterocolite necrosante (ECN): relato de caso

Autores

  • Jun Otsutsumi Junior Maternidade Escola Assis Chateaubriand (MEAC)
  • Maria Marcia Farias Trajano Fontenele Universidade Federal do Ceará (UFC)
  • Maria Francielze Holanda Lavor Universidade Federal do Ceará (UFC)
  • Denise Menezes Brunetta Universidade Federal do Ceará (UFC)

DOI:

https://doi.org/10.20513/2447-6595.2017v57n3p51-53

Palavras-chave:

Enterocolite necrosante. Transfusão de eritrócitos. Recém-nascido. Prematuro.

Resumo

A Enterocolite necrosante é uma síndrome clínicopatológica caracterizada por sinais e sintomas gastrintestinais e sistêmicos. De etiologia incerta, atinge um em cada 1.000 nascidos vivos. Alguns eventos levam à suspeita da síndrome, a qual pode estar associada à transfusão de hemácias. Objetivou-se relatar o caso de um recém-nascido prematuro que apresentou sinais de enterocolite necrosante após uma transfusão sanguínea com concentrado de hemácias. Recém-nascido, internado em uma Maternidade Escola de Fortaleza, Ceará, apresentava bom desenvolvimento e anemia, com hemoglobina 9,34 e hematócrito 30,1, sendo indicada transfusão. Na primeira transfusão, não apresentou reação clínica pós-transfusão; com 51 dias de vida, devido a outro quadro de anemia, foi indicada nova transfusão, apresentando hipoatividade, distensão abdominal e dois episódios de queda de saturação; após 66 dias, houve nova indicação para transfusão, a qual após infusão de 5,1ml evoluiu com novo episódio de taquidispneia, distensão abdominal e hiposaturação. O caso demonstrou evidência e clareza conforme achados na literatura. Observou-se que o uso da imagem como exame complementar para o diagnóstico identifica precocemente os achados da doença.

Biografia do Autor

Jun Otsutsumi Junior, Maternidade Escola Assis Chateaubriand (MEAC)

Médico, Residência em Neonatologia pela Maternidade Escola Assis Chateaubriand (MEAC).

Maria Marcia Farias Trajano Fontenele, Universidade Federal do Ceará (UFC)

Médica pela Universidade Federal do Ceará (UFC), Residência em Pediatra e Neonatologia pela UFC e Especialista em Pediatra e Neonatologia pela Associação Médica Brasileira e Sociedade Brasileira de Pediatria.

Maria Francielze Holanda Lavor, Universidade Federal do Ceará (UFC)

Possui graduação em Medicina pela Universidade Federal do Ceará (1989) , Residência em Pediatria (1990-1992) e Residência em Neonatologia (1992-1993) e mestrado em Saúde Pública pela Universidade Federal do Ceará (2006). Atualmente é médica da Prefeitura Municipal de Fortaleza e médica da Universidade Federal do Ceará. Tem experiência na área de Medicina, com ênfase em Pediatria, atuando principalmente nos seguintes temas: pediatria, recém-nascido, neonatologia, medicina e perinatologia. Tem Mestrado em Saúde Coletiva pela Universidade Federal do Ceará.

Denise Menezes Brunetta, Universidade Federal do Ceará (UFC)

Possui graduação em Medicina pela Universidade Federal do Ceará. Fez Residência em Clínica Médica e Hematologia e Hemoterapia no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto - USP. É especialista em Hematologia e Hemoterapia pela Sociedade Brasileira de Hematologia e Hemoterapia. Atualmente é médica Hematologista e Hemoterapeuta do Centro de Hematologia e Hemoterapia do Ceará e do Complexo Hospitalar da Universidade Federal do Ceará, atuando como coordenadora médica do Laboratório de Imunohematologia do HEMOCE e responsável técnica das Agências Transfusionais do Hospital Universitário Walter Cantídio e da Maternidade Escola Assis Chateaubriand. Recebeu o título de Mestre em Ciências Médicas pela Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto - USP, em 2012, e de Doutora em Ciências Médico-Cirúrgicas pela Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Ceará, em 2016.

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Publicado

2017-12-04

Edição

Seção

RELATOS DE CASO