Repercussões anatomofisiológicas em recém-nascidos expostos a drogas ilícitas no período gestacional: revisão narrativa

Autores

  • Sandra Mary Silva Barbosa Universidade Federal do Ceará (UFC)
  • Taiane da Silva Soares Escola de Saúde Pública do Ceará
  • Naesio Ramos de Oliveira Faculdade de Tecnologia Intensiva
  • Elisete Mendes Carvalho Universidade Federal do Ceará (UFC)
  • Antônia Ionésia Araújo do Amaral Universidade Federal do Ceará (UFC)
  • João Joaquim Freitas do Amaral Universidade Federal do Ceará (UFC)
  • Maxsuênia Queiroz Medeiros Maternidade Escola Assis Chateaubriand (MEAC), Universidade Federal do Ceará.
  • Francisco Herlânio Costa Carvalho Universidade Federal do Ceará (UFC)

DOI:

https://doi.org/10.20513/2447-6595.2018v58n4p46-51

Palavras-chave:

Recém-nascido, Drogas ilícitas, Gravidez, Anormalidades induzidas por medicamentos

Resumo

Introdução: a exposição do feto a drogas ilícitas ainda na gestação pode acarretar em malformações, deformidades e efeitos deletérios ao sistema nervoso central do recém-nascido (RN). Objetivo: realizar uma revisão de literatura acerca das repercussões anatomofisiológicas em recém-nascidos causados pelo uso de drogas ilícitas no período gestacional. Material e Métodos: estudo de revisão narrativa com busca nas bases de dados eletrônicas LILACS, BIREME, MEDLINE, SCIELO e a CAPES, livros, teses, publicações e/ou documentos publicados por órgãos de saúde com período entre 2000 e 2017, nos idiomas português, espanhol e inglês. Foram utilizados os seguintes descritores: recém-nascido, drogas ilícitas, gravidez, anormalidades induzidas por medicamentos e excluídos materiais que trouxessem hipóteses inespecíficas ou as alterações neonatais como extensão adulta descrita pela literatura. Resultados e Discussão: as drogas ilícitas podem atravessar a barreira placentária e hematoencefálica fetal, levando a repercussões importantes no período pós-natal, como a Síndrome de Abstinência Neonatal (SAN), alterações no desenvolvimento da primeira infância, comprometimento neurocomportamental, respiratório e malformações congênitas. Conclusão: um recém-nascido em situação de risco para drogas pode apresentar diversas alterações neurológicas, comportamentais, respiratórias, cardiovasculares, físicas e cinético-funcionais, não podendo afirmar se as alterações neurológicas e comportamentais são permanentes, mas especula-se que haja prejuízos em longo prazo.

Biografia do Autor

Sandra Mary Silva Barbosa, Universidade Federal do Ceará (UFC)

Graduada em Fisioterapia pela Faculdade Integrada do Ceará (2007). Especialista em Fisioterapia Cardiovascular e Respiratória pela Universidade de Fortaleza (2009). Mestranda (ativa) em Saúde Pública pela Universidade Federal do Ceará-UFC. Membro do grupo e responsável pela implantação da Rede de Cuidados às Gestantes, Puérperas e Recém-nascidos em Uso de Substância Psicoativas - REMDA, na Maternidade Escola Assis Chateaubriand-UFC. Pesquisadora do grupo de estudos REMDA: realiza estudos na área de desenvolvimento neurocomportamental em Neonatos submetidos a Drogas durante a gestação. Foi preceptora (voluntária) da Residência Multiprofissional - RESMULT-UFC na área de atenção à saúde da mulher e da criança (2010 - 2016). Tutora do Método Canguru-CE pelo Ministério da saúde (2012). Docente da Faculdade de Tecnologia Intensiva - CE.

Taiane da Silva Soares, Escola de Saúde Pública do Ceará

Graduada em Fisioterapia pela Faculdade de Tecnologia Intensiva - FATECI (2016), Residente em Urgência e Emergência pela Escola de Saúde Pública do Ceará - ESP/CE, foi Fisioterapeuta pelo Programa de Aprimoramento em Fisioterapia Cardiorrespiratória do Hospital de Messejana Dr. Carlos Alberto Studart Gomes (2016-2017) com experiência nas áreas de Terapia Intensiva Adulto e Reabilitação Pulmonar, atualmente é Fisioterapeuta do Hospital Geral do Exército de Fortaleza com atuação na Unidade de Terapia Intensiva.

Naesio Ramos de Oliveira, Faculdade de Tecnologia Intensiva

Graduando em Fisioterapia pela Faculdade de Tecnologia Intensiva - FATECI.

Elisete Mendes Carvalho, Universidade Federal do Ceará (UFC)

Doutora em Farmacologia pela Universidade Federal do Ceará (UFC), Docente do Curso de Fisioterapia da Universidade Federal do Ceará (UFC), Fisioterapeuta da Maternidade Escola Assis Chateaubriand (MEAC/UFC).

Antônia Ionésia Araújo do Amaral, Universidade Federal do Ceará (UFC)

Mestre em Medicina (Ginecologia) pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Docente da Universidade Federal do Ceará (UFC).

João Joaquim Freitas do Amaral, Universidade Federal do Ceará (UFC)

Doutor em Epidemiologia pela Universidade Federal do Pelotas/RS, Docente Adjunto em Pediatria da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Ceará (UFC), Médico Pediatra do Hospital Infantil Albert Sabin.

Maxsuênia Queiroz Medeiros, Maternidade Escola Assis Chateaubriand (MEAC), Universidade Federal do Ceará.

Mestre em Saúde Pública pela Universidade Federal do Ceará (UFC), Docente do curso de Fisioterapia da Faculdade de Tecnologia Intensiva (FATECI), Fisioterapeuta da Maternidade Escola Assis Chateaubriand (MEAC).

Francisco Herlânio Costa Carvalho, Universidade Federal do Ceará (UFC)

Doutor em Medicina (Obstetrícia) pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), Docente do Programa de Pós-graduação em Saúde Coletiva do Departamento de Saúde Comunitária da Universidade Federal do Ceará, Médico Obstetra da Maternidade Escola Assis Chateaubriand (MEAC).

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Publicado

2018-12-26

Edição

Seção

ARTIGOS DE REVISÃO