Hiperparatireoidismo pós-transplante em uma unidade de transplante renal do nordeste do Brasil: prevalência e aspectos clínicos
DOI:
https://doi.org/10.20513/2447-6595.2019v59n2p27-32Palavras-chave:
Transplante de rim, Hiperparatireoidismo, PrevalênciaResumo
Introdução: o hiperparatireoidismo (HPT) após o transplante renal (Tx) tem prevalência variável e impacto negativo na sobrevida do enxerto/paciente. Objetivo: avaliar a prevalência de HPT persistente em uma unidade de Tx renal e a correlação entre o paratormônio (PTH) e variáveis clínicas/laboratoriais. Métodos: foi considerado HPT persistente níveis de PTH ≥ 100pg/ml após 12 meses (m) de Tx, sendo testada a correlação do PTH com tempo em diálise, creatinina, taxa de filtração glomerular, cálcio, fósforo, Hb, pressão arterial sistólica (PAS) e pressão arterial diastólica (PAD). Resultados: analisados 68 pacientes, idade média de 43 anos, 70,6% do masculino. HPT foi observado em 88% aos 12 m e 33% aos 24 m. Houve correlação linear negativa significativa do PTH com o fósforo aos 12 m e positiva com a PAD aos 24 m e entre o tempo em diálise e o PTH pré-Tx aos 12 e 24 meses. Entre os grupos com PTH < 100 pg/ml e PTH ≥ 100 pg/ml, foi observado diferença significativa em relação ao fósforo aos 12 m (p=0,040); creatinina (p=0,018) e taxa de filtração glomerular (TFG) (p= 0,020) aos 24 m. Conclusão: a prevalência de HPT persistente no primeiro ano após o Tx renal foi elevada, com melhora nesta taxa após 24 meses. Foi detectada correlação significativa do PTH com o tempo em diálise, fósforo e a PAD, assim como houve uma diferença significativa entre os grupos de PTH para o fósforo aos 12 m, e creatinina e TFG aos 24 m. Estudos adicionais e com delineamento prospectivo permitirão melhor investigação do HPT pós-Tx, incluindo aspectos de prevenção, tratamento e morbimortalidade.
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