Hiperparatireoidismo pós-transplante em uma unidade de transplante renal do nordeste do Brasil: prevalência e aspectos clínicos

Autores

  • David Oliveira Barbosa Universidade Federal do Ceará (UFC). http://orcid.org/0000-0001-5209-1694
  • Silvana Andrade Albuquerque Hospital Universitario Walter Cantidio (HUWC).
  • Paulo César de Almeida Universidade Estadual do Ceará (UFC)
  • Ana Clecia de Oliveira Martins Hospital Geral de Fortaleza (HGF)
  • Paula Frassinetti Castelo Branco Camurãa Fernandes Hospital Universitario Walter Cantidio (HUWC).
  • Claudia Maria Costa de Oliveira Hospital Universitario Walter Cantidio (HUWC).

DOI:

https://doi.org/10.20513/2447-6595.2019v59n2p27-32

Palavras-chave:

Transplante de rim, Hiperparatireoidismo, Prevalência

Resumo

Introdução: o hiperparatireoidismo (HPT) após o transplante renal (Tx) tem prevalência variável e impacto negativo na sobrevida do enxerto/paciente. Objetivo: avaliar a prevalência de HPT persistente em uma unidade de Tx renal e a correlação entre o paratormônio (PTH) e variáveis clínicas/laboratoriais. Métodos: foi considerado HPT persistente níveis de PTH ≥ 100pg/ml após 12 meses (m) de Tx, sendo testada a correlação do PTH com tempo em diálise, creatinina, taxa de filtração glomerular, cálcio, fósforo, Hb, pressão arterial sistólica (PAS) e pressão arterial diastólica (PAD). Resultados: analisados 68 pacientes, idade média de 43 anos, 70,6% do masculino. HPT foi observado em 88% aos 12 m e 33% aos 24 m. Houve correlação linear negativa significativa do PTH com o fósforo aos 12 m e positiva com a PAD aos 24 m e entre o tempo em diálise e o PTH pré-Tx aos 12 e 24 meses. Entre os grupos com PTH < 100 pg/ml e PTH ≥ 100 pg/ml, foi observado diferença significativa em relação ao fósforo aos 12 m (p=0,040); creatinina (p=0,018) e taxa de filtração glomerular (TFG) (p= 0,020) aos 24 m. Conclusão: a prevalência de HPT persistente no primeiro ano após o Tx renal foi elevada, com melhora nesta taxa após 24 meses. Foi detectada correlação significativa do PTH com o tempo em diálise, fósforo e a PAD, assim como houve uma diferença significativa entre os grupos de PTH para o fósforo aos 12 m, e creatinina e TFG aos 24 m. Estudos adicionais e com delineamento prospectivo permitirão melhor investigação do HPT pós-Tx, incluindo aspectos de prevenção, tratamento e morbimortalidade.

Biografia do Autor

David Oliveira Barbosa, Universidade Federal do Ceará (UFC).

Formado em Medicina pela Faculdade de medicina estácio de Juazeiro do Norte, fiz residência médica em clinica médica pela Faculdade de medicina estácio de Juazeiro do Norte, fiz residencia médica em nefrologia pelo HUWC.

Silvana Andrade Albuquerque, Hospital Universitario Walter Cantidio (HUWC).

Mestre em Medicina Clínica. Nefrologista da Unidade de Transplante Renal, Hospital Universitario Walter Cantidio (HUWC).

Paulo César de Almeida, Universidade Estadual do Ceará (UFC)

Doutor em Saúde Pública (USP). Professor do Centro de Ciências da Saúde, Universidade Estadual do Ceará (UFC).

Ana Clecia de Oliveira Martins, Hospital Geral de Fortaleza (HGF)

Especialista em Educação em Saúde, Fiocruz. Fisioterapeuta do Hospital Geral de Fortaleza, Ceará.

Paula Frassinetti Castelo Branco Camurãa Fernandes, Hospital Universitario Walter Cantidio (HUWC).

Doutora em Epidemiologia (USP). Professora da Faculdade de Medicina, Universidade Estadual do Ceará. Nefrologista da Unidade de Transplante Renal do Hospital Universitario Walter Cantidio, Fortaleza-Ceará.

Claudia Maria Costa de Oliveira, Hospital Universitario Walter Cantidio (HUWC).

Doutora em Ciências da Saúde (UFRN). Professora da Faculdade de Medicina do Centro Universitario UniChristus. Nefrologista da Unidade de Transplante Renal do Hospital Universitario Walter Cantidio, Fortaleza-Ceará.

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Publicado

2019-06-19

Edição

Seção

ARTIGOS ORIGINAIS