Icterícia neonatal e seus fatores perinatais associados: perfil dos recém-nascidos internados em uma unidade de terapia intensiva neonatal de maternidade de referência terciária no município de Fortaleza – Ceará
DOI:
https://doi.org/10.20513/2447-6595.2020v60n2p11-17Palavras-chave:
Icterícia neonatal, Unidades de Terapia Intensiva Neonatal, Fototerapia, Recém-nascidoResumo
Objetivos: conhecer o perfil de recém-nascidos (RN) internados em unidade de terapia intensiva (UTIN), no Serviço de Neonatologia de uma maternidade pública terciária do município de Fortaleza, que apresentaram icterícia. Metodologia: estudo transversal, prospectivo, sendo os dados coletados nos prontuários de 01 de fevereiro a 31 de julho de 2018, utilizando questionário simples. As análises estatísticas foram realizadas no programa software R 3.3.1 e Microsoft Excel® 2016. Resultados: os dados revelaram que 70,7% dos RN apresentaram icterícia significativa e 84,5% tinham idade gestacional menor que 35 semanas. O sexo masculino apresentou-se em 58,2% dos casos. Em 65,3% o tempo de clampeamento do cordão umbilical foi menor que 1 minuto. A taxa de sepse precoce foi de 68% e a de sepse tardia de 35,9%. A hemorragia peri-intraventricular (HPIV) esteve presente em 37,4% da amostra. O índice de policitemia foi de 1%. Pré-eclâmpsia foi fator protetor para icterícia significativa. Fototerapia foi realizada em todos os RN e 5,1% necessitaram de exsanguíneotransfusão. Conclusões: a prematuridade abaixo de 35 semanas foi o principal fator associado a icterícia de alto risco e esforços obstétricos e neonatais voltados para a sua prevenção são necessários no sentido de melhorar esse quadro e seus fatores relacionados.
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