Síndrome lupus-like induzida pelo uso do infliximabe em paciente portador de doença inflamatória intestinal

Autores

  • Livia Maria Sampaio Pinheiro Universidade Federal do Ceará (UFC)
  • Lucia Libanez Bessa Campelo Braga Universidade Federal do Ceará (UFC), Hospital Universitário Walter Cantídio (HUWC)
  • Ranna Caroline Bezerra Siebra Universidade Federal do Ceará (UFC), Hospital Universitário Walter Cantídio (HUWC), Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH)
  • Isabele de Sá Silveira Melo Universidade Federal do Ceará (UFC), Hospital Universitário Walter Cantídio (HUWC), Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH)
  • Sarah Araújo Loss Universidade Federal do Ceará (UFC)

DOI:

https://doi.org/10.20513/2447-6595.2020v60n2p47-50

Palavras-chave:

Infliximab, Efeitos adversos, Doença inflamatória intestinal

Resumo

As doenças inflamatórias intestinais (DII) são afecções imunomediadas do trato digestivo cujo tratamento pode incluir os anti-TNF alfa. Sabe-se que essas drogas podem causar desordens autoimunes, que variam desde a indução de auto anticorpos a doenças autoimunes mais sérias, como a síndrome lupus-like, que é incomum e pouco descrita na literatura. Nesse estudo, é apresentado um caso de paciente do sexo feminino, 29 anos, portadora de Doença de Crohn fistulizante, que, após 1 ano e 5 meses do uso do infliximabe evoluiu com quadro de artrite periférica em articulações das mãos, punhos e joelhos e, após 5 meses, rash malar e fotossensibilidade. A dosagem do FAN foi 1:640, padrão homogêneo, e C4 estava reduzido. Nesse contexto, foi suspeitado da síndrome lupus-like induzida pelo uso do anti-TNF alfa, sendo iniciado prednisona, e o infliximabe foi substituído por adalimumabe, ocorrendo resolução dos sintomas. Não há critérios diagnósticos específicos para lúpus induzido por drogas e geralmente os pacientes apresentam sintomas cutâneo articulares e auto anticorpos positivos, ocorrendo melhora clínica após suspensão da droga. É controverso se deveria ser reiniciado outro anti-TNF alfa ou um biológico de outra classe, sendo necessário novos estudos sobre a segurança dessas drogas em pacientes que desenvolveram a síndrome lupus-like.

Biografia do Autor

Lucia Libanez Bessa Campelo Braga, Universidade Federal do Ceará (UFC), Hospital Universitário Walter Cantídio (HUWC)

Coordenadora do Programa de Residência em Gastroenterologia, Chefe do Serviço de Gastroenterologia do Hospital Universitário Walter Cantidio (HUWC), professora de Gastroenterologia do Departamento de Medicina Clinica da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Ceará.

Ranna Caroline Bezerra Siebra, Universidade Federal do Ceará (UFC), Hospital Universitário Walter Cantídio (HUWC), Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH)

Médica Gastroenterologista do Hospital Universitário Walter Cantídeo (HUWC), Universidade Federal do Ceará (UFC) e Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH), Fortaleza, Ceará, Brasil.

Isabele de Sá Silveira Melo, Universidade Federal do Ceará (UFC), Hospital Universitário Walter Cantídio (HUWC), Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH)

Médica Gastroenterologista do Hospital Universitário Walter Cantídeo (HUWC), Universidade Federal do Ceará (UFC) e Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH), Fortaleza, Ceará, Brasil.

Sarah Araújo Loss, Universidade Federal do Ceará (UFC)

Estudante de Medicina, Universidade Federal do Ceará.

Downloads

Publicado

2020-06-23

Edição

Seção

RELATOS DE CASO