Atendimento ginecológico ao homem trans: a experiência de uma maternidade escola
DOI:
https://doi.org/10.20513/2447-6595.2022v62n1e62700p1-8Palavras-chave:
Sexualidade, Pessoa transgênero, Política PúblicaResumo
Introdução: A pessoa transgênero traz demandas de saúde para além das questões da transexualidade, como o acompanhamento por patologias do trato genital e das mamas, sendo necessário um atendimento de qualidade que garanta seus direitos, desde o nome social ao respeito à sua individualidade. Objetivo: Relatar o atendimento ao homem transgênero, analisar o perfil dos indivíduos que chegam ao serviço de referência em um hospital universitário e identificar suas demandas de saúde. Metodologia: Trata-se de estudo transversal quantitativo que analisou prontuários de 40 pacientes por meio de questionário com informações de triagem e de aspectos da sexualidade. Resultados: A média de idade dos pacientes foi de 25,6 anos. Treze pacientes apresentaram histórico de transtorno psiquiátrico. Cinco deles trouxeram relatos de violência, sendo mais recorrente a violência sexual. Em relação à vida sexual, um não teve a sexarca e 57,5% tinham práticas sexuais penetrativas. Sobre o processo transexualizador, 2 pacientes tiveram acesso à mastectomia masculinizante, 1 à histerosalpingooforectomia bilateral e 17 têm interesse em realizar as cirurgias. Conclusão: Foi notável que os homens trans têm demandas além do atendimento ginecológico e do processo transexualizador, que necessitam ser atendidas e identificadas por profissionais de saúde capacitados e livres de preconceitos.
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