Miocardite lúpica, da insuficiência cardíaca severa à normalização da função cardíaca – relato de caso

Autores/as

  • Myrian Lopes Arruda Carneiro Hospital Universitário Walter Cantídio (HUWC)
  • Tacilla Hanny de Souza Andrade Universidade Estadual do Ceará (UECE)
  • Maurício Yukio Ogawa Universidade Federal do Ceará (UFC)
  • Fernanda Nogueira Holanda Ferreira Braga Hospital Universitário Walter Cantídio (HUWC), Universidade Federal do Ceará (UFC)

DOI:

https://doi.org/10.20513/2447-6595.2017v57n2p76-78

Palabras clave:

Miocardite. Lúpus eritematoso sistêmico. Insuficiência cardíaca.

Resumen

Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES) é uma doença inflamatória sistêmica autoimune, acometendo o miocárdio em 10% dos pacientes, entretanto, costuma causar apenas disfunção leve. Apenas 5% dos casos evoluem para insuficiência cardíaca (IC). Paciente do sexo feminino, 56 anos, apresentou, em janeiro de 2002, quadro de artrite em interfalangeanas de ambas as mãos, febre diária com calafrios e artralgias em ombros e joelhos, sendo diagnosticada com lúpus (fator antinuclear padrão salpicado – 1:160 e padrão periférico 1:80). Em novembro de 2003, paciente apresentou quadro de dispneia súbita aos pequenos esforços associada a dor retroesternal contínua e presença de bulhas hipofonéticas, sendo realizado ecodopplercardiograma, o qual evidenciou fração de ejeção 24%. Foi diagnosticada com IC por miocardite lúpica com posterior recuperação da fração de ejeção após terapia de imunossupressão e otimimização da IC. Manteve quadro estável e acompanhamento. Em janeiro de 2016 apresentou novo quadro de IC por miocardite lúpica com nova recuperação da função cardíaca. Apesar da baixa incidência da IC por miocardite lúpica, o médico deve sempre manter o grau de alta suspeição quando diante de certo quadro clínico, por conta da elevada morbimortalidade.

Biografía del autor/a

Myrian Lopes Arruda Carneiro, Hospital Universitário Walter Cantídio (HUWC)

Médica residente de clínica médica do Hospital Universitário Walter Cantídio (HUWC)

Tacilla Hanny de Souza Andrade, Universidade Estadual do Ceará (UECE)

Aluna de medicina da Universidade Estadual do Ceará (UECE)

Maurício Yukio Ogawa, Universidade Federal do Ceará (UFC)

Aluno de medicina da Universidade Federal do Ceará (UFC)

Fernanda Nogueira Holanda Ferreira Braga, Hospital Universitário Walter Cantídio (HUWC), Universidade Federal do Ceará (UFC)

Possui graduação em Medicina pela Universidade Federal do Ceará (1997). Residência médica em Clínica Médica na Universidade de São Paulo de Ribeirão Preto (1998-1999). Residência Médica em Reumatologia na Universidade de São Paulo de Ribeirão Preto (1999-2001). Mestrado em Patologia na Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Ceará (2005). Doutoranda em Saúde Coletiva na Universidade Estadual do Ceará (2016). Certificada em Densitometria óssea pela Sociedade Internacional de Densitometria Clínica (2012). Atualmente é Médica Assistente do Serviço de Reumatologia do Hospital Universitário Walter Cantídeo da Universidade Federal do Ceará. Chefe da Unidade de Clínica Médica do Hospital Universitário Walter Cantídeo. Professora Assistente do Curso de Medicina da Universidade Estadual do Ceará. Tem experiência na área de Medicina, com ênfase em Clínica Médica e Reumatologia, atuando principalmente nos seguintes temas: lupus eritematoso sistêmico, nefrite lúpica, artrite reumatóide, doenças osteometabólicas (osteoporose), immunohistoquímica, macrófagos, linfócitos.

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Publicado

2017-08-24

Número

Vol. 57 Núm. 2 (2017): Revista de Medicina da UFC

Sección

RELATOS DE CASO

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