Areias ao vento ou Vestígios de um trabalho de arte, vida, dança, memória
Resumo
Com o estudo da instalação coreográfica Vestígios, proposta por Marta Soares, propõe-se a noção de composição “coletiva” em dança, onde humanos e não/humanos têm possibilidade de devir, cocriando arranjos sociomateriais e mobilizando o respeito por modos de vida não hegemônicos. O texto guiou-se pela objetividade feminista – “conhecimento situado” – que se opõe à universalidade abstrata, o que possibilitou o diálogo entre composição “coletiva” e decolonialidade. Ao colocar à baila a areia também como protagonista do trabalho artístico, o texto apresenta uma escrita constituída por e que constitui espacialidades, temporalidades, memórias e mundos que se encarnam em e com Vestígios.
Palavras-chave: composição “coletiva” em dança; humanos e não/humanos; Vestígios; areia; arranjos sociomateriais em arte/vida.