O duplo do mundo
convergências teóricas e imagéticas entre Edgar Morin e Antonin Artaud para o cinema como dispositivo afetivo
DOI:
https://doi.org/10.36517/vazppgartesufc2020.2.60377Palavras-chave:
Cinema, Edgar Morin, Antonin ArtaudResumo
Investigar o cinema como dispositivo afetivo a partir do diálogo entre Edgar Morin e Antonin Artaud é o objetivo deste artigo. Enquanto Morin estabelece paralelos entre o pensamento mágico e o cinema a partir de uma perspectiva antropológica, Antonin Artaud propõe a renovação sensorial no âmbito da produção/ fruição artística. Em ambos, as relações afetivas assumem destaque e os intercâmbios com universos mágicos são destacados. Para Morin, a ilusão cinematográfica estabelece fortes conexões com o funcionamento de grupos sociais e a própria constituição humana em contato com o mundo. Para Artaud, o cinema possibilita o encontro com o estado primitivo das coisas, num constante embate entre o sentido e a materialidade da linguagem.