UTOPIA EM PLATÃO E EM CHRISTINE DE PISAN: UMA CIDADE IDEAL PARA QUEM?
DOI:
https://doi.org/10.30611/2024n34id95606Palavras-chave:
Utopia, A Cidade das Damas, A República, Platão, Christine de PisanResumo
O presente artigo visa desenvolver uma análise comparativa entre as utopias políticas presentes nos textos A República (380 a.C.) de Platão (427 - 347 a.C.) e A Cidade das Damas (1405), de Christine de Pisan (1364 - 1430). Para tanto, parte-se da reflexão de questões como: ao se definir uma cidade ideal, para quem ela é, verdadeiramente, idealizada? Quem se beneficia com o modo com a qual é estruturada? Quais as bases morais que a sustenta? A partir disto, busca-se evidenciar os elementos em comum e diferentes do modo como são construídas as utopias de Platão e de Pisan considerando o contexto em que foram formulados e os anseios de suas autorias. Para tanto, o foco desta análise está no papel da mulher nas duas obras, de forma que, na construção teórica, além dos textos já mencionados, são presentes aqueles que clarificam e classificam os significados das utopias e estudos que analisam o papel da mulher nos textos mencionados.
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