PSEUDOPALAVRAS COMO MÉTODO DE INVESTIGAÇÃO DA SINESTESIA

Autores

  • Ihan de Abreu Leite Peixoto
  • Brenda Késsia Arruda de Souza
  • Elisângela Nogueira Teixeira
  • Elisangela Nogueira Teixeira

Resumo

A sinestesia, entendida como uma condição neurológica, pode ser definida como um cruzamento de dois sentidos, ou seja, um estímulo sensorial evoca sensações associadas a uma sensação de outra natureza (SIMNER, 2011). De acordo com alguns autores (por exemplo, MARKIN et al, 2016; SIMNER, 2017), a sinestesia é uma condição que pode ser estudada dentro do campo da linguagem. Dessa forma, foi construída uma Bateria de Testes capaz de identificar tais indivíduos. Essa Bateria foi adaptada com base na Synesthesia Battery (EAGLEMAN et al. 2006), que consiste numa triagem para detectar potenciais sinestetas, seguida de testes de associação entre estímulos indutores e sensações concorrentes, além de outras questões objetivas e subjetivas. Depois de entrevistar 600 pessoas, foram encontrados 41 sinestetas em potencial e, desse número, 13 sinestetas efetivos, diagnosticados através de duas sessões da Bateria de Sinestesia. Além disso, 42 pessoas formam o grupo controle desta investigação. Após a identificação do grupo de sinestetas, faremos um teste de aprendizagem de pseudopalavras. O teste é formado por três etapas: a leitura de um texto introdutório, a aprendizagem de pseudopalavras e os testes de lembrança (recall). O texto que será apresentado ao grupo de sinestetas, sobre uma sociedade fictícia chamada Civilização dos Taurans, contém 12 pseudopalavras, que foram avaliadas por um grupo diferente do grupo dos sinestetas (N=51). As pseudopalavras serão divididas igualmente em duas categorias: numérica e não numérica. Serão apresentadas aos participantes 5 frases para cada pseudopalavra, totalizando 60 estímulos. O objetivo da etapa final deste estudo é utilizar a sinestesia como uma ferramenta para o estudo de como as palavras estão organizadas na mente dos indivíduos.

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Publicado

2019-01-01

Edição

Seção

XXXVIII Encontro de Iniciação Científica