A FALTA DE ATIVIDADES PRÁTICAS COMO DIFICULDADE NO APRENDIZADO DE ANATOMIA HUMANA

Autores

  • Joao Felipe Martins Tomaz
  • Victor da Silva Lima
  • Pedro Quaranta Alves Cavalcanti
  • Jean Lopes Queiroz
  • Caio Silas Rodrigues Costa
  • Caroline Mary Gurgel Dias Florencio

Resumo

O retorno acadêmico de forma remota devido à pandemia do Covid-19 afetou cursos que precisam de um ensino prático, como a Medicina. Este estudo objetivou avaliar o rendimento, a satisfação e os impactos causados aos alunos do curso de Medicina e buscou verificar a satisfação e o rendimento na disciplina de anatomia on-line e os prejuízos no aprendizado pela falta de atividades práticas. Foi feito um estudo transversal em 2021.1 com alunos do segundo semestre de Medicina da UFC no período 2020.2 que tiveram participação mínima de 75% nas aulas, nas demais atividades e que fizeram todas as provas da disciplina de anatomia. Os critérios de exclusão do estudo foram falha na comunicação, abandono do curso e negação de participação. A coleta de dados foi feita através de questionário on-line, com 23 perguntas objetivas e subjetivas, e foi analisada através de uma escala avaliativa. Realizou-se a média e o desvio padrão das respostas e obteve-se que 70,51% da turma participaram da pesquisa, a média da idade foi de 21,2 anos; 69,1% não havia iniciado outra graduação; 92,7% não exerciam atividades remuneradas e 29,1% possuíam renda mensal de 1 a 3 salários mínimos. Notou-se que 81,8% usavam outras formas de estudo (aplicativos, pintura, jogos), 61,7% avaliaram como satisfatório o ensino on-line e 83,6% afirmaram que se sairiam melhor se houvesse aulas práticas presenciais. Ademais, foi utilizada uma escala de 1 a 10 (1=prejuízo mínimo, 10=prejuízo máximo) e obteve-se uma média de 7.5 para os prejuízos na formação profissional; média de 6.8 para avaliação do próprio rendimento; média de 5.96 para retenção do conhecimento. Foi observado aprendizado menor que 60% em sistema nervoso e linfático; aprendizado de quase 70% em sistema cardiorrespiratório e digestório. Por fim, 60% dos alunos indicam que não se sentem confortáveis em identificar peças anatômicas em cadáveres reais e 94,6% consideram que houve alto prejuízo no aprendizado da anatomia humana pela ausência de práticas.

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Publicado

2021-01-01

Como Citar

Felipe Martins Tomaz, J., Lima, V. da S., Quaranta Alves Cavalcanti, P., Lopes Queiroz, J., Silas Rodrigues Costa, C., & Mary Gurgel Dias Florencio, C. (2021). A FALTA DE ATIVIDADES PRÁTICAS COMO DIFICULDADE NO APRENDIZADO DE ANATOMIA HUMANA. Encontros Universitários Da UFC, 6(2), 689. Recuperado de https://periodicos.ufc.br/eu/article/view/73812

Edição

Seção

XL Encontro de Iniciação Científica