ASPECTOS DA ECOLOGIA DA INFESTAÇÃO DA LIANA INVASORA CRYPTOSTEGIA MADAGASCARIENSIS SOBRE COPERNICIA PRUNIFERA E IMPLICAÇÕES PARA O MANEJO DE ÁREAS INVADIDAS

Autores

  • Mirela Ribeiro Marinho Gomes
  • Ana Lívia de Castro Severo de Oliveira
  • Rafael Carvalho da Costa

Resumo

Plantas invasoras são uma importante causa de extinção de espécies nativas, sendo necessário compreender detalhes dos seus efeitos para propor estratégias de controle. Assim, avaliamos aspectos da infestação da liana invasora Cryptostegia madagascariensis sobre Copernicia prunifera (Carnaúba)respondendo as perguntas: 1) Qual o tamanho mínimo no qual as lianas invasoras passam a utilizar carnaúbas como suporte? 2)Em quanto tempo alcançam a copa de uma carnaúba? 3)Qual a relação entre a distância de plantas invasoras e a probabilidade de infestação de carnaúbas? Para isso, coletamos dados em três sítios de monitoramento da invasora nos municípios de Caucaia, Granja e Jaguaruana, Ceará. O levantamento foi conduzido em 69 parcelas, nos anos de 2019 e 2021,onde foram coletados dados das invasoras: diâmetro basal, altura de infestação e uso de suporte; e das carnaúbas: altura, nível de infestação (0-sem infestação, 1-infestação do caule, 2-infestação da copa, 3-copa "sufocada") e distâncias entre infestantes e infestadas. Encontramos que os diâmetros críticos nos quais lianas infestantes passam a utilizar carnaúbas como suporte (probabilidade de 20% de infestar), foram 24,76 mm (Caucaia), 9,02mm (Jaguaruana) e 21,26 mm (Granja). As taxas de incremento absoluto da altura de infestação indicam que o intervalo entre o fim de 2019 e início de 2021 foi suficiente para as lianas passarem do nível de infestação 1 para 3. Em média, as infestantes estiveram a 2,4 m da carnaúba infestada, embora plantas mais distantes também possam infestar. Por outro lado, podem haver não infestantes tão próximas quanto as infestantes. Esses resultados indicam que o manejo com remoção mecânica deve incluir invasoras de pequeno tamanho, ter uma alta frequência (<2 anos)e priorizar um raio de 2,4 metros das carnaúbas para evitar a infestação e perda de carnaúbas. Corte direcionado e uso controlado do fogo seriam métodos elegíveis.

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Publicado

2021-01-01

Como Citar

Ribeiro Marinho Gomes, M., Lívia de Castro Severo de Oliveira, A., & Carvalho da Costa, R. (2021). ASPECTOS DA ECOLOGIA DA INFESTAÇÃO DA LIANA INVASORA CRYPTOSTEGIA MADAGASCARIENSIS SOBRE COPERNICIA PRUNIFERA E IMPLICAÇÕES PARA O MANEJO DE ÁREAS INVADIDAS. Encontros Universitários Da UFC, 6(2), 852. Recuperado de https://periodicos.ufc.br/eu/article/view/73975

Edição

Seção

XL Encontro de Iniciação Científica