FATORES SOCIODEMOGRÁFICOS DA EQUIPE DE ENFERMAGEM RELACIONADOS A SEGURANÇA DO PACIENTE COM DOENÇA RENAL CRÔNICA

Resumo

As terapias substitutivas expõem os portadores de doença renal crônica a um potencial risco de eventos adversos devido a quantidade de intervenções durante o tratamento hemodialítico. Com isso, os profissionais de saúde devem atuar de forma efetiva durante as sessões de hemodiálise, a fim de garantir uma assistência segura. Neste cenário, esta pesquisa teve o objetivo de verificar os fatores sociodemográficos dos profissionais de enfermagem associados a segurança do paciente em clínicas de hemodiálise. O método utilizado foi um estudo transversal com abordagem quantitativa. A amostra foi composta por três clínicas de hemodiálise da região de Fortaleza. Foram selecionados por conveniência 30 técnicos de enfermagem e sete enfermeiros. A coleta de dados foi realizada por meio da aplicação da Escala de Avaliação da Segurança do Paciente Renal Crônico em Hemodiálise (EASPRCH). Os dados foram analisados por estatística descritiva e analítica pelo pacote estatístico SPSS versão 20.0. O estudo foi aprovado no comitê de ética sob parecer 3.255.635. Na análise do perfil sociodemográfico, houve predomínio de profissionais do sexo feminino 35 (94,5%), sem união estável 27 (72,9%), enfermeiros com especialidade em nefrologia 4 (57,1%). As variáveis com significância estatística foram: estado civil (p=0,000), grau de formação profissional (p= 0,000), renda familiar (p=0,013), religião (p= 0,008), carga horária semanal de trabalho (p=0,000), tempo de trabalho em nefrologia (p=0,023) e dimensionamento profissional da equipe (p=0,000). Dessa forma, pode-se observar que fatores sociodemográficos estão associados ao nível de segurança do paciente. Assim, sugere-se que durante a assistência seja utilizada ferramentas como, o processo de enfermagem, guias e protocolos, para que os fatores externos não influenciem no cuidado seguro.