MODELAGEM DE NICHO ECOLÓGICO DA ESPÉCIE TACINGA PALMADORA (BRITTON & ROSE) N.P.TAYLOR & STUPPY

Autores

  • Taynara Rabelo Costa
  • Geovana Catunda Gomes da Costa
  • Maria Ligia Farias Costa
  • Maria Ruth de Oliveira Ribeiro
  • Marcelo Freire Moro

Resumo

O Domínio Fitogeográfico da Caatinga abrange uma área em torno de 844.000 km², disposto majoritariamente sobre a região Nordeste do Brasil, sendo o único domínio fitogeográfico englobado em sua totalidade no território brasileiro. Ele possui uma flora de mais de 3 mil espécies, das quais 526 são endêmicas. Uma delas é a espécie Tacinga palmadora (Britton & Rose) N.P.Taylor & Stuppy, pertencente à família Cactaceae, conhecida popularmente como palmatória-de-espinho. É um cacto endêmico da Caatinga, distribuído em quase todos os Estados do Nordeste. Apesar de estar classificada como grau de ameaça de extinção “Pouco Preocupante”, pela IUCN, a T. palmadora é potencialmente ameaçada pela degradação de habitat, bem como pelas mudanças climáticas que interferem na adequabilidade de áreas para sua ocorrência. Com isso, este estudo modelou as áreas com adequabilidade climática para o presente e dois cenários futuros potenciais de mudanças climáticas para a espécie: os cenários SSP245 e SSP585. Para modelar a distribuição potencial da espécie foram utilizados pontos de ocorrência obtidos através do banco de dados SpeciesLink e validados por especialista. As variáveis climáticas foram obtidas do banco de dados WorldClim. Para a modelagem de nicho ecológico, utilizamos o software MaxEnt. Verificamos na modelagem de nicho presente que as áreas adequadas para T. palmadora são restritas aos limites da Caatinga, com algumas manchas de adequabilidade climática em áreas mais secas da Mata Atlântica. Para as projeções SSP245 e 585, foi observado grande diminuição de adequabilidade, principalmente em áreas centrais da Caatinga. Assim, verificamos que, mesmo a espécie sendo atualmente dispersa pela Caatinga e sendo “Pouco Preocupante”, cenários de mudanças climáticas podem mudar esse quadro, reduzindo as áreas adequadas para uma planta que tem sua distribuição restrita a áreas semiáridas que podem vir a tornarem-se áridas no futuro e inapropriadas para a sobrevivência da espécie.

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Publicado

2021-01-01

Edição

Seção

XL Encontro de Iniciação Científica