O CONCEITO DE CRIANÇA EXCEPCIONAL EM FONTES PRIMÁRIAS DA SOCIEDADE PESTALOZZI DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO - SPERJ (1964-1986).

Autores

  • Cindi Eveli do Nascimento
  • Heulalia Charalo Rafante

Resumo

Esta pesquisa, de cunho qualitativo, tem como principal parâmetro a análise das fontes primárias produzidas no período de 1964 a 1986 e publicadas pela Sociedade Pestalozzi do Estado do Rio de Janeiro - SPERJ, cujas informações nos possibilitará compreender o conceito de Criança Excepcional, construído e difundido pela mesma e por sua fundadora, a educadora e psicóloga russa Helena Antipoff (1892-1974). Essa análise será feita à luz do conceito de intelectual orgânico, conforme Gramsci (2001) e considerando as mudanças e permanências nessa construção de uma concepção do que hoje são denominadas pessoas com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento, altas habilidades e superdotação. Além do estudo com fontes primárias, a metodologia inclui a pesquisa bibliográfica, cujo primeiro levantamento apontou alguns estudos relevantes, tais como RAFANTE (2006, 2011, 2016), MARQUEZAN (2007) e OLIVEIRA (2021). Esta pesquisa documental de natureza histórico-bibliográfica desenvolve-se em continuidade aos trabalhos realizados na Bolsa de Iniciação Científica (PIBIC), no decorrer de 2019 a 2021, que evidenciou o conceito de criança excepcional inerentes à SPERJ, no período de 1964 a 1986, por meio da análise dos Relatórios da Diretoria e também pelas revistas Criança Excepcional (1969-1978), que eram publicados pela supracitada instituição. Os resultados das pesquisas anteriores (NASCIMENTO; RAFANTE, 2019), a partir dos relatórios, apontaram que, o excepcional era a criança que apresentava distúrbios biológicos, físicos ou mentais, ou, ainda, dificuldade de aprendizagem ou comportamental. Nas revistas Criança Excepcional, por exemplo, Nascimento, Santiago e Rafante (2020) evidenciaram termos que não aparecem nos relatórios, como oligofrênicos e mongoloide, sendo este último uma referência vulgar à criança com Síndrome de Down. Estes termos eram constantemente naturalizados e utilizados, sendo um avanço às definições estabelecidas pela legislação brasileira na atualidade.

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Publicado

2021-01-01

Edição

Seção

XL Encontro de Iniciação Científica