O LUGAR DA "BRANQUITUDE CRÍTICA" NO ATIVISMO DIGITAL ANTIRRACISTA
Resumo
O presente trabalho analisa narrativas emergentes sobre processos de racializacão de pessoas brancas na rede social digital Instagram, em publicações coletadas a partir de março de 2020 a julho de 2021. Nosso objetivo é analisar conteúdos divulgados em perfis criados por indivíduos e grupos de pessoas brancas no Instagram, nos quais o foco é a abordagem da branquitude. O fenômeno surgiu como efeito da pressão de movimentos transnacionais antirracistas e pelos feminismos negros, que têm convocado as pessoas brancas a assumirem as suas responsabilidades pelo racismo. Analisamos perfis criados e mantidos por pessoas brancas no Brasil para discutir criticamente a sua própria branquitude. Foram sete os perfis encontrados e analisados com estas características, entre estes quatro individuais e três coletivos. Verificamos que em sua maioria, as narrativas são produzidas por jovens mulheres brancas, usando como referência principalmente intelectuais e ativistas negras/os. Na análise dos conteúdos veiculados, encontramos reflexões sobre sentimentos de culpa e vergonha; desconforto com seu lugar de branco; o confronto com o próprio racismo; e ações que visam assumir sua responsabilidade nas lutas antirracistas. O artigo analisa este tipo de atuação antirracista no meio digital, tomando como base os conteúdos veiculados e entrevistas em profundidade com três dos produtores de conteúdo destes perfis.Downloads
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Publicado
2021-01-01
Como Citar
Lima Filho, E. de B., & Mattos de Araujo Lima, G. (2021). O LUGAR DA "BRANQUITUDE CRÍTICA" NO ATIVISMO DIGITAL ANTIRRACISTA. Encontros Universitários Da UFC, 6(2), 1514. Recuperado de https://periodicos.ufc.br/eu/article/view/74637
Edição
Seção
XL Encontro de Iniciação Científica
Licença
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