O SOCIAL E O INDIVIDUAL NA ADAPTAÇÃO DE “THE HORSE DEALER'S DAUGHTER” PARA A TELA.

Resumo

O presente trabalho visou analisar o conto “The Horse Dealer's Daughter” (1918), do escritor britânico D. H. Lawrence, e sua adaptação cinematográfica homônima (1983), de Robert Burgos, investigando, principalmente, a temática do social e o individual, muito presente nas duas narrativas (conto e filme). Tivemos como objetivos mapear estratégias de tradução do tema em questão e analisar as escolhas do diretor e seus efeitos, considerando também o impacto da adaptação em seu contexto de chegada, bem a oposição entre o social e o individual em ambos os textos. Para tal, utilizamos como referencial teórico Jacobson (1973), Gonçalves (1997), Cook (2012), Beer (2014), Ward (2015), Bricout (2017), Du Jie (2017), entre outros. Como resultados parciais, observamos que, ao adaptar a obra de D. H. Lawrence em solo norte-americano e utilizando um gênero cinematográfico tipicamente daquele país, o Faroeste, Burgos transmutou a crítica à hegemonia patriarcal estabelecida por Lawrence na Inglaterra para o oeste estadunidense e para um contexto em que essa hegemonia era também muito presente, utilizando um gênero frequentemente associado à supremacia masculina para, astutamente, criticá-la. A temática do Faroeste também transmutou a ideia de um herói dividido entre civilização e vida selvagem, o que se relacionou de maneira muito pertinente e complementar à dicotomia social e individual focalizada no conto de Lawrence. A pesquisa foi financiada pela Universidade Federal do Ceará por meio da concessão de bolsa de IC.