RELAÇÃO ENTRE A ESCALA DE HAMILTON PARA DEPRESSÃO E A ESCALA DE SNAITH-HAMILTON

Resumen

Introdução: O transtorno depressivo maior (TDM) é um importante problema de saúde com um espectro variado no Brasil. O uso de escalas para a estratificação da doença torna-se importante para nortear os cuidados da equipe de saúde. Objetivos: Avaliar a relação entre a Escala de Depressão de Hamilton (EDH) e a Escala de Prazer de Snaith-Hamilton (SHAPS-C) e, como objetivo secundário a diferença entre os sexos de acordo com a sintomatologia depressiva. Metodologia: Participaram do estudo 111 pessoas diagnosticadas com TDM. Foi utilizada a EDH com 17 itens com a pontuação total variando de 0 a 52, sendo considerado depressão leve o paciente com pontuação ≥ 8 e < 18, moderada ≥ 18 e ≤ 24 e grave ≥ 24. Além disso, foi usada a SHAPS-C que mensura os sintomas de anedonia do paciente com 14 perguntas e pontuação total variando de 14 a 54. Utilizou-se o coeficiente de correlação de Spearman (rs) para correlacionar os escores dos testes e o teste U de Mann-Whitney para avaliar diferença entre os sexos. Resultados: Dentre os participantes, 86 são mulheres e 25 homens, com média de idade de 33,3 anos (DP = 11,6). A pontuação média na EDH foi de 16,7 (DP = 3,8) e a média na SHAPS-C foi de 34,1 (DP = 7,4). O SHAPS-C apresentou correlação positiva, porém não estatisticamente significativa, com EDH (rs= 0,17, p = 0,07). Não houve diferença estatística entre os sexos (p > 0.05) em relação ao escore SHAPS-C, entretanto houve diferença estatística significativa ao observar os resultados do EDH (p < 0.05), com o sexo feminino apresentando graus mais altos que o sexo masculino na EDH. Conclusões: Foi observado que não houve correlação significativa entre os escores SHAPS-C e EDH. Ao se comparar os resultados de acordo com o sexo, as mulheres tiveram uma pontuação significativamente maior de gravidada da TDM, entretanto não houve diferença estatística nos sintomas de anedonia de acordo com SHAPS-C.