VIOLÊNCIA VIVIDA, CONDIÇÕES DE SAÚDE E ADOECIMENTO ENTRE POLICIAIS MILITARES DO ESTADO DO CEARÁ

Autores

  • VitÓria AntÔnia Feitosa Lima
  • Zeca Juliano de Araújo Bezerra
  • Tamires Feitosa de Lima
  • Chiara Lubich Medeiros de Figueiredo
  • Rosa Maria Salani Mota
  • Raimunda Hermelinda Maia Macena

Resumo

Introdução: O exercício profissional de Policiais Militares (PM) evidencia condições inadequadas de trabalho, sendo repleto de fatores de agravo à saúde. Depreende-se, portanto, que tais questões impactam negativamente no processo saúde-doença de PM. Objetivo: compreender fatores associados a autorreferência de dor, desconforto e condições de trabalho vivenciados por PM. Método: estudo transversal, exploratório, quantitativo, realizado com 226 policiais de Fortaleza, mediante questionário eletrônico autoaplicável (Survey Monkey®). A análise descritiva e analítica usou o módulo de amostragem complexa do SPSS®20. Resultados: Maioria é do sexo masculino (90,71%), idade média de 46 anos, pardo (66,37%), católico (50,88%), vive em união estável (55,75%), com ensino superior completo (34,96%), que autorrefere sentir dor nas regiões lombar (80,00%), joelho (56,00%) e ombro (44,00%) e relata ter visto colega de farda sofrer violência moral (72,12%), psicológica (71,24%) ou física (50,00%). Grande parte considera bom (44,69%) ou regular (37,17%) o estado de saúde mental, mas informa apresentar sinais e sintomas físicos ou emocionais, tendo tirado LTS durante o trabalho na polícia (61,06%). Praças (93,36%), a maioria trabalha em viatura (65,93%), de 1 a 5 (40,27%) ou há mais de 20 anos (20,35%), em regime de escala (70,35%), tendo quase da metade atendido a chamado com achado de cadáver (44,25%). A análise bivariada revelou significância estatística entre variáveis relacionadas à saúde física e psicoemocional, aspectos laborais, experiências com violência e ao autorrelato de cefaleia frequente e/ou dificuldade para realizar com satisfação as Atividades de Vida Diária (AVDs). Conclusão: características relacionadas à saúde e ao trabalho estão associadas a dor, desconforto e dificuldade para realizar AVDs com satisfação. Agradecimento à Fundação Cearense de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico pelo financiamento do Programa de bolsas de Iniciação Científica.

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Publicado

2021-01-01

Como Citar

AntÔnia Feitosa Lima, V., Juliano de Araújo Bezerra, Z., Feitosa de Lima, T., Lubich Medeiros de Figueiredo, C., Maria Salani Mota, R., & Hermelinda Maia Macena, R. (2021). VIOLÊNCIA VIVIDA, CONDIÇÕES DE SAÚDE E ADOECIMENTO ENTRE POLICIAIS MILITARES DO ESTADO DO CEARÁ. Encontros Universitários Da UFC, 6(2), 1854. Recuperado de https://periodicos.ufc.br/eu/article/view/74977

Edição

Seção

XL Encontro de Iniciação Científica