ZOOPLÂNCTON: BIOMASSA E DENSIDADE NA PLATAFORMA CONTINENTAL NA MARGEM EQUATORIAL BRASILEIRA

Resumo

Os organismos zooplanctônicos são animais microscópicos transportados principalmente pela dinâmica física do mar, sendo de suma importância para o funcionamento dos oceanos. O zooplâncton se divide em dois grupos classificados de acordo com as fases do ciclo de vida. O primeiro grupo corresponde ao holoplâncton que é formado por organismos que passam todo o seu ciclo de vida na coluna d’água, enquanto o segundo grupo, são as larvas de organismos que passarão o resto do seu ciclo de vida no bentos (moluscos e corais) ou nécton (peixes). Dessa forma, o objetivo principal do presente trabalho é analisar a biomassa e a densidade do holo e do meroplâncton na plataforma continental interna, média e externa da margem equatorial brasileira. As amostras foram coletadas em campanhas oceanográficas em 2010. Três perfis paralelos à costa foram definidos ao longo da plataforma continental dos estados do Ceará, Piauí e parte do Maranhão. Devido a impossibilidade de realizar trabalho presencial como parte das medidas necessárias ao enfrentamento da pandemia da COVID-19, a realização das análises das amostras coletadas ainda não foi possível. Os principais resultados esperados estão relacionados com a compreensão da dinâmica espacial do plâncton, já que próximo à costa (0-20m de profundidade), devido os ambientes recifais, substratos inconsolidados e comunidades em substratos artificiais (portos e molhes), tem-se um fornecimento de larvas que aumentam a densidade e a biomassa do meroplâncton. Com o distanciamento da costa até a quebra do talude (30-200m) há um aumento da profundidade do mar o que pode levar a redução do meroplâncton. De modo inverso, quanto maior a distância da costa tem-se maior espaço no ambiente pelágico e, portanto, um aumento da abundância e da biomassa do holoplâncton até a quebra do talude bem como uma contribuição de espécies oceânicas (que não são comuns próximas a costa).