CORRELAÇÃO ENTRE A CAPACIDADE FUNCIONAL E A FRAÇÃO DE EJEÇÃO VENTRICULAR DE INDIVÍDUOS COM INSUFICIÊNCIA CARDÍACA

Autores

  • Francisco Vandecir da Silva
  • Iasmin Cavalcante Araújo Fontes
  • Cristiany Azevedo Martins
  • Lysa Maira Ferreira Soares
  • Almino Cavalcante Rocha Neto
  • Daniela Gardano Bucharles Montalverne

Resumo

Introdução: A insuficiência cardíaca (IC) crônica é uma das causas mais frequentes de morte e hospitalização nos países industrializados. A fração de ejeção ventricular (FEVE) é um critério crucial utilizado para definir a IC e compreende pacientes com FEVE normal (≥ 50%), e indivíduos com FEVE reduzida (< 40%). Pacientes com IC relatam sintomas de capacidade funcional reduzida, baixa resistência ao exercício e falta de ar durante a fadiga, levando a uma baixa qualidade de vida. Objetivo: Verificar a correlação entre a capacidade funcional e a fração de ejeção ventricular de indivíduos com insuficiência cardíaca. Métodos: Estudo transversal, descritivo e analítico, com abordagem quantitativa com pacientes portadores de IC avaliados pela Liga de Fisioterapia Cardiovascular no Hospital Universitário Walter Cantídio no período de maio a julho de 2021. Foi aplicado inicialmente um questionário com dados sociodemográficos e dados referentes à condição de saúde. O resultado do último ecocardiograma foi anotado, sendo a variável da fração de ejeção ventricular o parâmetro analisado para o estudo. A capacidade funcional foi verificada pelo teste da caminhada de 6 minutos (TC6). O nível de significância adotado foi de 5% (p < 0,05). Resultados: Foram avaliados 39 individuos, com média de idade de 62±14 anos, sendo a maioria do sexo masculino (59% n=23), e destes 12 (31%) encontravam-se na classe funcional do New York Heart Association (NYHA) entre 3 e 4. A média da fração de ejeção encontrada foi de 43,7 ± 13%. No TC6 foi verificado uma redução de 12% na distância percorrida quando comparada ao previsto (p=0,023). Foram verificadas correlações entre a idade e a fração de ejeção (r= ,423, p=0,032) e negativa entre o NYHA com TC6 (r= -,400, p=0,021). Conclusão: A capacidade funcional é reduzida nos pacientes com ICC e não tem relação com a fração ejeção, mas possui boa correlação com a classificação NYHA.

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Publicado

2021-01-01

Edição

Seção

XIV Encontro de Experiências Estudantis