O EAD E SUAS CONSEQUÊNCIAS NA SAÚDE MENTAL DO ESTUDANTE DE MEDICINA DA UFC

Resumo

INTRODUÇÃO: Com o advento da Pandemia de Covid-19, as Universidades Federais adotaram a modalidade de ensino remoto, com o intuito de preservar o avanço do ensino nos seus cursos. No entanto, a utilização dessa forma de aprendizagem resolve de modo paliativo a manutenção das aulas, isto é, não retoma de maneira satisfatória a rotina de estudos dos alunos, tendo em vista a diminuição significativa das condições de saúde mental dos estudantes. OBJETIVO: Avaliar o impacto do Ensino a Distância (EaD), em decorrência da pandemia de Covid-19, na saúde mental dos estudantes de Medicina da Universidade Federal do Ceará (UFC). MÉTODOS: Trata-se de uma análise quantitativa construída a partir de uma pesquisa online de delineamento transversal, por meio de um formulário feito através da ferramenta Google Forms, o qual contou com a participação de 135 estudantes da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Ceará (UFC), com intervalo etário de 17 a 42 anos, integrantes dos três ciclos da graduação (básico, clínico e internato). RESULTADOS: De acordo com as respostas do formulário, dos 135 alunos de medicina, 119 - 88,1% do total - experimentaram algum tipo de desilusão ou quebra de expectativa com a faculdade na modalidade EaD. Ainda no mesmo âmbito, 40 alunos - 28,6% do total - afirmaram ter desenvolvido algum problema relacionado à saúde mental com o advento do EaD, enquanto 69 alunos - 51,1% do total - afirmam ter agravado algum problema relacionado à saúde mental com o advento do EaD. CONCLUSÃO: Portanto, ao observar a porcentagem de alunos que tiveram sua saúde mental afetada com o advento do EaD — como o caso de 51,1% dos estudantes que afirmam ter agravado algum problema relativo à saúde mental, faz-se necessário o acompanhamento multiprofissional, assim como o cuidado mental coletivo e individual desses discentes, visto que tal fator é essencial para medir o nível de qualidade de vida em que se encontram.