A LUTA E RESISTÊNCIA DOS POVOS TRADICIONAIS COMO INSTRUMENTO DE OCUPAÇÃO DE SEUS TERRITÓRIOS: O CASO DO ASSENTAMENTO MACEIÓ - ITAPIPOCA (CE).

Autores

  • Antonia Conceicao Cavalcante Oliveira
  • Deivid Gomes Alves
  • Emilly Estefany Firmino Batista
  • Ana Vitória Maciel Feijó
  • Maria Lucia de Sousa Moreira

Resumo

A ocupação do território da zona costeira cearense sempre despertou interesses e tornou-se motivo de conflitos socioeconômicos e ambientais entre os assentados e outros grupos interessados. Nesse contexto, desde seu surgimento, em 1986, os assentados de Maceió, localizado em Itapipoca - CE, são atores de luta e resistência contra o uso e a utilização desse espaço de forma inapropriada. Seus moradores conciliam o turismo ecológico e a agricultura como fontes de renda e sobrevivência e como ferramenta de resistência para firmar a sua presença no território. Nesse sentido, atualmente a realização de acampamentos na praia da Baleia, de eventos comemorativos e religiosos, como a competição de maquete, são instrumentos que combatem, o turismo predatório, a especulação imobiliária e a grilagem de terras. Dessa maneira, a metodologia utilizada para o trabalho foi a pesquisa bibliográfica, tomando como principais fontes os seguintes documentos: “30 anos do assentamento Maceió: resistência e defesa do território costeiro contra o turismo convencional." e "Educação no movimento dos trabalhadores rurais Sem Terra - MST e organização social: o caso do assentamento Maceió, Itapipoca (CE)”. Optou-se por essa metodologia em função da pandemia causada pela covid-19. Observa-se que a história de luta e resistência do povo assentado é marcada por diversos conflitos, no qual, em sua maior parte, envolve a especulação imobiliária e o avanço do capitalismo nas questões fundiárias. A bravura dos assentados de Maceió tem representado a importância desses personagens na garantia de justiça e apropriação de seus espaços. Conclui-se após a análise dos dois documentos, a importância da disputa e do conflito que enfrentam os assentados pela preservação da sua cultura e garantia da permanência na terra, onde oficialmente, já foram cadastrados e dada a imissão de posse pelo INCRA – Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária.

Downloads

Publicado

2021-01-01

Edição

Seção

VIII Encontro de Programas de Educação Tutorial